sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Auditorias energéticas vantajosas para as empresas

Mais do que uma obrigação, o tecido empresarial português está hoje mais consciente das vantagens decorrentes do processo de auditoria. «A gestão de energia é, cada vez mais, um factor de grande relevância nos custos totais de uma empresa, prevendo-se que o mercado continue a evoluir», assinala Carlos Gaspar, director técnico da CMFG – Energia e Ambiente.
De qualquer modo, destaca o responsável, «até 2005, este era um mercado relativamente estagnado. Em todo o País eram feitas em média 35 auditorias para cumprimento do Regulamento de Gestão do Consumo de Energia (RGCE), cuja revisão deverá estar concluída até ao final do ano.
O balanço feito por Mário de Matos, do núcleo de Energia do Instituto de Soldadura e Qualidade é semelhante: «Há dez anos as auditorias energéticas eram um negócio marginal, enquanto hoje movimentam valores apetecíveis».
«Os empresários podem retirar benefícios da realização de auditorias e da possibilidade de subsequentes poupanças e respectivas reduções de custos resultantes de planos de racionalização energética, independentemente das obrigações legais», aventa.
Segundo Carlos Gaspar, na grande maioria das empresas, «as medidas implementadas permitem reduções do consumo de energia na ordem dos dez a 15 por cento». Entre os benefícios que podem resultar das auditorias, destaque para o aumento da eficiência energética dos equipamentos instalados, a redução da factura energética, a redução do custo unitário de produção, a identificação de situações de desperdício de energia e respectiva correcção e a redução de impactes ambientais.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Revisão do RGCE até final do ano

Até ao final do ano deverá estar concluída a revisão do Regulamento de Gestão do Consumo de Energia (RGCE). De qualquer forma, a partir de meados de Setembro já deverão ser conhecidas novidades sobre o documento, acrescentou a mesma fonte.
O regulamento que existe actualmente é de 1982 e foi desenvolvido com o objectivo de reduzir o consumo energético dos grandes consumidores de energia e estabelecer metas para as empresas progressivamente reduzirem os seus consumos específicos através de planos de racionalização. «Uma vez que já passaram 25 anos da sua publicação, é natural que careça de alguma actualização já que ao longo deste período houve uma grande evolução tecnológica», sublinha Mário Matos, do núcleo de Energia do Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ).
O regulamento é aplicável a empresas que possuam um consumo energético superior a 1000 toneladas equivalentes de petróleo (tep) por ano; equipamentos cuja soma dos consumos energéticos nominais seja superior a 0,5 tep/hora; e, pelo menos, um equipamento com consumo energético nominal superior a 0,3 tep/hora.
Essas empresas, ao abrigo da legislação actualmente em vigor, estão obrigadas a realizar uma auditoria energética e um Plano de Racionalização dos Consumos Energéticos (PRCE) para os cinco anos subsequentes. «Esta obrigatoriedade não faz muito sentido, porque chegará uma altura em que a empresa já é tão eficiente que não terá mais onde poupar», afirma Mário Matos.