domingo, 16 de novembro de 2008

Adene gere novo sistema de gestão dos consumos intensivos de energia

A Agência para a Energia (Adene) vai fazer a gestão operacional do Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia (SGCIE), aplicável a todos os sectores de actividade. Esta acção tem conta com a supervisão e fiscalização da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
A responsabilidade da Adene passa por assegurar o funcionamento do sistema, organizar e manter o registo das instalações consumidoras intensivas de energia (CIE), receber os Planos de Racionalização dos Consumos de Energia (PRCE), e analisar os pedidos de credenciação de técnicos ou entidades, bem como acompanhar todas as actividades dos operadores e técnicos. A operacionalização do SGCIE, no âmbito do Decreto-Lei n.º 71/2008, é uma das medidas do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética que «permitirá obter economias de energia de cerca de 500 mil toneladas equivalentes de petróleo/ano», informa a Adene em comunicado.
O referido diploma define quais as instalações consideradas CIE e alarga o âmbito de aplicação do anterior regulamento a um maior número de empresas e instalações, com vista ao aumento da sua eficiência energética. Estabelece ainda um regime diversificado e administrativamente mais simplificado para as empresas vinculadas a compromissos de redução de emissões de CO2 no quadro do Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão, concretiza a Adene. (PNALE).
As instalações CIE estão ainda obrigadas à realização periódica de auditorias energéticas, com o objectivo último de promover o aumento da eficiência energética. O diploma prevê também que as empresas elaborem e executem os PRCE, mediante acordos com a DGEG. «Estes acordos contemplam objectivos mínimos de eficiência energética e associam o respectivo cumprimento à obtenção de incentivos ou aplicação de penalidades», completa a mesma fonte.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Energia: Portugal baixou pela primeira vez em 2007 a intensidade energética no consumo de electricidade


Lisboa, 15 Jan (Lusa) - Portugal reduziu o ano passado, pela primeira vez em cinco anos, a intensidade energética no consumo de electricidade, que cresceu menos que o Produto Interno Bruto (PIB), afirma hoje a Quercus em comunicado.

O consumo de electricidade subiu 2,6 por cento, entre 2005 e 2006, enquanto que entre 2006 e 2007 o aumento foi apenas de 1,8 por cento, refere a associação ambientalista com base nos dados da REN-Redes Enegéticas Nacionais.

A Quercus afirma que pela primeira vez nos últimos cinco anos, o consumo de electricidade em 2007 cresceu menos que o PIB, que subiu 1,9 por cento, tendo-se verificado uma redução do valor de intensidade energética, ou seja, a electricidade que é necessária para produzir uma unidade de riqueza.

Em Portugal, o valor da intensidade energética é ainda um dos mais elevados a nível europeu, sendo um indicador de desperdício de energia.

Segundo a Quercus, a redução deste valor é bastante positiva, mas parece estar mais relacionada com questões conjunturais, como o clima ameno, do que com questões estruturais, como a melhoria da eficiência energética.

O facto do consumo continuar a crescer, mas a um ritmo muito mais lento em 2007 que em 2006, deve-se, segundo a Quercus, a um conjunto de factores como o clima ameno, poupança de energia motivada por questões económicas e uma maior sensibilidade ambiental e a maior eficiência energética dos novos equipamentos.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Eficiência energética mata gravatas


Diário de Notícias
Segunda, 11 de Agosto de 2008

JOÃO PEDRO HENRIQUES e SUSETE FRANCISCO

Ambiente. É a nova vítima das políticas de eficiência energética: em nome de um menor uso do ar condicionado, as Nações Unidas declararam guerra à gravata. Em Portugal, é a Presidência a dar o exemplo de boas práticas. Sem tirar a gravata

Nações Unidas apelaram ao uso de traje informal

A gravata encontra-se novamente debaixo de forte ataque no mundo ocidental. Primeiro foram estudos indicando que os nós muito apertados poderiam aumentar os riscos de glaucoma, uma das principais causas da cegueira irreversível. Agora surgiu uma nova frente: a ambiental/económica.

O "general" que lidera o ataque antigravata chama-se Ban Ki-moon e é coreano. Ocupa o importante posto de secretário-geral das Nações Unidas. No início deste mês lançou a Cool UN ("ONU fresca"). Que, no essencial, consiste no seguinte: uma directiva às pessoas que frequentam a sede da instituição em Nova Iorque neste mês para que adoptem trajes informais. Objectivo: desacelerar o funcionamento do ar condicionado, aumentando a temperatura dos edifícios em 2 graus. Dizem as Nações Unidas que essa pequena medida, tirar a gravata (e o inevitável casaco) irá fazer poupar cem mil dólares num mês; e a emissão de 300 toneladas de dióxido de carbono, o gás que provoca o famoso buraco no ozono.

Por cá, o Governo também tem um Plano de Eficiência Energética. Mas não incluiu, pelo menos por enquanto, tirar gravatas. São em particular pouco conhecidos os seus efeitos nos edifícios governamentais - aqueles de onde será suposto vir o exemplo.

O DN questionou todos os ministérios sobre práticas de eficiência energética nos edifícios do Estado - no final de duas semanas responderam seis. Respostas que deixam uma certeza: o tipo de práticas adoptada, da temperatura nos edifícios ao tipo de lâmpadas utilizada fica mais ao critério do bom senso do que a qualquer guia de boas práticas - que não existe em concreto para os serviços estatais.

No início deste ano, o Ministério da Economia lançou o plano Portugal Eficiência 2015, que inclui um programa dedicado em específico ao Estado. Uma das medidas passa pela certificação energética dos edifícios - que até agora abrangeu dois, a Economia e o Ambiente. A sede do ministério de Manuel Pinho, na rua da Horta Seca, em Lisboa, ficou na classe C (a classificação vai e A a G).

No que se refere às lâmpadas, a maioria dos ministérios (Economia, Ambiente, Obras Públicas, Defesa, Saúde e Administração interna) refere já usar as florescentes, mais amigas do ambiente. Mas o processo de substituição não está terminado - ainda há lâmpadas incandescentes a iluminar as sedes ministeriais.

Uma prática que parece estar consolidada é a da reciclagem do papel: todos dizem praticá-la. As Obras Públicas reciclam, mensalmente, cerca de 500 kg de papel. A Defesa aponta dados do Estado-Maior-General das Forças Armadas: "cerca de 750 kg de papel triturados por mês".

Mas a "medalha" de eficiência energética nos edifícios do Estado vai para a Presidência. Cavaco Silva quis dar o exemplo, chamou um grupo de auditores e eis a conclusão - até agora o Palácio de Belém emitia anualmente 771 toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera. Factura anual de energia: 157 mil euros. Este ano, já com novas medidas de eficiência energética, a emissão de CO2 deverá cair para as 553 toneladas.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Quercus defende redução do consumo de energia nos edifícios


O Mirante on-line
Edição de 23-05-2007
SECÇÃO: Economia


A Quercus defende que a redução do consumo de energia nos edifícios é essencial para diminuir a dependência energética de Portugal face ao exterior e para cumprir os compromissos assumidos no âmbito do Protocolo de Quioto.
O peso associado aos edifícios é uma componente determinante no caminho para uma menor dependência energética do país face ao exterior e para o cumprimento das metas de Quioto, declarou à Lusa o dirigente da Quercus, Francisco Ferreira, à margem de um seminário sobre conservação de energia e energias renováveis no sector doméstico, que decorreu segunda-feira na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
O consumo associado aos edifícios representa 62 por cento do total de energia eléctrica e 30 por cento da energia final, lembrou o ambientalista.
Questionado sobre o contributo dos novos regulamentos para a eficiência energética dos edifícios (Regulamento das Características de Comportamento Técnico dos Edifícios e Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização de Edifícios) e da obrigatoriedade da certificação energética para melhorar o desempenho das construções, Francisco Ferreira disse serem “cruciais”, mas mostrou dúvidas quanto à sua aplicação.
A certificação energética vai ser exigida a partir de 1 de Julho aos edifícios novos com mais de 1.000 metros quadrados e a partir de 1 de Janeiro aos edifícios com dimensões inferiores.
Esperamos que a promessa do Governo seja cumprida e que a administração central, à custa de querer garantir a qualidade para que a rede não tenha problemas de funcionamento, não obstaculize o prometido, salientou. O responsável da Quercus adiantou que o caminho a seguir passa pela eficiência e conservação de energia. É importante desligar a luz (conservação), mas também substituir as lâmpadas incandescentes por lâmpadas economizadoras de energia (eficiência).

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Eficiência Energética 2008-2009

As aulas vão começar no dia 22 de Setembro de 2008,às 11 horas, na sala 29 do CEGEF-INETI, Estrada do Paço do Lumiar, 22.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Eficiência Energética - A minha cartografia mental


A figura pretende mostrar o exercício mental que esteve na origem da planificação da cadeira Eficiência Energética, do Mestrado Integrado em Engenharia da Energia e do Ambiente, da Faculdade de Ciência de Lisboa e que originou o aparcimento deste weblog.
Afinal o que é Eficiência Energética? Foi esta a questão à qual tentámos responder na primeira aula.
Aprovito para vos pedir que respondam ao pequeno inquérito que coloquei no final da página.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Portugal Eficiente 2015 – Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE)


A apresentação pública do Portugal Eficiente 2015 – Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE) realizou-se no dia 21 de Fevereiro, no Salão Nobre do Ministério da Economia e da Inovação.

A cerimónia foi presidida pelo ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, e contou com as presenças do director-geral da Energia e Geologia (DGEG), Miguel Barreto, e do presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), António Sá da Costa.

A versão do “Portugal Eficiente 2015” para consulta pública está disponível no sítio da Internet da DGEG.