sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Potencial da cogeração pode duplicar até 2015


O potencial técnico da cogeração pode duplicar até 2015», revelou ao AmbienteOnline o presidente da comissão executiva da Cogen Portugal - Associação Portuguesa para a Eficiência Energética e Promoção da Cogeração. Freitas Oliveira adiantou que a avaliação do potencial da cogeração em Portugal, uma obrigação que decorre da directiva comunitária, está quase concluída.

Falta agora enquadrar este potencial no decreto-lei e na portaria associados à transposição da directiva europeia, a qual já deveria ter sido transposta para o direito nacional até Fevereiro de 2006. Ambos os documentos regulamentares estão em «fase final de aprovação», adianta o responsável, que espera que tal possa acontecer ainda durante esta semana.

Apesar dos atrasos na transposição da directiva comunitária, Freitas Oliveira vê «com optimismo» o futuro da cogeração em Portugal, já que o diploma vai manter a tarifa de remuneração indexada ao preço do petróleo, ou seja, as centrais vão continuar a poder vender a totalidade da produção líquida à rede. Esta situação tinha sido posta em causa no âmbito da revisão do diploma, que previa apenas a venda do excedente depois de deduzido o seu próprio consumo. O sistema remuneratório segue a tendência da vizinha Espanha, sendo o preço por megawatt «ligeiramente inferior», completa.

Em Portugal, 12 por cento da electricidade consumida é já produzida através da cogeração e a sua potência instalada é de 1250 MW. Para debater a importância desta fonte de energia, a Cogen avançou hoje com a realização do evento “Cogeneration Day”, no Porto. Depois da associação ter acumulado também a função de promover a eficiência energética, «sentiu-se a necessidade de realizar um evento, para além das nossas conferências anuais, que se centrasse apenas na cogeração e na sua máxima eficiência para a produção de energia útil», explica Freitas de Oliveira. O evento contou, por exemplo, com as intervenções de Thomas Bouquet, director de projecto da Cogen Europe, e de Jens Norrgard, director de produto de conversões a gás da Wartsila Finland Oy.
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Quer uma casa com energia mais eficiente? Saiba quanto custa


por Lusa, Publicado em 18 de Novembro de 2009
Melhorar a eficência energética de uma habitação pode custar 3800 euros, mas permite poupar 40 euros por mês e o investimento pode ser recuperado em oito anos, revela um estudo sobre custos e benefícios da optimização energética.

O estudo "CasA+ Building Codes" é apresentado hoje na Expo Energia 09, que decorre no Tagus Park, em Oeiras, e foi elaborado por académicos da Manchester Business School, com base nos mais de 100 mil certificados energéticos já emitidos pela Agência para a Energia (ADENE).

Os certificados classificam o desempenho energético dos edifícios com etiquetas semelhantes às dos electrodomésticos (de A+, o melhor, a G, o pior) e são obrigatórios para qualquer transacção de imóveis desde Janeiro de 2009.

Os dados recolhidos pelos investigadores indicam que a casa certificada típica é um apartamento de tipologia T3, 110 metros quadrados, à qual foi atribuída a classificação energética C (33,2 por cento).

Segundo o coordenador do estudo, Rui Vinhas da Silva, seria necessário investir 3800 euros para que esta "casa média" se tornasse mais eficiente, mas a poupança gerada na factura energética atingiria 40 euros por mês.

"Ao fim de oito anos, o investimento está pago", salientou o especialista da Manchester Business School, acrescentando que "é preciso demonstrar ao consumidor que estes gastos se traduzem em poupança".

Um dos objectivos desta análise, realizada entre Maio e Setembro, era identificar também as principais medidas de eficiência energética que poderiam ser adoptadas.

Entre estas, destacaram-se tecnologias como a energia solar térmica para águas quentes sanitárias e aquecimento central (Portugal tem uma incidência solar de 3000 horas por ano) e os sistemas de isolamento.

"Se as medidas recomendadas fossem adoptadas em 80% dos casos estudados, seria possível gerar uma poupança de 65 milhões de euros. Se fossem aplicadas em apenas metade dos casos, conseguia-se mesmo assim poupar 32 milhões de euros", frisou Rui Vinhas da Silva.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Energia: Quercus critica Plano de Acção do Governo




A associação ambientalista Quercus defende que o Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE)apresenta «deficiências graves», nomeadamente por conter medidas pouco claras e estruturadas.

De acordo com a Lusa, a associação ressalva que o PNAEE integra um «conjunto de ideias relevantes» e é «fundamental» para uma política energética mais sustentável, mas afirma que o documento é «demasiado sintético», «não se percebendo algumas das medidas apresentadas», nem quais as que já estão em vigor ou que são novidade.

A Quercus considera ainda que as verbas afectas pelo Governo a este Plano de Acção ficam «muito aquém» do que seria possível, defendendo que o diploma poderia ser «mais ambicioso».

Apresentado pelo ministro da Economia no final de Fevereiro de 2008, o PNAEE prevê uma redução do consumo de energia em 10 por cento até 2015, o que permitirá baixar em cerca de 1 por cento o crescimento esperado da factura energética.

Para alcançar essa meta, o Governo criou um conjunto de 12 programas abrangentes a vários sectores, transportes, indústria, residencial, serviços e Estado, para os quais prevê um investimento anual de 30 milhões de euros.

No âmbito deste Plano, serão atribuídos incentivos financeiros às famílias que gastarem menos energia, nomeadamente uma redução em 2,5 por cento da tarifa de electricidade para os clientes que consumirem menos do que dois megawatts por ano.

Considerando que «a componente de apoio financeiro tem um peso excessivo», a Quercus defende que os incentivos deveriam ser atribuídos em função do rendimento das famílias para promover a equidade social.

A associação refere, por outro lado, que o documento não esclarece a forma como os agregados familiares vão comprovar que a redução do consumo de electricidade ficou a dever-se a um aumento da eficiência energética e não a outras circunstâncias.

Quercus critica distribuição de cheques de desconto

Outra das medidas questionadas pelos ambientalistas é a distribuição de cheques de desconto na aquisição de frigoríficos de classe de eficiência energética A+ ou A++, uma vez que, sustenta, a aquisição desses electrodomésticos já é «custo-eficiente» para os consumidores.

«Antes de se propor esta medida deveria perceber-se quais as razões para os electrodomésticos mais eficientes representarem ainda uma percentagem pequena de vendas no mercado português. Um eventual estudo poderia chegar inclusive à conclusão de que não será necessário um apoio financeiro, mas apenas mais informação ao consumidor», adianta a Quercus.

No parecer relativo ao PNAEE, a associação propõe a antecipação do fim da venda de lâmpadas incandescentes de 2015 para 2011, assim como a proibição de comercialização de todos os electrodomésticos a partir da classe C e inferiores.

«A Quercus espera que o Governo, com base nos contributos recebidos, faça os ajustamentos necessários para tornar melhor o PNAEE», conclui.

Diário IOL

domingo, 1 de novembro de 2009

Alteração de aula


A aula de segunda-feira vai ser teórico-prática. Relembro que é necesário que me indiquem os grupos e se não podem apresentar o trabalho nas datas indicadas.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Produtividade energética


Jornal i
09 de Junho de 2009

Todos os economistas concordam que a receita para um crescimento económico sustentável é a produtividade. Sem aumento de produtividade, o crescimento económico resulta sempre num aumento da inflação. Quando se diz produtividade, pensa-se em sobretudo em produtividade do factor trabalho. Pois bem, existe outra produtividade que tem cada vez mais um papel central: a produtividade energética.
É fundamental, para um país como Portugal, melhorar a produtividade energética. Por um lado, as importações de produtos energéticos representam cerca de 50% do deficit dab balança comercial, por outro lado, os custos da energia vão continuar a sua trajectória ascendente nos próximos anos. No entanto, a intensidade energética (consumo de energia primária por um milhão de euros de PIB), em Portugal, tem continuado a divergir da média europeia. A produtividade energética deveria presidir a todas as decisões de política energética, o que não acontece hoje. Um exemplo: a electricidade em Portugal continua a ser subsidiada, sendo os preços do kWh eléctrico mantidos artificialmente baixos pelo Estado, através do deficit tarifário. Ou seja, o incentivo é perverso: quanto mais energia eu gastar, maior é o valor total que o Estado gasta em subsídio à minha energia. Os custos de ser ineficiente são mais baixos e os investimentos em eficiência energética menos atractivos. Como podemos esperar mais produtividade energética dos agentes económicos quando incentivamos o seu contrário?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Alteração da aula


Aviso: Na segunda-feira, dia 19 de Outubro, entre as 11 e as 13 horas vai decorrer a aula teórico-prática. Na terça-feira, dia 21 de Outubro, entre 10:30 e as 12:30, vai decorrer a aula teórica.

Consumo de petróleo com maior queda dos últimos 27 anos


TVI 11-06-2009

O consumo mundial de petróleo caiu 420 mil barris por dia (bpd) em 2008, a maior queda anual desde 1982, revelou quarta-feira a petrolífera BP no seu relatório anual sobre energia mundial.
A queda ficou a dever-se sobretudo aos países desenvolvidos, cuja diminuição na procura mais que compensou o crescimento registado nas economias emergentes, particularmente a China, que consumiu mais 260 mil bpd.
No conjunto dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o consumo caiu um milhão e meio de barris diários, sendo que só os EUA foram responsáveis por uma descida de 1,3 milhões de barris. Os Estados Unidos são o maior consumidor mundial de crude.
A queda da procura nos países desenvolvidos coincidiu com o pico dos preços, que atingiram um recorde perto dos 150 dólares em Julho do ano passado, antes de voltarem a cair para cerca de 30 dólares no final do ano, devido à crise financeira e à queda da procura.
Reservas existentes chegam para cobrir procura nas próximas décadas
«Em 2008, o mundo já não enfrentava uma insuficiência de abastecimento porque o crescimento da produção superava o do consumo para todos os combustíveis fósseis», afirmou o presidente executivo da petrolífera britânica, Tony Hayward, numa nota introdutória. De resto, os dados da BP mostram que a produção aumentou 380 mil bpd em 2008 para um total de 81,8 milhões de barris diários.

«Os nossos dados confirmam que o mundo tem reservas provadas de petróleo, gás natural e carvão suficientes para satisfazer as necessidades mundiais durante décadas. Os desafios que o mundo enfrenta no que respeita ao aumento da produção para fazer face à futura procura não estão debaixo da terra, estão à superfície», acrescentou o líder da BP.
As reservas mundiais provadas de petróleo recuaram três milhões de barris para 1.258 mil milhões no final de 2008.
Produção da OPEP subiu 990 mil barris por dia

Apesar de a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter cortado a produção no final do ano passado, ela registava ainda um aumento de 990 mil bpd.
A Arábia Saudita, o maior membro da OPEP, extraiu 400 mil bpd a mais e a Rússia, que não pertence ao cartel, produziu menos 90 mil barris, naquela que foi a primeira queda desde 1998.

O México foi quem registou a maior queda de produção de petróleo: 310 mil bpd.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O que é Eficiência Energética?


Eficiência energética pode ser definida como a optimização que podemos fazer no consumo de energia.

Antes de se transformar em calor, frio, movimento ou luz, a energia sofre um percurso mais ou menos longo de transformação, durante o qual uma parte é desperdiçada e a outra, que chega ao consumidor, nem sempre é devidamente aproveitada. A eficiência energética pressupõe a implementação de estratégias e medidas para combater o desperdício de energia ao longo do processo de transformação: desde que a energia é transformada e, mais tarde, quando é utilizada.

A eficiência energética acompanha todo o processo de produção, distribuição e utilização da energia, que pode ser dividido em duas grandes fases:

Na transformação
A energia existe na Natureza em diferentes formas e, para ser utilizada, necessita de ser transformada. Durante essa transformação, parte da energia perde-se, gerando desperdícios prejudiciais para o ambiente. Parte destas perdas é inevitável e deve-se a questões físicas, mas outra parte é perdida por mau aproveitamento e falta de optimização dos sistemas.

Esse desperdício tem vindo a merecer a crescente atenção das empresas que processam e vendem energia. Por outro lado, sendo a energia um bem vital às economias, este tema faz parte da agenda política de vários países e tem vindo a suscitar uma crescente inquietação da comunidade internacional.

Neste contexto, têm-se multiplicado as iniciativas para a promoção da eficiência energética. Empresas, governos e ONG por todo o mundo têm investido fortemente na melhoria dos processos e na pesquisa de novas tecnologias energéticas, mais eficientes e amigas do ambiente, bem como no aproveitamento das energias renováveis.

Na utilização
O desperdício de energia não se esgota na fase de transformação ou conversão, ocorrendo também durante o consumo.

Nesta fase, a eficiência energética é frequentemente associada ao termo "Utilização Racional da Energia" (URE), que pressupõe a adopção de medidas que permitem uma melhor utilização da energia, tanto no sector doméstico, como no sector de serviços e industrial.

Por meio da escolha, aquisição e utilização adequada dos equipamentos, é possível alcançar significativas poupanças de energia, manter o conforto e aumentar a produtividade das actividades dependentes de energia, com vantagens do ponto de vista económico e ambiental.

Enquanto a eficiência energética durante a transformação da energia depende apenas de um número restrito de actores, nesta fase, depende de todos nós.

EDP

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Eficiência Energética 2009-2010


Caros Alunos,
Este é um espaço de discussão sobre Eficiência Energética. Todas as semanas vamos encontrar aqui uma notícia relativa à matéria dada. Espero os vossos cometários.
Bom trabalho!