quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Quer uma casa com energia mais eficiente? Saiba quanto custa


por Lusa, Publicado em 18 de Novembro de 2009
Melhorar a eficência energética de uma habitação pode custar 3800 euros, mas permite poupar 40 euros por mês e o investimento pode ser recuperado em oito anos, revela um estudo sobre custos e benefícios da optimização energética.

O estudo "CasA+ Building Codes" é apresentado hoje na Expo Energia 09, que decorre no Tagus Park, em Oeiras, e foi elaborado por académicos da Manchester Business School, com base nos mais de 100 mil certificados energéticos já emitidos pela Agência para a Energia (ADENE).

Os certificados classificam o desempenho energético dos edifícios com etiquetas semelhantes às dos electrodomésticos (de A+, o melhor, a G, o pior) e são obrigatórios para qualquer transacção de imóveis desde Janeiro de 2009.

Os dados recolhidos pelos investigadores indicam que a casa certificada típica é um apartamento de tipologia T3, 110 metros quadrados, à qual foi atribuída a classificação energética C (33,2 por cento).

Segundo o coordenador do estudo, Rui Vinhas da Silva, seria necessário investir 3800 euros para que esta "casa média" se tornasse mais eficiente, mas a poupança gerada na factura energética atingiria 40 euros por mês.

"Ao fim de oito anos, o investimento está pago", salientou o especialista da Manchester Business School, acrescentando que "é preciso demonstrar ao consumidor que estes gastos se traduzem em poupança".

Um dos objectivos desta análise, realizada entre Maio e Setembro, era identificar também as principais medidas de eficiência energética que poderiam ser adoptadas.

Entre estas, destacaram-se tecnologias como a energia solar térmica para águas quentes sanitárias e aquecimento central (Portugal tem uma incidência solar de 3000 horas por ano) e os sistemas de isolamento.

"Se as medidas recomendadas fossem adoptadas em 80% dos casos estudados, seria possível gerar uma poupança de 65 milhões de euros. Se fossem aplicadas em apenas metade dos casos, conseguia-se mesmo assim poupar 32 milhões de euros", frisou Rui Vinhas da Silva.