quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Quer uma casa com energia mais eficiente? Saiba quanto custa


por Lusa, Publicado em 18 de Novembro de 2009
Melhorar a eficência energética de uma habitação pode custar 3800 euros, mas permite poupar 40 euros por mês e o investimento pode ser recuperado em oito anos, revela um estudo sobre custos e benefícios da optimização energética.

O estudo "CasA+ Building Codes" é apresentado hoje na Expo Energia 09, que decorre no Tagus Park, em Oeiras, e foi elaborado por académicos da Manchester Business School, com base nos mais de 100 mil certificados energéticos já emitidos pela Agência para a Energia (ADENE).

Os certificados classificam o desempenho energético dos edifícios com etiquetas semelhantes às dos electrodomésticos (de A+, o melhor, a G, o pior) e são obrigatórios para qualquer transacção de imóveis desde Janeiro de 2009.

Os dados recolhidos pelos investigadores indicam que a casa certificada típica é um apartamento de tipologia T3, 110 metros quadrados, à qual foi atribuída a classificação energética C (33,2 por cento).

Segundo o coordenador do estudo, Rui Vinhas da Silva, seria necessário investir 3800 euros para que esta "casa média" se tornasse mais eficiente, mas a poupança gerada na factura energética atingiria 40 euros por mês.

"Ao fim de oito anos, o investimento está pago", salientou o especialista da Manchester Business School, acrescentando que "é preciso demonstrar ao consumidor que estes gastos se traduzem em poupança".

Um dos objectivos desta análise, realizada entre Maio e Setembro, era identificar também as principais medidas de eficiência energética que poderiam ser adoptadas.

Entre estas, destacaram-se tecnologias como a energia solar térmica para águas quentes sanitárias e aquecimento central (Portugal tem uma incidência solar de 3000 horas por ano) e os sistemas de isolamento.

"Se as medidas recomendadas fossem adoptadas em 80% dos casos estudados, seria possível gerar uma poupança de 65 milhões de euros. Se fossem aplicadas em apenas metade dos casos, conseguia-se mesmo assim poupar 32 milhões de euros", frisou Rui Vinhas da Silva.

31 comentários:

Rogério Pinheiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rogério Pinheiro disse...

Tendo em conta que quase cerca de um terço da energia final é consumida em edifícios e que 2 terços da energia eléctrica é consumida em edifícios parece bastante importante que as casas sejam classificadas. Mais não seja, tem a utilidade de na altura de comprar uma casa o comprador sabe o que esta a comprar. Tem também um bónus acrescido de que contrariamente ao que aconteceu no passado os construtores terão que estar mais atentos às técnicas e matérias que utilizam na construção. Sendo que na altura de comprar o consumidor dará preferência a uma casa mais eficiente.

Sem grandes surpresas o estudo revela o que já se sabia sobre a construção que foi feita nas últimas décadas em Portugal. A casa tipo certificada apresenta uma eficiência de 33%.

Quanto à apresentação dos valores que serão necessários despender para melhorar a eficiência do edifício versus a poupança que podemos ter se fizermos esse investimento parece-me uma ideia muito positiva. Acredito que a melhor forma de mostrar às pessoas que ser mais eficiente tem grandes vantagens económicas, não apenas para o país, mas também para a carteira de cada um.

Julgo que talvez fosse positivo incluir neste estudo (ou noutros desta natureza, talvez da próxima vez com a participação de uma Universidade Portuguesa) a vida útil das mudanças aplicadas nas casas actuais. É mais importante mostrar a diferença entre montar um sistema de origem (na fase de construção da casa) e em montar um sistema numa casa já construída. Mostrar também que algumas soluções técnicas muito eficientes e baratas são apenas possíveis e viáveis durante a construção e que a aplicação dessas soluções não apresenta grandes variações no preço final, entre 3 a 5%, mas apresenta níveis de eficiência extremamente elevados.

Rogério Pinheiro nr:32626

Anônimo disse...

A certificação energética de edifícios é um assunto um pouco controverso, pois por um lado pareçe ser uma boa ideia em termos de incentivar a poupança energética, mas não vejo até que ponto será aplicável aos edifícios já existentes, pois em Portugal e ,mais especificamente, nos grandes centros urbanos, a quantidade de edifícios degradados é imensa, e como tal não estou a imaginar os proprietários destes a importarem-se com estas questões de certificação. Penso que a solução deste problema passa por definir estratégias locais para implementar a certificação.
Por exemplo, no caso de câmaras em grande crescimento apostar na fiscalização da construção futura, mas no caso de municípios tais como Lisboa ou Porto juntar os oramento de eficiÊncia a planos de recuperação de edifícios.

Mas, a meu ver, a solução para um melhoramento da eficiência passa por apostar em acções de informação e de esclarecimento da população para as vantagens económicas de poupar energia, em vez da certificação que, a meu ver, não é aplicável a um curto-médio prazo.

Anônimo disse...

o comentário acima foi colocado por João Lourenço, nº 34600

Anônimo disse...

It is true that investments in increasing the energy efficiency of buildings is saving a lot of money in the long term. In private residential buildings restrictions are often given by the high initial costs-8000€ is a for many families a huge expenditure and can simply not be afforded even if it is rentable within 8 years! In terms of insulating buildings and changing windows the investment costs are much higher and also the pay-back time! A solution is to set financial incentives for people. For example: This year I was insulating our house in Austria. Total costs (insulation for walls/floor/ceiling and changing windows (triple glasing)): 34.000€
Incentives by the municipality: 25% of these costs
Incentives by the state: 5.000€
plus 8.000€ because the calculated energy reduction is 66%.
Therefore the net costs are "only": 12.500€
This helps on one hand to afford the initial investment costs and on the other hand to decrease the amortisation time. Eventhough the calculated amortisation time will be ca. 15 years!
In terms of commercial/public buildings it is even more difficult as very low amortisation time and high return rates are required. On the capital market interest rates of 10% are no problem but investments in energy efficiency with these high return rates are hard to find. Therefore it is also necessary to set incentives for business investments in energy efficiency.
In general it is very important to decrease energy consumption of buildings as they are responsible for 30% of total endenergy consumption.

Lukas Fritz

Anônimo disse...

Os 33% de eficiência em média, espelham bem a mediocridade do nosso panorama imobiliário.
“investir 3800 euros para que esta "casa média" se tornasse mais eficiente”, onde quem paga nunca será quem constrói, e que deverá saber à partida optimizar os materiais, exposição ao sol, entre outros importantes factores. Porém, nunca o faz.
O sector da construção civil, o sector imobiliário, continuarão a não olhar a meios para a obtenção de lucro. Interessa portanto certificar. Interessa fazer as contas de modo a obter boa classificação, num sistema que tem falhas no inquérito do imóvel, nomeadamente, incluir o uso de energias renováveis (curiosamente um dos estandartes do actual Governo), e também da cogeração/trigeração/microgeração. Não constam essas opções. Então atenção nos “mais de 100 mil certificados energéticos já emitidos pela ADENE”, que não tiveram essas opções! “A ADENE É uma instituição privada participada pelo Ministério da Economia e da Inovação e promove actividades de interesse público no domínio da Política Energética”. Este organismo tinha e tem a obrigação de incluir as energias renováveis e a cogeração/trigeração/microgeração nos inquéritos seguidos pelos peritos avaliadores. Os peritos tornam-se o mais crativos possível, para fazer bem as contas, e agradar a quem os contrata _ os construtores/promotores. Por outro lado, vimos emergir novos empregos, com o aparecimento de novas empresas de certificação energética.
Cátia Silva Albino

Anônimo disse...

Segundo o artigo é visível o trabalho e avanço que se tem feito para tentar aumentar a eficiência em uma determinada casa tipo, em que o preço para tal seria 3800€. A pesar desse valor ser compensado ao fim de 8 anos não é fácil a todos os consumidores deste tipo de habitação disponibilizarem este valor, 8 anos é um período muito longo, na minha opinião as pessoas não estão dispostas a esperar tanto tempo para terem os resultados totais da sua aplicação, por outro lado há também o incomodo que algumas das medidas podem causar com mexer no isolamento.
Penso é mais simples e com maior sucesso a nível de adesão, investir na construção de casas já preparadas para a “alta” eficiência (A ou A+) tal como se tem vindo a verificar. No caso das habitações mais antigas é importante divulgar e mostrar as diferentes medidas que se podem tomar para aumentar a eficiência e assim o consumidor tem a possibilidade de escolher algumas alterações que lhe sejam mais em conta e menos invasivas.

Ana Catarina Lima

Anônimo disse...

A certificação da eficiência energética nas habitações apresenta grandes vantagens para as habitações construídas a partir de Janeiro de 2009, passa a existir uma forma clara e concisa de avaliar a qualidade das habitações. No entanto o grosso das habitações são posteriores a esta data e, apresentam níveis de eficiência energética de meados do século XX e outras até são posteriores a este período.
Em relação ao isolamento das habitações podemos constatar a fraca qualidade que predomina em Portugal pelo artigo “MORRE-SE DE FRIO EM PORTUGAL POR FALTA DE ISOLAMENTO DAS CASAS”de Abril de 2009 da agência Lusa, onde é referido que:
“...Portugal é um dos países da União Europeia onde mais se morre por falta de condições de isolamento e aquecimento nas casas, conclui um estudo de especialistas da Universidade de Dublin. De acordo com a investigação, que analisa as potenciais causas da mortalidade no Inverno em 14 países europeus, "Portugal tem a maior taxa (28%) de excesso de mortalidade no Inverno", seguido de Espanha e Irlanda, ambos com 21%.
"As nossas casas não estão nada preparadas para enfrentar o frio e de facto essa é uma das explicações que pode ser usada para que a taxa de excesso de mortalidade no Inverno seja tão elevada", disse Claudia Weigert, da Divisão de Saúde Ambiental da Direcção Geral de Saúde (DGS).
"Os espaços construídos têm, de facto, uma grande influência na saúde das pessoas, que neles passam a maior parte do seu tempo. É preciso estudar estas influências e perceber o que se pode fazer para evitar problemas graves", disse a especialista, apontando os planos locais de acção em habitação e saúde, em elaboração....”
Afirmações que fortalecem a tomada de medidas para a melhoria do estado das habitações menos eficientes e noutros casos a única solução é a reconstrução pois o upgrade para uma habitação com padrões do século XXI tornam-se quase impossíveis do ponto de vista técnico e monetário... Uma aposta na reconstrução e no mercado de arrendamento pode contribuir para um futuro promissor na qualidade dos edifícios e numa redução de custos ambientais e económicos. Ao fornecer uma classificação energética estabelecemos uma nova forma de avaliar as ofertas do mercado de arrendamento na qual, podemos avaliar o conforto do isolamento de uma habitação e até fazer uso de um espírito “verde” na escolha da habitação.

Ricardo E.Santo

Anônimo disse...

I agree that improving the insulation of buildings pays off in the future, but as it has already been pointed out correctly, for many people it is hard to raise enough many in order to pay the investments. Even if they manage to get a loan, it is not sure (especially nowadays during the economic crisis) if they won't lose their job before finishing the payments.
Furthermore, a higher flexibility regarding work increases the possiblity that families have to move. On the other hand, it might be a positive aspect then that the better efficiency class makes it more likely to sell the house for a good price.
But one thing has also to be considered: Many (most?) people live in rented flats, so they are not responsible for the insulation of the building. Even if they want to do something, they can't act on their own. However, the landlords don't have a clear interest in improving the insulation - they don't pay for heating, warm water etc. Only if it pays off to make the investments without increasing the rents stronger than the energy savings for the tenants, there is an incentive. Of course it would be best if the tenants also gained a profit from this, as they have to endure the construction work.

Jan L.

André Enc disse...

Acho correcto que seja obrigatória a informação acerca da eficiência energética do imóvel através dos certificados, é um factor importante em qualquer transacção, quer seja um electrodoméstico quer seja um imovel é importante que o consumidor/comprador saiba aquilo que está a comprar. Cada vez mais se aposta na eficiência energética a nivel de edificios, é importante que haja uma consciencialização e uma melhor informação ás populações, bem como um maior incentivo ao investimento em equipamentos mais eficientes, tais como beneficios fiscais, entre outros, uma vez que em tempo de crise apesar de se tornar importante a poupança a nivel da factura do consumo energético para muitas familias é dificil fazer o dito investimento.

Carla C. disse...

Concordo com as opiniões do Ricardo E. Santo e do João Lourenço, no sentido de o investimento no desempenho energético dos edifícios servir mais aos apartamentos de construção recente do que aos antigos, sobretudo tendo em conta o nível de qualidade das construções portuguesas. Embora as novas medidas representem uma grande oportunidade de melhoria para o futuro das construções, tenho mesmo de dizer que sou descrente em relação às medidas de eficiência de que o texto fala. Primeiro, para efeitos de poupança, em regra geral, as modificações apenas são levadas a cabo pelos proprietários se isso se traduzir em necessidades de conforto (por exemplo, se não querem morrer de frio) ou alguma mais valia. E de facto, a lógica destes proprietários está certa, porque, quando podem, a poupança com base nos comportamentos tem muito mais sentido ambiental e ultrapassa largamente os 40€/ano. Para além disso, a poupança dos tais 65 M€ é uma hipocrisia: em questões de mais elevada importância, continuam-se a esbanjar e a desperdiçar muitos mais milhões de dinheiros devido à ganância das grandes influências (políticas e de mercado). No entanto, quem é afectado na sua vida, na sua saúde e na sua cidadania, ganha a medalha de herói verde submetendo-se à injustiça de pagar duplamente pela eficiência e pelo bem estar porque a arquitectura pela qual pagou é algo vergonhoso. O facto é que todos estes podres fazem ainda parte do paradigma do capitalismo e do consumo.

A certificação energética dos edifícios é muito importante, especialmente para aqueles que fazem mais desperdício, como escritórios ou hotéis, mas temos de ver que as etiquetas coloridas e o investimento material só têm sentido se houver: mais ética profissional por parte dos arquitectos e melhor escolha de materiais, bem como algum ordenamento do território.

Anônimo disse...

A atribuição de um valor de desempenho energético aos edifícios de habitação e serviços (certificação energética) é obrigatória desde Janeiro de 2009 para a venda ou arrendamento de uma fracção e tem a validade de 10 anos para edifícios de habitação e de 2, 3, 6 ou 10 anos para os edifícios de serviços. Sendo que aproximadamente um terço da energia final é consumida nos edifícios, a certificação energética é um documento muito importante porque dá ao consumidor informações sobre possíveis medidas de melhoria de desempenho energético que possam vir a ser adoptadas dependendo da sua viabilidade. É verdade que existem incentivos fiscais ( a título de exemplo: 10% de dedução à colecta de IRS dos custos com crédito à habitação nas casas com certificados com classe A ou A+) mas, como é referido pelos meus colegas, para o cidadão comum, os investimentos iniciais necessários para o aumento de eficiência energética das suas casas representam uma despesa em que o tempo de retorno é insuportável na crise económica em que nos encontramos. Evidentemente, os benefícios ambientais e económicos que advêm de um melhor desempenho energético dos edificíos são, a longo prazo, vantagens inegáveis e portanto uma aposta na implementação de medidas que se traduzam numa maior eficiência energética neste sector é sempre uma aposta ganha.

Rita Machado

Anônimo disse...

Penso que a ideia de que "é caro ter energia mais eficiente" não pode ser vista em termos de curto/médio prazo. É um facto, que 3800 euros ainda é dinheiro, mas é necessário ver as coisas a longo prazo.
Se esse investimento irá permitir uma poupança de 40 euros/mês e que ao fim de 8 anos o investimento é recuperado, basta fazer as contas e perceber que se estivermos a falar de um sistema eficiente (qualquer que seja) com um tempo de vida de 30 anos, vemos que é possivel poupar 10560 euros nesses 30 anos. Esse dinheiro é mais do que o suficiente para pagar as despesas de manutençao e outras e ainda continuar a poupar!
Penso que na realidade o essencial, tal como diz o especialista da Manchester Business School, é convencer os consumidores de que o gasto no presente será uma poupança no futuro.

Ana Rita Caeiro
nº33642

Ana Bastos disse...

A certificação energética é importante na medida em que permite escolhas mais informadas por parte dos consumidores e também porque compromete os construtores com um determinado standard de qualidade.

Penso que os 3800€ de que se fala podem ter importâncias muito diferentes quando falamos de custos de construção de edifícios novos ou de requalificação.

Se a diferença entre um edifício T3 de EE relativamente baixa e um edifício eficiente é 3800€, isto num edifício novo acaba por não fazer grande diferença em termos de custo para o comprador (considerando o preço médio de um T3 numa cidade) e é uma mais valia para o futuro.
Se estivermos a falar da requalificação de uma casa já antiga, torna-se mais difícil fazer o investimento inicial, mesmo que se possa mais tarde obter retorno.

Penso que o exemplo que o Lukas deu é excelente. A maioria da população não tem capacidade económica para investir 3800€ em medidas de eficiência energética em sua casa, pelo que deve haver fortes incentivos a quem opte por tomar estas medidas. Os incentivos públicos para requalificação de casas já existentes (quer pelas autarquias, quer pelo governo central) em cerca de 60% (do exemplo do Lukas)acelerariam a mudança.
Penso que, no entanto, para edifícios novos deviam ser impostas medidas mais rígidas de controlo do desperdício energético e da selecção de materiais - que em geral são escolhidos apenas para poupar dinheiro ao construtor.

Quanto à poupança geral do final do artigo, não está claro em quanto tempo se opera essa poupança. São 65 milhões de € anuais? Ou em 8 anos? Ou ao longo do tempo de vida dos edifícios?
Consoante o período de que se fala, 65milhões de € podem ser uma grande poupança ou relativamente residual...

Anônimo disse...

Penso que esta notícia peca um pouco pela imprecisão dos valores monetários referidos.Por exemplo quanto ao valor de investimento não é referido quais as medidas a colocar em prática.
Por curiosidade,comparando este valor valor com o investimento feito pelo Lukas (34000€!!),a diferença é enormíssima,10x menos.A mim parece-me que este custo de 3800€ peca por defeito e não engloba todo o conjunto de medidas no que toca à prática da eficiência energética em edíficios.
É importante que não passe de mero marketing esta aposta na certificação e incentivo à eficiência energética, e que seja encarada de uma forma exigente, pois como todos sabemos os construtores civis portugueses são "especialmente" hábeis na arte de dar a volta a qualquer problema.

Por exemplo na construção da minha casa foi colocado isolamento térmico e parede dupla.Possivelmente por falta de atenção dos meus pais em relação a este aspecto a aposta nesta tecnologia veio-se a comprovar pouco útil já que se observa um grande balanço térmico do edifício ao longo do dia.
É necessário que se mude o paradigma da construção civil portuguesa se queremos encarar verdadeiramente a eficiência energética em edíficios.

Ricardo Henriques 34611

Unknown disse...

Concordo com os meus colegas, penso que a eficiência energética dos edifícios deve começar nos construtores e tal deve ser exigido a estes. Por exemplo, as futuras construções de habitação deveriam ter uma classificação mínima de acordo com o pretendido. Mas mesmo assim o maior problema reside nos edifícios já construídos, que não irão ser classificados e cujos propriatários não invistam na eficiência da sua habitação. Para estes deve haver incentivos para uma optimização energética da mesma e uma classificação gratuita para a realização desta.

Anônimo disse...

A resposta à questão do título do artigo penso que deve ser afirmativa, pois as pessoas se estiverem informadas logicamente tendem a preferir poupar energia e o ambiente.

Analisando os dados do estudo que nos é dado a conhecer e, sob a perspectiva dum cidadão comum, parece-me que o valor do investimento inicial(3800 Euros) para se ter uma casa mais eficiente, é muito elevado em relação ao período de retorno demasiado longo(8 anos). Parece-me não serem condições satisfatoriamente rentáveis, e que afastam a vontade e tomada de decisão dos consumidores, com a agravante do período de crise que se vive.

Penso que neste estudo ou em próximos é importante e talvez determinante, obter-se uma “espécie de tabela de valores/ orçamento descriminado" , com informação do investimento inicial e poupança mensal, de maneira a esclarecer sobre rentabilidade de cada medida a adoptar, caso estas medidas possam ser feitas em obras separadas. Assim, o consumidor poderia escolher investir só em algumas medidas inicialmente, que sejam mais baratas ou que tenham um retorno mais rápido e mais tarde noutras, consoante a sua possibilidade ou intenção. Desta maneira o consumidor estaria mais informado e poderia controlar de maneira mais segura a optimização energética da sua casa. Talvez assim se despertasse mais rapidamente o investimento nestas iniciativas.

Este estudo/análise é muito positivo, destacando-se como nos dizem, que um dos seus objectivos é ter permitido identificar as medidas de eficiência energética que podem ser adoptadas, pois como já se concluiu o estudo da Eficiência Energética é essencial para que haja um desenvolvimento sustentável.

Anônimo disse...

Assinatura do comantário acima:
Rui Reis

Rúben Teixeira disse...

Em minha opinião deveria haver uma directiva que obrigasse os edifícios novos, pelo menos as grandes conctruções, a ter para além de bons isolamentos um mínimo de produção por sistemas de microgeração/cogeração/trigeração (como diz a Cátia) e uma maior preocupação na orientação do edifício e suas fachadas de modo a aproveitar por exemplo os ganhos por radiação solar no Inverno. As empresas construtoras preocupam-se demasiado em fazer lucrar o "produto" por isso muitas vezes não cumprem as obrigações (exemplo da casa do Ricardo), há que fiscalizar.
A nível das construções já existentes penso que 3800 euros ainda é um investimento bastante difícil para grande parte das famílias,assim seriam necessários incentivos por parte do Estado ou das autarquias,já para não falar da grande quantidade de casas degradadas que existem em Portugal nas quais seria necessário um investimento bem mais avultado.

Anônimo disse...

Em primeiro lugar gostaria de saber qual é a idade média da casa típica certificada, uma vez que a obtenção do certificado só é obrigatório para casas que estejam no mercado para venda ou arrendamento. Estas, ou são novas ou são em segunda mão, e dependendo da relação entre casas novas e casas em segunda mão, a classificação de C pode ser considerada boa ou má.
Por exemplo, não se consegue saber qual a classificação mais obtida para casas novas no mercado. Quanto seria necessário gastar para que uma casa nova seja classificada classe A+?
Sabendo que em termos de eficiência energética as casas consideradas com pior construção são as construídas entre os anos de 1970 a 2000, qual é a classificação média destas casas?
Acho que seria mais interessante apresentar uma classificação que por década, que apresente a distribuição do nº de casas pela classificação obtida, assim o comprador sabia muito melhor o que esperar do mercado.
Uma casa típica construída em 1980, não tem parede dupla, não tem isolamento nas paredes, as janelas não são de vidro duplo, nem respeitam qualquer tipo de classificação de eficiência energética, não têm painéis solares térmicos para aquecimento central ou águas quentes sanitárias. Pelo que me parece, uma grande maioria do parque habitacional português necessita de muito mais que os 3800€ para se tornar mais eficiente. Uma vez que o tempo de retorno do investimento é elevado para muitas famílias portuguesas, a quantificação dos incentivos contemplados Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE), talvez ajude/incentive os proprietários a implementar as medidas necessárias para melhorar a eficiência energética das suas casas.

Carlos Carolino

Ricardo Pratas disse...

Penso que a certificação energética dos edificios representa um passo gigante em frente para a eficiencia energética dos mesmos, uma vez que permite ao comprador da casa uma escolha com base nesse mesmo factor. Para além de ser uma escolha que assenta num certificado isento e de confiança, uma vez que os construtores tentam ao maximo cortar custos e iludir compradores.
É necessario atingir patamares na construção razoavelmente altos, não apenas para construções de maior valor, mas sim também em habitações mais baratas, incentivando os construtores a produzirem uma construção de maior qualidade.
Para as habitações que já existem é muito importante "actualiza-las" uma vez que por vezes não tem custos assim tão elevados. Por vezes o que falta é mesmo informação.
Julgo muito pertinente a questão do Colega Carlos Carolino que questiona os custos reais das operações que pretendemos fazer, uma vez que depende de caso para caso, ainda que o payback time não deva variar muito.

Unknown disse...

Desde os anos 70, quando aconteceu a primeira grande crise do petróleo, os países mais desenvolvidos têm criado um reforço da eficiência energética, nomeadamente em países como Suécia, Alemanha, Inglaterra, França onde implementaram políticas de economia de energia nos edifícios. Em Portugal só desde o inicio do decorrente ano se implementou a obrigatoriedade da emissão de certificados energéticos em transacções imobiliárias. Sendo sem dúvida uma medida pertinente deveria ter sido considerada há décadas atrás partindo numa base de tanto sensibilizar como também instruir e promover, para práticas mais eficientes energeticamente, os agentes responsáveis pela construção do parque habitacional e/ou edifícios em geral. Estes teriam um papel activo no aconselhamento e divulgação destas práticas levando assim à criação de um hábito que seria a construção visando a poupança na factura energética duma família.
No artigo são referenciados 3800 euros como o necessário para melhorar a eficiência energética de uma habitação mas em muitos casos é bastante para o orçamento dos seus residente e o investimento, embora recuperável em 8 anos, não é efectuado. Mas, no seguimento do que já foi referido, se este valor fosse incluído no valor inicial da habitação, incorporando a sua construção as soluções necessárias, não seria tão difícil para o consumidor enfrentar esse preço.

Anônimo disse...

Este tipo de estudos e a sua consequente divulgação são, numa perspectiva directa, a principal e mais eficiente forma de sensibilizar a população, informando-a das vantagens que o investimento em poupança de energia e utilização de energias alternativas podem ter. Sendo que neste caso especifico é importante a precisão dos dados fornecidos tanto do investimento médio como do tempo necessário para o retorno, visto que, a meu ver, o maior entrave ao investimento particular é a desconfiança para com o vendedor.

A obrigatoriedade da certificação energética dos edifícios, cujos projectos são aprovados a partir de Janeiro de 2009, pode ser vista com “maus olhos” mas torna-la obrigatória para todos os edifícios é no mínimo utópico… por isso a única coisa que se pode lamentar é não ter sido legislada, esta obrigatoriedade, à mais tempo.

O investimento propriamente dito não me parece nada de especial, antes pelo contrário. Normalmente o problema, uma vez que falamos de investimento particular, é a capacidade financeira que uma pessoa ou uma família pode ter para comprar equipamentos mais eficazes, mas neste caso o investimento é numa casa e como tal 3800€ em 8 anos é bastante bom.

Ricardo Jónatas

Hugo Alves disse...

Na minha opinião o que é feito hoje em dia em termos de eficiência energética em edifícios é muito bom, para quem até há muito pouco tempo nada tinha. Mas na minha opinião o Certificado Energético que agora existe em nada é util.

Digo que em nada é util, por uma simples razão, o propriétario do imovel não é obrigado a alterar o que quer que seja na venda ou no aluguer do edificio. Precisa sim deste documento para a realização deste tipo de transacções.

Voltando ao ínicio do meu comentário, o certificado é util sim, mas estamos no momento em que apos a auditoria o proprietário terá que fazer melhorias no edificio.

Essas melhorias deveram ter um prazo na minha opinião de cerca de 3 anos, e o estado portugês deveria participar nesse investimento, com retorno por exemplo em sede de IRC.

Desta forma cada um de nós melhora o conforto, os seus gastos mensais,e em conjunto podemos reduzir o volume de importações para o nosso país.

Unknown disse...

A notícia é muito pouco explicita e por isso pode induzir facilmente em erro.
Os 3800 € são para alterar a casa média de classe C para classe A+?E as casas B? Ou as D?
Ou os 3800€ são calculados de forma a obter uma poupança energética de 40€ para que o investimento seja pago em 8 anos?
Não acho que a notícia seja suficiente para tirar qualquer tipo de conclusões. Só mesmo dando uma vista de olhos ao estudo realizado.

Carolina Fraga

Anônimo disse...

A ser verdade isto é um passo importante contudo não podemos menosprezar a eficiência energética da casa como um todo (edifício+equipamentos), assim para sabermos qual o peso real de uma e doutra vertente teriam que se fazer medições ao longo de um período de tempo representativo e passar certificado á casa como um todo, podendo até estes serem em separado. Isto teria de envolver, apresentar medidas alternativas e seguir o processo durante o tempo necessário para ver se as medidas foram adoptadas. Ou seja existe o problema de estarmos a dar uma boa cotação energética a uma casa sendo que esta pode ser uma falsa classificação.
Outro problema está ligado ao financiamento já que nem todas as famílias têm esse dinheiro para investir, ou seja, teria de partir por parte da banca ou do estado para disponibilizar esse financiamento ou iniciar um programa de subsídios.
Outro problema prende-se com a legislação pois nos edifícios com vários condóminos este tipo de obras só avançam com o mutuo acordo, por outro lado é necessário obter uma licença da câmara para poder fazer as obras necessárias, já que envolvem muitas delas alterar a fachada do prédio.
Outra limitação será o tempo que as obras levam, barulho, sujidade entre outras o que leva a que ninguém goste delas e não as queira fazer.
Teremos que ter em atenção a outra coisa, por exemplo, como chegaram a verba de 3800€? Não poderá este dado ser muito baixo? De onde retiraram este dado? Depois por outro lado não posso deixar de referir a ideia de Donald Lack, especilista britânico Chairman da East Midlands Branch of the Energy Institute, um dos responsáveis pela implementação da directiva no Reino Unido, segundo ele independentemente do dinheiro investido muito dificilmente um edifício de classificação muito baixa poderá chegar a uma boa classificação. Assim teremos de perceber se este estudo está realmente aproximado da realidade, ou seja se os 100 mil estudos representam o parque edificado e se não foi um pouco cedo para fazer um estudo deste tipo.

Rodrigo Matos nº33451

Anônimo disse...

A notícia alerta para mais uma tentativa do governo de promover políticas de eficiência energética. Penso ser de estrema importância a obrigatoriedade destes certificados para habitações pois permite durante transacções no caso do, comprador decidir na presença deste certificado qual a habitação que para ele é mais vantajosa, e no caso do vendedor cabe a decisão de fazer ou não melhoramentos de forma a tornar a habitação mais eficiente.
Relativamente às habitações mais antigas, à semelhança do que já foi dito, as melhorias a nível de eficiência são mais difíceis de introduzir, no entanto a nível das novas construções as regras deveriam ser outras, por forma a obrigar os construtores e arquitectos a tornar as casas muito mais eficientes. O simples colocar de janelas duplas permite manter a temperatura da casa mais constante proporcionando maior conforto, reduzir os consumos com o aquecimento e consequentemente poupar na conta da electricidade. Paredes duplas ou revestimento das paredes com placas de esferovite permite, não só, isolar termicamente como a nível sonoro, o que é muito importante por exemplo nos prédios.
O que o artigo não contempla são edifícios como as universidades, escritórios e escolas, entre outros, onde os desperdícios energéticos são enormes, no caso das universidades e escolas a maioria das vezes a ineficiência energética prende-se com a má projecção destes edifícios: por exemplo em vez de o edifício ser dimensionado para aproveitar a energia do sol para aquecer as salas e iluminar corredores onde as luzes estão constantemente acesas, as janelas são colocadas para o lado contrário ao sol e também com a despreocupação de todos os utilizadores, é frequente abandonar uma sala de aulas e as luzes ficarem acesas ou haver uma quantidade de luzes acesas que não é utilizada, sem falar no mau isolamento que a maioria destes edifícios apresenta. E nestes casos de quem é afinal a responsabilidade de tornar a utilização da energia do edifício mais racional?


Sara Sequeira 39862

Samanta Coelho disse...

Na minha opinião acho que deveria haver 1 classificação para as casas antigas e uma para as casas a construir no futuro proximo.
Ou seja, acho que há muitos casos diferentes e para cada caso há uma opção mais acertada.
Para 1 casa antiga realmente, secalhar o investimento nao compensa ao habitante, e portanto deveria haver um incentivo para melhorar o desempenho energético na casa.

Nas casas contruidas recentemente para posterior venda, deveria haver 1 aior controlo, para que os empreiteiros nao fugissem a eficencia do predio para poupar dinheiro.

Acho que realmente a informaçao presente no artigo funciona, e o investimento e proveitoso, mas para apenas para pessoas que construam a sua propria casa de raiz..

E outro ponto negativo, que vejo é que parte das pessoas alugam casas mas por periodos de tempo talvez inferiores a 8 anos, mudando para outra a seguir..portanto nesses casos o que melhor se aplica é as formas de poupar e ser mais eficiente comm aquilo que se tem, e o que se pode fazer no geral.

Samanta Coelho disse...

Na minha opinião acho que deveria haver 1 classificação para as casas antigas e uma para as casas a construir no futuro proximo.
Ou seja, acho que há muitos casos diferentes e para cada caso há uma opção mais acertada.
Para 1 casa antiga realmente, secalhar o investimento nao compensa ao habitante, e portanto deveria haver um incentivo para melhorar o desempenho energético na casa.

Nas casas contruidas recentemente para posterior venda, deveria haver 1 aior controlo, para que os empreiteiros nao fugissem a eficencia do predio para poupar dinheiro.

Acho que realmente a informaçao presente no artigo funciona, e o investimento e proveitoso, mas para apenas para pessoas que construam a sua propria casa de raiz..

E outro ponto negativo, que vejo é que parte das pessoas alugam casas mas por periodos de tempo talvez inferiores a 8 anos, mudando para outra a seguir..portanto nesses casos o que melhor se aplica é as formas de poupar e ser mais eficiente comm aquilo que se tem, e o que se pode fazer no geral.

Vera Saraiva disse...

Durante muitos anos os edificios em Portugal, principalmente os residenciais, foram construidos sem qualquer tipo de regulamentação no que diz respeito ás questões energéicas. A certificação energética dos edifícios é uma questão controversa porque apesar de nas novas construções permitir um grau de exigência superior por parte dos compradores, vem por outro lado "obrigar" os proprietários a investir por vezes valores dos quais não dispõe para que o seu certificado seja aceitável para a transação. No artigo fala-se de 3800€. Uma familia de classe média não se pode permitir gastar 3800€ em melhorias na sua habitação e receber o retorno 8 anos depois!
Creio que acima de tudo esta é uma questão de sensibilização. Concordo com o artigo quando se diz que temos que mostrar ás pessoas que estes valores se traduzem em poupança. E quando se compra uma casa com um certificado energético classe A sabemos de antemão que a energia é usada de forma eficiente o que nos permite poupar dinheiro, recursos e em última análise o ambiente.

Vera Saraiva

Anônimo disse...


AM XAVI Gerad JUDAS, um Representante da AIICIF PRECISA CO INSSURANCE PLC.
NÓS DA DE EMPRÉSTIMO, SE PRECISA DE VOCE EMPRÉSTIMO PARA EMPRESA INDIVIDUAL DE UMA OU Qualquer Outra TRANZACTION
Contato EUA NESTE xavigeradloanfirm@gmail.com