terça-feira, 9 de outubro de 2007

Eficiência energética na Europa: "Cada dia que adiamos é um erro"


(veja video)
Foi esta a mensagem deixada pelo Comissário da Energia, Andris Piebalgs, no encontro entre a Comissão da Indústria e Energia do PE e representantes dos parlamentos nacionais, nos dias 24 e 25 de Janeiro. Numa altura em que a Europa enfrenta os efeitos das alterações climáticas, os elevados preços do petróleo proveniente de Estados instáveis e a "disputa do gás" entre a Rússia e países vizinhos, melhorar a eficiência energética e coordenar a abordagem europeia nunca foi tão importante como hoje.

Em 2030, a UE deverá importar 90% do petróleo e 80% do gás natural que consome, grande parte do qual provém de regiões instáveis, como o Médio Oriente. Os receios sobre os fornecimentos energéticos foram agravados com o recente corte do abastecimento pela Rússia e a sua disputa com os países vizinhos e pela crescente tensão com o Irão. Na abertura do debate, o Presidente do Parlamento Europeu, Josep Borrell, afirmou que tudo isto veio "demonstrar a vulnerabilidade da Europa” num mundo em que “a energia será cada vez mais utilizada como uma arma”.

A tecnologia poderá abrir caminho à eficiência energética

A boa notícia é que as reservas de petróleo e de gás natural não dependem apenas do que se passa no campo geo-político – as pessoas podem ter, no seu dia-a-dia, um impacto enorme na poupança de energia. Actualmente, os edifícios europeus consomem cerca de 40% de toda a energia utilizada na UE e as casas privadas gastam dois terços do total. O simples facto de mudarmos para lâmpadas de baixo consumo, que gastam cinco vezes menos electricidade do que as normais, pode fazer uma grande diferença. 10% da energia total que gastamos em casa é consumida aos deixarmos alguns electrodomésticos em "stand-by", como as televisões e os vídeos. Para além disso, "já existe" tecnologia prática e com provas dadas para nos ajudar a poupar nas contas de aquecimento, refere Andrew Warren, da ONG europeia do sector da construção “Euro ACE”.

A importância da tecnologia para aumentar a eficiência energética é defendida pelo eurodeputado espanhol do Partido Popular Europeu Alejo Vidal-Quadras, o relator da Comissão da Indústria e Energia do PE sobre este assunto. O eurodeputado destaca a contribuição que a tecnologia pode dar no combate às alterações climáticas e critica as tentativas de limitar os investimentos da UE na área tecnológica nas próximas Perspectivas Financeiras 2007-2013.

Cerca de 70% do petróleo utilizado na UE vai para o sector dos transportes, sendo os automóveis responsáveis por metade da energia consumida neste sector. A eficiência dos carros em termos de combustível melhorou bastante devido a um acordo voluntário com a indústria automóvel no sentido de reduzir o consumo de combustível dos veículos – em 2008-2009, os carros serão 25% mais eficientes no uso do combustível do que em 1998. No entanto, o número e utilização crescentes de automóveis irá provavelmente reduzir estes ganhos e o recurso a outras medidas (como os impostos sobre os combustíveis) será uma opção a considerar para melhorar a eficiência energética.

Fonte: Parlamento Europeu

18 comentários:

Pedro Nunes disse...

A notícia põe em foco os problemas associados à enorme dependência que a UE tem de fontes de energia situadas em zonas do globo politicamente instáveis, como o custo crescente dessa energia (fóssil) e os seus efeitos ambientais.
Foca também a importância que a sociedade civil, através de acções individuais, poderá ter na minimização destes problemas, uma vez que, por exemplo, os edifícios de habitação consomem uma parte considerável de toda energia utilizada, sendo referidas algumas acções concretas.
A importância que o desenvolvimento tecnológico pode ter na eficiência energética (EE) também é referido, não devendo por isso, na opinião de alguns, a UE cortar fundos nesta área. Todavia, esses desenvolvimentos tecnológicos por si só de pouco servem para diminuir o consumo energético total, uma vez que o aumento na EE é contrabalançado por uma utilização crescente da tecnologia, que se poderá controlar por via fiscal, tal como já acontece em Portugal no caso do IA, que penaliza automóveis com emissões mais altas de CO2.

Anônimo disse...

Este artigo começa por focar o quão instável é o mercado energético, colocando assim numa situação preocupante todos os importadores de energia que dela necessitam para a sua existência e desenvolvimento, como é o caso da Europa. A UE é, actualmente, tão dependente da energia que se torna vulnerável para competir economicamente com as restantes potências mundias, sofrendo ainda os efeitos crescentes das alterações climáticas. Qual a solução defendida relativamente a isso? Eficiência energética é o conceito emergente que poderá dar resposta, quase imediata, para que se reduza esta dependência. Tornar mais eficiente o consumo de energia diário minimizando os gastos, nos dias de hoje, é relativamente fácil com a tecnologia existente. O gesto de mudar para lâmpadas de baixo consumo, de desligar os aparelhos domésticos directamente no botão ou simplesmente deslocar-se a pé ou de transportes públicos pode fazer toda a diferença no futuro. É necessária uma larga acção de divulgação, que já começa a ser visivel, para que se adoptem estes pequenos hábitos na sociedade europeia.

Anônimo disse...

O significativo aumento do consumo de energia final em Portugal,tem provocado uma elevada
dependência em termos de importação, uma vez que a produção de energia em território nacional está exclusivamente dependente das fontes renováveis ( eólica, hídrica, energia das marés ).
O petróleo tem sido a principal fonte energética, ocupando o gás natural um lugar cada vez mais
importante no abastecimento de energia e produção de electricidade.
As questões energéticas, nomeadamente no que se refere ao consumo e à sua utilização têm sido uma preocupação dos últimos governos. Assim, foi estabelecido para Portugal o objectivo,até 2010, que 39% do consumo bruto de electricidade seja
efectuado por via de fontes renováveis.
Para atingir estes objectivos Portugal adoptou algumas medidas de forma a estimular a sua
concretização. Implementaram-se tarifa de reaquisição fixas por kWh para fotovoltaica (PV),
energia das ondas, pequenas centrais hidroeléctricas, energia eólica, biomassa florestal, resíduos urbanos e biogás; adoptaram-se procedimentos de concursos públicos em 2006 relativamente às instalações eólicas e de biogás; foram atribuídos subsídios de investimento até 40% ; estão disponíveis incentivos e reduções fiscais.
a título exemplificativo, um dos sectores que mais consome energia, em Portugal, é o residencial. A qualidade dos edifícios e do seu conforto tem vindo a aumentar. As
necessidades ligadas à higiene, às necessidades básicas, necessidades de conforto térmico, a crescente utilização de sistemas de entretenimento e equipamentos eléctricos para apoio às tarefas
domésticas são comodidades que têm sido postas à disposição dos utilizadores dos edifícios. Estas evoluções traduzem-se num maior consumo de energia e consequente aumento de emissões de gases com efeitos de estufa, tornando-se urgende a adopção de medidas que promovam a eficiência energética.

Cinnamon disse...

Certamente que a energia é uma importante arma de negociação. Não fosse ela a responsável invisível de tantas guerras.
Felizmente que, tornar o mundo eficientemente energético, não passa só pelo hipotético bom senso dos políticos e dos seus negócios lucrativos (para eles mesmos), mas sim um bocadinho por todos nós. Dando um exemplo: Se hoje em dia reciclamos e até sabemos de cor as cores do ecoponto (sendo que uma década atrás pouca gente conhecia sequer a palavra "reciclagem") é porque se apostou na consciencialização da população nesta causa, através de campanhas publicitárias e incentivos específicos. Ora se isso funcionou numa tarefa tão simples, não há razões para todos nós não começarmos a pensar e a actuar de modo eficiente nas energias consumidas pelas nossas casas, carros, etc.
E onde é que a tecnologia entra no meio disto tudo? Ela vem ajudar à concretização da diminuição do consumo das máquinas que utilizamos no nosso dia a dia. É claro que não é desinvestindo na tecnologia que as pessoas vão deixar de consumir. Vão sim continuar a fazê-lo de forma desregulamentada com os seus instrumentos velhos e nada ecológicos.
Por outro lado, não penso que seja o aumento dos impostos sobre os combustíveis fósseis (donde provêem as maiores fontes de lucro para o Estado, daí o interesse nas energias renováveis ser adiado até ao esgotamento máximo das reservas de combustível fóssil) que a eficiência energética melhorará nos transportes, pois quem tem dinheiro poderá continuar a pagar e a consumir as quantias que quiser, deixando à mercê das vontades do mercado, o resto da população que não pode pagar pelo que deveria ser o direito à mobilidade.
Mas uma solução eficientemente energética para a área dos transportes é ainda um debate muito extenso.

Anônimo disse...

A noticia visa várias questões no âmbito da energia. Uma delas é o sublinhar da importância da tecnologia na eficiência energética conceito esse que começa a ganhar um enorme relevo nas politicas energéticas. Implicitamente o artigo refere essa mesma eficiência como o caminho para reduzir o consumo de energia; no caso dos veículos refere a melhoria relativamente à maior eficiência no uso de combustíveis e no caso dos edifícios é focada a importância dos equipamentos e comportamentos que cada um adopta e cujo resultado é relevante como parte do somatório da utilização da energia.
Neste artigo o conceito eficiência energética e tecnologia andam de mão dada sendo eles referidos como um meio para reduzir os consumos e consequentemente diminuir a dependência energética de que a UE tanto sofre actualmente.

Anônimo disse...

Na minha opinião, esta noticia revela o grande interesse da União Europeia em aumentar e promover a eficiência energética através do desenvolvimento tecnológico. Reduzindo assim, a dependência energética de países politicamente instavéis. É referido também, o beneficio ambiental que o aumento da eficiência energética acarreta. Além do aumento da eficiência energética são referidas medidas politicas como por ex:impostos sobre combustíveis. Socialmente, este género de medida nunca é bem aceite, sendo no entanto necessária. Segundo o artigo, a aposta na tecnologia com o fim de aumentar a eficiência energética, é o principal objectivo da UE. O aumento da eficiência de artigos (lâmpadas, carros, televisores, etc) é fundamental para a sustentabilidade energética na Europa.

Anônimo disse...

A actual dependência, da UE, no fornecimento de energia, principalmente de petróleo (90%) e gás natural (80%), em relação a países exteriores que se encontram numa situação geo-política desfavorável à UE, cria uma grande instabilidade no fornecimento da mesma.
Deste modo parece necessário que a UE opte por outras alternativas no que se refere ao aproveitamento energético e à utilização de energia fóssil, “melhorar a eficiência energética e coordenar a abordagem europeia” é um imperativo estratégico. Os principais sectores onde a política implícita na frase anterior, poderá ter um maior impacto, será no sector dos transportes e dos edifícios (de negócios e residenciais). A eficiência e melhor aproveitamento da energia terá de ser levada a cabo em pequenos etapas no dia-a-dia das pessoas, como por exemplo, promovendo a utilização de lâmpadas de baixo consumo, e a utilização de tecnologia que permita a regulação da energia utilizada. Esta última área, da tecnologia prática de regulação, é fulcral pois não depende do consumidor para a sua efectiva implementação.
Em relação ao sector automóvel, uma vez que este é o principal consumidor de derivados do petróleo na UE (70% de todo o petróleo), é essencial aumentar a eficiência do combustível utilizado, medida que já foi posta em prática através de um acordo voluntário realizado com a indústria automóvel, no sentido de reduzir a curto prazo o combustível consumido pelos veículos. Com o aumento do parque automóvel é necessário pensar noutras medidas adicionais, como o agravamento dos impostos sobre os combustíveis. Tanto o sector automóvel como o dos edifícios deverão ter nas energias renováveis uma mais valia a ter em conta, na melhoria da eficiência energética. Deste modo parece fundamental desenvolver as tecnologias a aplicar nestes sectores, nomeadamente, a curto prazo, a aplicação de motores adaptados a utilização de biocombustíveis num maior número de automóveis, e o aumento do número de paíneis fotovoltaicos, que apesar de acarretarem um grande investimento inical, este é recuperável num curto espaço de tempo.

Huguenote disse...

Este artigo mostra claramente a importância e a necessidade de mudarmos de hábitos, métodos, mentalidades, formas de vida e apostar na eficiência energética, pois estamos a chegar a um limite insustentável para a Europa e não só, isto é, há muitos factores “em jogo” e a energia está a ser um problema nestes dias que correm, porque ao continuarmos a “desperdiçar” energia, sem nos preocuparmos a aproveitar e rentabilizar ao máximo a uso desta, estamos a maximizar os efeitos das alterações climáticas, a contribuir para a instabilização do nosso mundo, devido à dependência excessiva de vários países desta fonte.

Há que começar a organizar campanhas de sensibilização, apelar à cidadania, à formação e apostar em congressos, tudo isto de uma forma simples, de modo a conseguir passar uma mensagem clara e objectiva para toda a população a nível mundial. Como é lógico, isto leva tempo e custos, mas o principal é agir e formar. Acho que o ser humano por si só é derrotista, que tudo é impossível, e à metas “absurdas”, mas na realidade, quando o Homem quer algo, consegue caminhar nesse sentido, a maior prova é o esforço que todos estão a fazer para melhorar o meio ambiente. Acho que se está a fazer esforços nesse sentido, ainda que seja pouco visível.

É importante não deixar adormecer a investigação no campo da tecnologia neste ramo, pois sem ela não conseguimos melhorar significativamente a eficiência energética do material utilizado. É necessário procurar melhores instrumentos para uso eficiente, simples, que consiga atingir massificamente os principais “abutres” como indústrias (grandes consumidores de energia), para estas usarem tecnologias mais eficientes, e conseguirem manter os preços competitivos, ou diminuir estes, de modo a não serem afectadas a nível económico. Também é importante apelar aos consumidores comuns, o uso de uma tecnologia mais eficiente, mostrado a fiabilidade ao apostarem nesta, mesmos que os preços demorem a ser apelativos.

Há muito para fazer, mas na minha opinião o egoísmo e uma visão fechada ou egocêntrica, são os principais factores para que o mundo continue a adiar a eficiência energética, não podemos olhar só para o nosso umbigo e unir as forças, pois este e outros assuntos não só dos outros, são também nossos assuntos e fazem parte do nosso quotidiano.

Anônimo disse...

Nos tempos de hoje, em que os problemas ambientais estão na ordem do dia, e que o fornecimento energético se tem tornado cada vez mais desiquilibrado e perigoso, pois grande parte dos recursos estão situados em regiões politicamente instáveis, é de extrema importância o investimento na melhoria e desenvolvimento de tecnologias mais eficientes que as que actualmente dispomos. Se por um lado a tecnologia tem evoluído de forma favorável, o consumo de energia segue uma tendência inversa, tem aumentado bastante, o que por enquanto ainda é contrabalançado pelo avanço tecnológico, mas de futuro poderemos estar numa situação crítica, com recursos esgotados e um consumo desenfreado. É por isso importante investir no desnvolvimento de tecnologias que nos permitam aproveitar mais eficientemente os recursos endógenos, de maneira a diminuir a dependênia externa do fornecimento de energia, bem como da valorização desses mesmos recursos.

Anônimo disse...

Hoje em dia a Europa enfrenta graves problemas relativos a alterações climáticas, assim como a sua quase total dependência de combustíveis fósseis provenientes de países politicamente instáveis, os quais praticam preços elevados.
Para combater estes problemas deve-se intervir nas tensões políticas dos seus parceiros energéticos e apostar na eficiência energética dos seus estados membros.
Para o caso dos transportes há um aumento de eficiência energética na ordem dos 25% do consumo.
Investimento na consciencialização da população promovendo o uso de lâmpadas de baixo consumo e uma racionalização da energia gasta nos equipamentos domésticos.
No que toca ao desenvolvimento da tecnologia existe também grande contribuição, pois esta foca 2 áreas: tanto aumentando a eficiência energética das industrias e edifícios, como na redução de emissões de gases poluentes na atmosfera e o desenvolvimento através de energias renováveis (solar, eólica, biomassa, ondas, hídricas).

Anônimo disse...

Penso que a notícia revela bem a importância que cada vez mais apresentam as questões energéticas a nível global, tal como o consequente esforço em termos de eficiência que as mesmas acarretam.
Neste caso, as medidas e atitudes visadas por parte da UE recaem sobre o sector habitacional e dos transportes (sectores estes que detêm grande parte da responsabilidade pelo grande consumo energético actual), sendo estas tão simples como o mudar para lâmpadas economizadoras ou evitar o consumo por parte dos aparelhos domésticos com o habitual "stand-by".
É tambem referido a importância que a tecnologia utilizada tem, sendo que o constante avanço e pesquisa em muito contribui para que se atinja um maior nível em termos de eficiência energética.
É tambem de notar que, apesar de todas as questões ambientais inerentes a toda esta problemática, a questão social e económica é tambem referida e não pode ser deixada de parte, visto que todas estas medidas em tudo contribuirão para que a UE se torne, não só "limpa", mas tambem cada vez mais independente em termos económicos e energéticos de terceiros.

Anônimo disse...

Mais do que nunca, é importante aproveitar a onda de sensibilização da população para os problemas ambientais, políticos, e económicos, que estão inerentes ás questões energéticas, para promover a literacia e assim a investigação e desenvolvimento dos meios de produção de energia em processos cada vez mais eficientes que podem ser fundamentais para um desenvolvimento, não só económico, mas tambem de auto-sustentabilidade e redução da dependência externa energética da UE.

Esta é a meta a que todos os países da UE se deviam propor: investir em tecnologias eficientes e avançadas para reduzir ao máximo os inconvenientes que uma excessiva dependência energética externa possa causar, para além de ser positivo fomentar o desenvolvimento das tecnologias nacionais.

Anônimo disse...

É "gritante" a necessidade que o ser humano tem hoje de consumir energia para sobreviver com a "qualidade de vida" que sustenta na atualidade. Chega ao ponto de se possuir um forno de microondas, ou uma máquina de lavar ser uma necessidade quase que física do nosso cotidiano atual. Quer em países em desenvolvimento, quer em verdadeiras potências mundiais, essa realidade é visível a "olho nu". Tendo o país condições para conviver com isso ou não. E como a maioria das necessidades humanas tem por tabela a degradação, ou o consumo desenfreado de algum bem natural do planeta chegam enfim as conseqüências; como a escassez das fontes de energia ou as alterações climáticas.

Diante dessa realidade, surgem alternativas para manter essa "qualidade de vida", como a utilização de energias renováveis, ou a educação dos hábitos visando a dininuição dos consumos atuais. Na UE essa necessidade se torna ainda maior já que não detêm as maiores fontes de energias naturais do tipo fóssil que geralmente são as mais usuais na atualidade. Se por um lado a tecnologia detida nos países da UE beneficia o aumento da eficiência energética, por outro aumenta também o consumo de bens materiais utilizadores "ferrenhos" dessa mesma energia que os países buscam economizar. Surge então um enorme conflito, e cabe também às autoridades políticas encontrar a chave deste novo paradigma, com a implementação de novos impostos sobre combustíveis, energia elétrica, bens materiais, de consumo etc; bem como a reunião de esforços para colocar em prática processos de conscientização da população para essa nova realidade.

A busca da eficiência energética é o caminho para a utilização racionalizada das fontes energéticas, visando a utilização otimizada e conseqüentemente a economia. Visto que a UE importa muito petróleo e gás natural para manter os níveis de desenvolvimento, a eficiência energética torna-se indispensável. E pequenos passos como desligar equipamentos eletrônicos que habitualmente fiquem em "stand by", ou pegar uma carona com o vizinho para ir trabalhar ao invés de colocar mais um carro nos engarrafamentos das vias, ou sair de casa utilizando transportes públicos, ou mesmo a pé tornam-se, na verdade, passos gigantescos nessa luta pela preservação do nível da nossa "qualidade de vida". Conscientizar e educar são ações chave para traçar o novo caminho.

Anônimo disse...

Esta notícia põe mais uma vez em foco os problemas provocados pela dependência energética na União Europeia (EU). O facto da UE estar energeticamente dependente de países com governos instáveis ou mesmo não amistosos, faz com que as incertezas relativamente ao abastecimento de energia, nomeadamente por combustíveis fósseis, sejam grandes no futuro ou mesmo no presente. Como tal é urgente que a EU tome medidas de modo a minimizar tais impactos. Tais medidas podem passar ou pelo aumento da produção de energias renováveis, e por aumentar a eficiência energética. Concretamente este artigo aborta o tema do aumento da eficiência energética dando alguns exemplos de como algumas medidas podem contribuir para a redução do desperdício de energia. Parece evidente que é necessário uma sensibilização da opinião pública, e também que os governos apoiem financeiramente a investigação em novas tecnologias mais eficientes. No entanto o problema da dependência energética parece não ter um final próximo uma vez podemos aumentar a eficiência energética, mas o consumo continua a aumentar. Se conseguíssemos que a quantidade de energia que se diminui por via da eficiência energética compensasse o aumento do consumo já seria uma meia vitoria para a EU.

Anônimo disse...

Actualmente, os assuntos que estão a ser debatidos são as alterações climáticas e a dependência de combustíveis fósseis. Esta dependência existirá sempre mas é sempre rentável tentar arranjar soluções para a diminuir. Não é necessário pensar somente no uso de energias renováveis como forma de minimização desta dependência, podemos aprender a mudar pequenos hábitos no nosso quotidiano, que em longos anos, mostrará evoluções neste campo. Como foi referido na notícia podemos substituir as lâmpadas convencionais por lâmpadas economizadoras ou deixar de usar equipamentos no modo standby, mas existem muitas outras pequenas atitudes, como por exemplo, desligar o esquentador (não inteligente) após a sua utilização. É obvio que tem de haver mais informação e campanhas para divulgação de várias medidas a tomar, mas “nós” também temos de “evoluir” neste aspecto e saber que podemos melhorar, ou tentar, o planeta.

O desenvolvimento tecnológico está em grande expansão, o que é favorável para todos uma vez que promove a eficiência energética, sendo esta necessária para a sustentabilidade mundial.

Margarida disse...

A notícia em questão foca a elevada fragilidade da Europa, face à sua dependência do Petróleo e Gás Natural provenientes do Médio Oriente. Dependência essa que se nota não só no elevado preço da energia, mas também nas alterações climáticas sentidas nesta zona do Globo.

Com vista a superar estes problemas, a notícia sugere que cada europeu contribua para um mundo melhor (uma melhor Eficiência Energética) quer nas suas casas, utilizando lâmpadas e electrodomésticos mais eficientes, quer na construção automóvel, efectuando estudos para a construção de motores mais eficientes, que não nos façam depender tanto do petróleo.

Anônimo disse...

Existe, neste momento, uma preocupação por parte da UE para as dificuldades que se vislumbram num futuro próximo. Sabemos que estamos fortemente dependentes de outros em termos energéticos, e que basta uma ameaça de “fechar a torneira” para se perceber a vulnerabilidade da Europa em relação aos fornecedores dos combustíveis. Existe o alerta que podemos mudar esta situação e que não dependemos do estado de espírito de quem nos fornece a energia. É complicado acabar com a nossa dependência de outros, mas podemos reduzir de modo a que o impacto seja menor.

As reservas de petróleo e de gás natural não dependem apenas do que se passa no campo geo-político. No dia-a-dia podemos fazer a diferença: o impacto na poupança de energia pode ser enorme. Temos que ser eficientes! Simples acções como retirarmos do stand-by os electrodomésticos ou mudarmos para lâmpadas de baixo consumo nas nossas habitações, vão ajudar a reduzir gastos inúteis de energia. Uma mudança de hábitos é necessária!

Na construção automóvel o desenvolvimento tecnológico demonstra, nesta altura, uma grande eficiência energética relativamente a uma década atrás. Não basta demonstrar que a eficiência aumentou ou que se reduziu na emissão de gases, são necessárias novas medidas. É importante continuarmos a investir no desenvolvimento para se poder aproveitar mais eficientemente os nossos recursos, de modo a diminuirmos ainda mais a nossa dependência de outros a nível energético.

Unknown disse...

Mais do que nunca é importante sermos realistas independentemente da cor política de cada um. Devemos deixar de dizer que tudo vai ser “belo e amarelo” no mundo dos combustíveis não fósseis. É impossível viver-se apenas de energias renováveis. Apenas nos é possível minimizar os efeitos colaterais na emissão de gases de estufa enquanto as grandes potências mundiais (USA, China, Índia, Austrália, por exemplo) não se resolverem a tal.
Em relação ao aumento da EE, não creio que o aumento de impostos nos combustíveis seja a melhor medida para aumentar a EE, sendo esta uma das maiores fontes de receita do estado e muitas vezes usado para “tapar” buracos orçamentais.
Creio sim, que deveriam ser criadas alternativas, cortando mesmo o trânsito aos automóveis dentro das cidades, dificultando o trânsito ou fazendo como países como a Holanda, onde as regras de prioridades na estrada são diferentes. Em 1º lugar os transportes públicos onde se aposta na quantidade e qualidade (pontuais e seguros), seguido das bicicletas e pessoas, onde se criaram alternativas para tal, e por último lugar, os automóveis. É o país onde se pagam 2€ por hora para se estacionar dentro das cidades (pequena ou grande) e independentemente do pagamento mensal de cada um, esse custo não revela sustentabilidade no final de cada mês, retirando carros e reduzindo emissões de gases de efeito de estufa.
Em relação aos 40% de energia gastos em edifícios, ou se investe realmente nesta área, apostando em melhores isolamentos com menos perdas e trocas de energia com o exterior, aumentando também a capacidade de entrada de luz solar, ou nunca se conseguirá diminuir estes 40% com tendência para aumentar. Só assim se conseguirá diminuir estes 40% de energia em edifícios.
Para finalizar, incrivelmente o grande problema não está na mentalização dos mais velhos, mas sim da nossa e futuras gerações que já nasceram com todos os luxos. Sendo assim, torna-se necessária uma propaganda efectiva sobre Eficiência Energética e não apenas a publicidade política na busca incessante do voto do eleitorado.