quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Portugal desperdiça 60% da energia que consome


Diário Económico
2007-06-14

Cada português gastou, em média, 12 barris de petróleo no ano passado. Um valor recorde para o consumo que representa também um máximo no desperdício: o fraco crescimento não justifica aumento do consumo.


Há três anos consecutivos que a economia portuguesa está a perder eficiência no uso do petróleo e a factura energética não pára de aumentar, tendo ultrapassado os 5% do Produto Interno Bruto em 2006, o valor mais alto dos últimos onze anos. Especialistas como Eduardo Oliveira Fernandes e Nuno Ribeiro da Silva avisam que o desperdício representa 60% da energia consumida em Portugal.

Segundo dados da British Petroleum (BP) publicados esta semana, o consumo de crude está a acelerar desde 2003 apesar do choque nos preços internacionais da matéria-prima. Em 2006, cada português consumiu 12 barris de petróleo por ano, valor que revisita os recordes do período de maior expansão económica (1999 a 2002). O crescimento do consumo de petróleo registou uma quebra em 2003, ano de recessão, mas desde então que está a subir de forma ritmada (de 1,5% em 2004 para quase 5% no ano passado).

No entanto, esta maior intensidade energética da economia não se traduziu em mais crescimento, como provam os dados do PIB dos últimos anos. Pelo contrário, em 2006, Portugal precisou de pagar quase 51 euros para criar 1.000 euros de riqueza (PIB), naquele que é o maior valor desde 1985, e outra forma de ler a factura energética.

A generalidade dos especialistas concorda que a ineficiência no uso da energia é o maior problema do país. Ribeiro da Silva tem sublinhado que “a energia que desperdiçamos é o nosso maior recurso”. Se Portugal conseguisse reduzir em 20% o seu consumo de energia com recurso a mais eficiência pouparia 1,2 mil milhões de euros anuais, avançou o ex-secretário de Estado. Luís Mira Amaral, ex-ministro da Indústria, pede uma maior modernização dos meios e sistemas de transportes, um dos sectores onde o desperdício “é mais dramático”, estratégia que também é considerada prioritária por muitos outros peritos. Oliveira Fernandes, professor do Instituto Superior Técnico, reitera que “60% do consumo é desperdiçado”, ao mesmo tempo que pede um reforço “cada vez maior nas fontes renováveis”, como as eólicas e a energia solar, e na modernização das construções, outro dos pontos por onde se escapa boa parte da energia. Esta é comprada ao estrangeiro, a preços significativamente elevados, tendo em conta o contexto de forte contenção do lado da oferta e de procura cada vez maior por causa da emergência de novas economias, como China e Índia.

17 comentários:

Pedro Nunes disse...

Resumidamente, no contexto da EE Portugal é um país cujo exemplo não deve ser seguido, apesar de no aproveitamento de energias renováveis estar no pelotão da frente quando comparado com os outros países da UE. O problema é que, por mais quota que as renováveis ganhem no nosso merdado, se a EE em geral não melhorar claramente a dependência energética face ao exterior, nomeadamente de petróleo, não diminuirá, antes pelo contrário. É claro que, falando-se também em intensidade energética, o facto de a economia portuguesa ter estado estagnada durante um período alargado não ajuda no problema. De toda a forma, facto é que o consumo absoluto de petróleo aumenta de ano para ano sem que tal se traduza em mais riqueza. Uma vez mais, a conscencialização pública terá um papel relevante, mas neste caso terá que ser articulada com, por exemplo, a melhoria da rede de transportes públicos.

Cinnamon disse...

O desperdício em que se fala neste artigo refere-se à energia consumida que poderia ser poupada se nós tivéssemos "máquinas" eficientes e se a indústria portuguesa maioritária não continuasse a utilizar tecnologia pós Segunda Guerra Mundial. Mas como poupar energia utilizando novas tecnologias se o poder de compra português é abaixo da média da UE, e a tecnologia paga-se bem caro? E os supostos incentivos monetários que tardam em chegar? Voltamos a bater na mesma tecla: políticas de incentivos monetários e consciencialização das massas para reduzir os consumos. Vemos uma ou outra multinacional com tecnologias de ponta, com baixos consumos energéticos, que utilizam energias renováveis, etc, e que são exemplos a seguir; mas continuamos a ser todos os dias bombardeados com publicidades a dizer-nos que não somos nada sem o nosso T1 com vista para o mar ou sem o nosso carro com tecto de abrir. As pessoas continuam a consumir e a endividar-se.
Assim, não é tão de espantar que o consumo do petróleo continue a aumentar mesmo sem ser acompanhado por um aumento do PIB.
E não, não é preciso ser um especialista XPTO, para saber que temos que apostar muito mais no uso eficiente da energia, não só nos edifícios para onde vai 50% da energia consumida, mas sim arranjar soluções viáveis para os transportes. E não podemos simplesmente passar a negar a utilização dos automóveis particulares às pessoas com vista em diminuir os consumos. Temos sim de aumentar e optimizar os transportes públicos existentes de forma a torná-los eficientes, desejáveis e acessíveis a toda a população.
Já que Portugal é tão favorecido em termos de recursos naturais, porque não investir grandemente neles (com empresas nacionais) de modo a também nós deixar-mos de estar tão dependentes do grande capital mundial? Teríamos mais sorte certamente que a concessão brasileira presente na costa portuguesa à procura de eventuais reservas de hidrocarbonetos...

Margarida disse...

No meu ponto de vista, esta notícia fala-nos essencialmente da falta de sensibilização que os portugueses têm na poupança de energia.

O nosso país tem o privilégio de ter à sua disposição duas fontes renováveis o ano todo (água e sol) e não as sabe aproveitar.

Penso que o problema não está só em apostar na indústria para produção de energia através de fontes renováveis, mas também em criar campanhas publicitárias que convidem as pessoas a participar numa melhoria da Eficiência Energética do país.

Anônimo disse...

Numa época em que se fala tanto em sustentabilidade, eficiência e cuidado a ter com o planeta Terra. As pessoas ainda não assumiram uma postura concreta e eficaz sobre este assunto, ainda se pensa que só reciclar qualquer coisa já é um dos maiores contributos, e muitos nem isso fazem. Não compreendem que a energia é um assunto importante a nível mundial, que transporta muitas consequências, tanto a nível económico, como social, pois a energia tem um custo, e o seu desperdício também tem um custo, e isto tudo reflecte-se na nossa economia.

Cada vez mais dependemos da energia e a utilizamos de uma forma desmesurada, excessiva. Estamos a reduzir substancialmente o “stock” da matéria-prima, os barris de petróleo estão a aumentar, é preciso apostar numa solução que minimize este problema, como as energias renováveis, mas isto não é suficiente, pois a energia é algo valioso para ser desperdiçado sem se preocupar, devíamos fazer um uso mais eficiente.
Os valores são muito claros, 60 % de desperdício de energia é muito significativo, é preciso começar a mudar o rumo dos acontecimentos, não comprar simplesmente energia, mas maximizar o seu uso, pois desperdiçar algo de que dependemos tanto e é importante para nós, não tem sentido e futuramente vamos pagar caro este modo “abusivo” em desperdício de energia e de inércia face a uma mudança de mentalidades.

Esta notícia é mais uma prova de que há muito caminho a percorrer em termos de eficiência, porque é um alerta à falta de preocupação, cuidado, civismo, desinteresse da forma despreocupada como usamos a energia e esta chega a nossa casa. Fica-se pela superfície e não se explora com mais eficácia o cerne da questão.

Anônimo disse...

Nesta notícia é colocada em evidência ineficiência no uso do petróleo em Portugal. A gravidade da situação reverte-se com o facto da ineficiência estar a aumentar. Em primeiro lugar devia-se estudar o porquê de tal situação estar a ocorrer. Não é preciso ser um entendido na matéria para perceber que provavelmente grande parte do desperdício ocorre no sector dos transportes, pois é aqui que grande parte do petróleo é consumido, por isso seria relevante perceber porque é que neste sector o desperdício está a aumentar. No fundo existe algum contra censo nesta notícia, pois é sabido que hoje em dia temos transportes mais eficientes. Afinal o que está a provocar tal desperdício? Será que as pessoas estão a abandonar os transportes colectivos em detrimento do transporte individual? Será que o aumento do transporte individual está a aumentar os congestionamentos? Serão estas as razões da maior ineficiência, transporte individual e congestionamentos? Provavelmente serão umas das principais, mas poderá haver outras, e seria importante fazer um estudo profundo sobre a matéria. Mas enquanto esse estudo não é realizado o país está a perder dinheiro, por isso seria urgente tomar algumas medidas como por exemplo, obrigar as transportadoras a renovar o seu parque automóvel, incentivar ao uso dos transportes colectivos com tarifas aliciantes e com intermodalidade dos vários meios de transporte. São apenas alguns simples exemplos que poderiam levariam o país a poupar bastantes milhões de euros na factura energética final.

Anônimo disse...

“A energia que desperdiçamos é o nosso maior recurso”...esta é uma citação a reter. Em Portugal sempre se cultivou o desperdício, não existindo uma necessidade de gerir eficientemente os seus recursos.

Actualmente este é um luxo ao qual nós, Portugueses, não nos podemos dar. É necessário uma maior conscencialização de que é necessário consumir eficientemente, seja devido à questão ambiental seja devido ao peso economico da energia nas nossas carteiras. Claro que, embora tal conscencialização, possa depender das nossas atitudes existe ainda uma necessidade de investimento seja em tecnologia, seja em modernização.

Porque não melhorar toda a rede de transportes publicos? Porque não investir mais em reutilização? Porque não usufruir mais das energias "naturais" tão fortemente presentes em Portugal? Porque não civilizar mais a população para a eficiencia energética?

Ainda é longo o caminho que Portugal necessita percorrer, no entanto, já se começam a vislumbrar os primeiros passos, o que é bom sinal.

Anônimo disse...

A ineficiência no uso de energia tem sido um dos grandes problemas energéticos do país. A ineficência na utilização de alguns recursos,nomeadamente no sector dos transportes e imobiliário, faz com os consumos energéticos em Portugal se mantenham em níveis elevados. Assim, é necessário não só implementar medidas de que promovam o recurso a fontes de energia renováveis, como promover uma maior sensibilização na utilização racional da energia(mesmo que provenham de uma fonte renovável).
O facto de as tecnologias existentes (p.e. paineis solares e fotovoltaicos) apresentarem preços ainda relativamente elevados, torna o período de retorno do investimento mais demorado (5/7 anos), desincentivando assim o recurso a estas soluções pela maioria das empresas nacionais.

Unknown disse...

Este artigo foca principalmente o aumento do consumo de petróleo e o fraco crescimento económico.Devia divulgar valores de referência para se poder comparar com a restante UE e assim obter uma noção mais real do problema.Esta comparação é útil na medida em que cada país tem a sua própria economia. É referido ainda que vários especialistas concordam que a ineficiência no uso da energia é o maior problema do país. Não é abordado o tema sobre o aumento de impostos sobre veículos privados tendo em vista o melhoramento da rede pública de transportes.
Um assunto importante que é referido no artigo é a modernização das construções.Porém, deveriam ter mencionado valores de energia consumida nos sectores tanto dos tranportes como das construções, de maneira a ter um enquadramento do problema.

Anônimo disse...

Em Portugal a “ineficiência no uso da energia é o maior problema do país”.
Uma das formas de tentar ultrapassar este problema é apostando no uso mais eficiente da energia, não só na modernização dos edifícios (consomem 50% da energia), como no investimento e modernização dos transportes tornando-os mais eficientes.
Uma outra forma é no aproveitamento de energias renováveis (solar e eólica), presentes no nosso país, de forma a minimizar este problema.
Na minha opinião, uma das formas para evitar que os consumos energéticos se mantenham altos em Portugal, é consciencializando as pessoas através de campanhas de sensibilização para a importância da eficiência energética e da utilização racional da energia.

Anônimo disse...

A percentagem de energia desperdiçada em Portugal é assustadora. É indispensável combater esta realidade. Não somos um país proprimente rico, nem o nosso planeta está em condições de suportar os desperdícios causados pela ineficiente utilização da energia. Temos que apostar nas renováveis, na reciclagem e reutilização de resíduos, no cumprimento dos regulamentos para construções energeticamente eficientes e na modernização das indústrias para aumentar o rendimento dos processos e diminuir esta percentagem de desperdícios.

Para tal, e se nos queremos desenvolver tecnologicamente e produzir riqueza, temos que ter a consciência de que este desenvolvimento tem que ser na base da sustentabilidade, e, para o bem das gerações vindouras, será inevitável tomar um de dois rumos: ou apostamos em implementar sistemas de energias renováveis em grande número aproveitanto as condições favoráveis de localização de que dispomos, e, apesar orçamento necessário, uns anos mais tarde veremos os resultados positivos, ou então continuamos a seguir pelo mau caminho, que na minha opinião, é o de continuar a comprar quase toda a energia ao estrangeiro, sujeitando-nos a condicionantes de ordem política e correndo o risco de ficar eternamente na dependência do exterior para suprir as nossas necessidades energéticas, para além do facto de que dentro de uns anos de acabaremos com as reservas de petróleo, gás natural e carvão.

Anônimo disse...

Esperar-se-ia que existisse uma relação directa entre a utilização de energia e o desenvolvimento económico de um país. No entanto, tal não se está a verificar ao nível do nosso. Pelo contrário, em Portugal, actualmente, existe um maior gasto de petróleo (12 barris de petróleo ano per capita) só comparável à altura de maior expansão económica (1999 a 2002), o que não está de acordo com o crescimento económico que se tem vindo a verificar. O desperdício energético será uma das grandes causas para este gasto. É necessário, portanto, aumentar a eficiência e rentabilidade energética em Portugal melhorando a forma como esta é utilizada, incidindo nos principais sectores de gasto energético como por exemplo os sectores dos transportes e da construção. É possível, assim, melhorar o PIB levando a que Portugal não precise gastar tanto para gerar uma igual riqueza( em 2006 era necessária aproximadamente 51€ para gerar 1000€ de riqueza ), uma vez que deixaria de existir gastos desnecessários nesta área. De acordo com Luís Mira Amaral o aumento da eficiência levaria a uma poupança de 1.2 mil milhões de euros anuais. O aproveitamento da energia solar para melhorar as condições de aquecimento de edifícios sem ser necessário recorrer a outro tipo de energia, dispendiosa e menos eficiente, é um exemplo do que será possível fazer na área das construções. O sector dos transportes é o que apresenta, actualmente, um maior investimento pois para além de ser um grande utilizador de energia, é o maior produtor de CO2. A utilização de bio-combustíveis, a curto prazo, e a mudança, a longo prazo, para um combustível diferente (hidrogénio) do utilizado são soluções que levarão à redução do gasto nos desperdícios na energia.

Anônimo disse...

Neste artigo, é visado o aumento do consumo de energia por parte dos portugueses, situação que se revela problemática, pois afecta em muito, tanto economica como socialmente, todo o panorama nacional. No entanto, apesar de em muitos países ser essa a tendência, a agravante principal para Portugal é que esse mesmo aumento no consumo não é justificado pelo crescimento, segundo os valores do PIB, o que vem revelar que o modo de uso, ou mesmo produção, de energia não está a ser o melhor.
Contudo, são apontadas várias alternativas de tentativa de resolução deste problema, sendo que estas passam, por exemplo, pelo uso de energias renováveis e/ou inovação e desenvolvimento da tecnologia usada, tanto ao nível dos transportes como de edifícios,pois é bem conhecido que estes detêm uma grande fatia no consumo total de energia.
Penso que estas alternativas e soluções são viáveis, sendo que não se devem descurar as soluções que passam pelo âmbito social, pois grande parte do probelam reside numa utilização ineficiente de energia por parte da populaçõa, seja devido a descuido ou mesmo falta de informação, algo que poderia ser contornado, a meu ver, por uma aposta na consciencilazação da mesma.

Anônimo disse...

Apesar da crise económica que Portugal atravessa desde há uns anos para cá, o desperdício continua a aummentar, quando o contrário seria de esperar. Seria de esperar que as pessoas poupassem mais energia, seria de esperar que se incentivasse os consumidores a comprar equipamentos mais eficientes, seria de esperar que as autoridades responsáveis dessem o exemplo e fossem elas criar estruturas sustentáveis e eficientes. Se as maiores empresas e instituições em Portugal, incluindo o Estado, dessem o exemplo e dotassem as suas infra-estruturas de meios de obtenção de energia independentes à rede, se utilizassem uma rede de transportes menos poluente, se dessem incentivos a quem gastasse menos e usasse melhor a energia, se se fizessem campanhas publicitárias mais agressivas, talvez então este valor de 60% de energia desperdiçada diminuisse. É um problema de tecnologia pouco eficiente, é um problema de má implementação de medidas, mas é também um problema de mentalidade e a generalidade das pessoas ainda não compreendeu a urgente necessidade de usar racionlmente e eficientemente a energia. É urgente aumentar a eficiência dos processos energéticos, melhorar a tecnologia, incentivar medidas de diminuição de energia, para que estas preocupações dos dias de hoje possam ser apenas meras recordaçõe no futuro e não novamente actualidade.

Anônimo disse...

Nesta notícia, mais uma vez, é salientado a falta de capacidade (dos portugueses) para poupança de energia e a insensibilidade existente em relação a este assunto.

A aposta em energias renováveis é sempre a melhor opção para tentar minimizar a utilização de petróleo, podendo diminuir o consumo anual de petróleo criando-se assim mais riqueza. O facto é que, actualmente, isto não acontece e ainda se continua a depender demasiadamente do petróleo e assim o seu consumo aumenta todos os anos e não se consegue criar riqueza.

É muito referido que o maior consumo de petróleo é no sector dos transportes. Mas porquê que somos todos tão comodistas e andamos para todo o lado com os nossos veículos? Porquê não arranjar outros meios de transporte, como a bicicleta, para pequenas distâncias? Porquê não usar transportes colectivos para chegarmos à faculdade?

Todos nós temos de tomar consciência que “desperdiçamos” muito e que é nosso dever tentar encontrar soluções para pouparmos. Ao serem tomadas pequenas atitudes de poupança de energia melhoramos a Eficiência Energética do país e a sustentabilidade mundial.

Anônimo disse...

Este artigo foca o aumento do consumo de petróleo por parte de Portugal sublinhando a importância da ineficiência energética na factura cada vez mais alta que nós, portugueses, temos que pagar. São referidos indicadores que nos mostram e peso do elevado consumo na nossa economia e aparece-nos a sugestão de vários especialistas que referem a eficiência energética como um caminho a trilhar. Os sectores dos transportes e das construções são referidos como tendo elevados potenciais de poupança, isto claro se forem tomadas medidas que passam por vários campos e raios de acção.

KIK@! disse...

A notícia descreve um problema grave e cada dia mais constante na vida dos habitantes do território português. O desperdício da energia é evidente! Talvez venha da antiga mentalidade de que se se tem fontes para a produção de energia, pode-se então gastar à torto e à direito. Prova disso é que o crescimento baseado no PIB não acompanha o crescimento do consumo da energia. Se a população for instruída para conviver com a eficiência energética no seu dia-a-dia a tão sonhada economia de energia fará parte da realidade.

Unknown disse...

Os valores em questão no texto supra citado são deveras alarmantes. É necessário uma política forte baseada na EE de todos os estados europeus.
Como exemplo, pode dar-se o caso da Califórnia, onde os consumidores que poupem 20% na factura final de electricidade são reembolsados em 20%. Pode parecer uma loucura. Mas se o estado paga estas quantias, gera riqueza dentro do seu país não tendo que pagar aos outros por essa mesma energia. Faz então parte de uma política de conservação de energia mas também de um enorme investimento em EE, sendo esta uma estratégia nacional de desenvolvimento.
Por outro lado, uma aposta no sector dos transportes de qualidade de modo a incentivar-me, a mim e a muitos, a deixar o carro em casa.
A questão energética não se resolve apenas pela forma como se produz (fontes de energias renováveis, nuclear, etc.). Resolve-se sobretudo pela forma como a utilizamos. Para finalizar, a EE não pode ser uma política a curto prazo sendo apenas eficaz, se aplicada sistematicamente por anos e décadas.