quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Revisão do RGCE até final do ano

Até ao final do ano deverá estar concluída a revisão do Regulamento de Gestão do Consumo de Energia (RGCE). De qualquer forma, a partir de meados de Setembro já deverão ser conhecidas novidades sobre o documento, acrescentou a mesma fonte.
O regulamento que existe actualmente é de 1982 e foi desenvolvido com o objectivo de reduzir o consumo energético dos grandes consumidores de energia e estabelecer metas para as empresas progressivamente reduzirem os seus consumos específicos através de planos de racionalização. «Uma vez que já passaram 25 anos da sua publicação, é natural que careça de alguma actualização já que ao longo deste período houve uma grande evolução tecnológica», sublinha Mário Matos, do núcleo de Energia do Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ).
O regulamento é aplicável a empresas que possuam um consumo energético superior a 1000 toneladas equivalentes de petróleo (tep) por ano; equipamentos cuja soma dos consumos energéticos nominais seja superior a 0,5 tep/hora; e, pelo menos, um equipamento com consumo energético nominal superior a 0,3 tep/hora.
Essas empresas, ao abrigo da legislação actualmente em vigor, estão obrigadas a realizar uma auditoria energética e um Plano de Racionalização dos Consumos Energéticos (PRCE) para os cinco anos subsequentes. «Esta obrigatoriedade não faz muito sentido, porque chegará uma altura em que a empresa já é tão eficiente que não terá mais onde poupar», afirma Mário Matos.

19 comentários:

Pedro Nunes disse...

Não só houve uma grande evolução tecnológica desde 1982 como também os problemas relacionados com o consumo de energia se agudizaram, nomeadamente as inerentes emissões de CO2 à queima de combustíveis fósseis. Quanto à obrigatoriedade periódica de auditorias energéticas, faz todo o sentido; quando a empresa chegar ao patamar estabelecido pela lei, creio que essas auditorias apenas servirão para confirmar isso mesmo, e não para continuar a obrigar a empresa a melhorar a EE, pelo que a última afirmação, em tom de crítica, não faz sentido.

Cinnamon disse...

Claramente que um regulamento com 25 anos é bastante inadequado para reger o consumo energético actual. Se o objectivo de RGCE é diminuir o consumo, e sabendo que se deram alterações brutais, tanto a nível de tecnologia, como de consumo, de procura, etc, o regulamento tem de ser urgentemente revisto de modo renovar a política de racionalização energética.
Ao contrário do Dr. Mário Matos, penso que não é demasiado fazerem-se auditorias de 5 em 5 anos, pela razão de ter de se considerar a evolução das tecnologias e até devido a eventuais alterações da maquinaria, por parte da empresa, nesse período de tempo, que obviamente não foram consideradas no relatório anterior.

Anônimo disse...

Acho esta medida de louvar, apesar de achar que peca por tardia, pois desde que entrou em vigor passaram 25 anos sem que houvesse nenhum ajustamento. Acho que devem ser feitas auditorias de energia aos maiores consumidores,pois sõ os que têm maior peso na factura energética nacional, mas também se deve criar legislação para os consumidores médios, assim como proceder à fiscalização destas medidas para verificar se a lei está a ser cumprida.

Anônimo disse...

É importante salientar a existência deste regulamento, pois mostra uma preocupação no controlo de empresas e industrias com grande peso no consumo energético. 25 anos é um tempo considerável e significativo, tenho que realçar o facto de este não ter sofrido um reajustamento ao longo do tempo de modo a acompanhar a evolução tecnológica, isto mostra as dificuldades, e talvez a pouca importância que a eficiência energética teve e tem em se afirmar. Como também mostra a mudança e preocupação no modo como se utiliza a energia no nosso dia a dia, tentando encontrar novas formas de incentivar a uma redução no seu consumo energético.

Anônimo disse...

É por demais evidente que um regulamento com 25 anos não se encontra minimamente actualizado à realidade energética do país. Como tal, considero que a revisão que se vai efectuar ao Regulamento de Gestão do Consumo de Energia (RGCE) é de vital importância.

Sendo o seu principal objectivo reduzir o consumo energético e atribuir metas para redução de consumos, é necessário uma rápida revisão a este regulamento com 25 anos de longevidade.

Em relação à afirmação final, não posso concordar com o Dr. Mário Matos. Acredito que a obrigatoriedade das auditorias energéticas são uma mais valia neste regulamento, e que o mais normal é uma evolução tecnológica significativa durante o tempo entre auditorias, como temos verificado com a rápida evolução da última década.

Anônimo disse...

DEFINITIVAMENTE UM REGULAMENTO FEITO HÁ 25 ANOS ATRÁS PARA MODERAR CONSUMOS ENERGÉTICOS NÃO SE ADAPTA AOS DIAS ATUAIS. MUITAS, MAS MUITAS COISAS MUDARAM DE 25 ANOS PARA CÁ, TANTO NO SETOR DA TECNOLOGIA COMO NO SETOR ENERGÉTICO.
A MODERNIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS NÃO TROUXE CONSIGO A PREOCUPAÇÃO COM O ESGOTAMENTO DA FONTES UTILIZADAS NA SUA FABRICAÇÃO OU NA LINHA DE PRODUÇÃO EM QUE ESSES EQUIPAMENTOS FOSSEM UTILIZADOS; BEM COMO TAMBÉM NÃO COM O MEIO AMBIENTE EM QUE VIVEMOS. SOMENTE APÓS O ALARDE DO ESGOTAMENTO E AS ALTERAÇÕES NO PLANETA É QUE ESTAS PREOCUPAÇÕES COMEÇARAM A SER IMPORTANTES.
CONCORDO QUANDO O MÁRIO MATOS DIZ Q HAVERÁ UM MOMENTO NO QUAL AS EMPRESAS VÃO ESTAR NO LIMITE DA EFICIÊNCIA, PORÉM NESSE MOMENTO HÁ QUE SE ADOTAR NOVAS FONTES DE ENERGIA A SEREM UTILIZADAS PARA QUE SE POSSA APROVEITAR OUTRAS OPÇÕES DE FONTES DE ENERGIA QUE ESTEJAM MAIS ABUNDANTES NO MEIO AMBIENTE E QUE TRAGAM MENOS PREJUÍZOS AO MESMO.

Anônimo disse...

É de louvar que passado vinte cinco anos esteja praticamente concluída a revisão do Regulamento de Gestão do Consumo de Energia (RGCE). Era uma medida necessária dado que o sector energético desde 1982 foi bastante alterado. Penso que esta obrigatoriedade em reduzir o consumo energético ainda mais realizar uma auditoria energética e um Plano de Racionalização dos Consumos Energéticos (PRCE) para os cinco anos subsequentes não é exagerada. Esperemos sim que as expectativas sejam as de Mário Matos, de que no futuro uma empresa será tão eficiente que não terá mais onde poupar...aí sim, talvez, poderá haver uma nova revisão do regulamento e haver uma alteração da periodicidade das auditorias e planos de racionalização dos consumos energéticos!

Anônimo disse...

Reduzir a factura energética dos grandes consumidores de energia é uma tarefa prioritária com vista a uma redução do consumo energético em Portugal. Como tal é urgente actualizar um regulamento que tem 25 anos. Deste 1982 grandes desenvolvimentos tecnológicos tiveram lugar, como tal é natural que tenha surgido a necessidade de proceder a alterações no regulamento de gestão do consumo de energia. Em minha opinião o novo regime deveria ser mais penalizador para os consumidores menos eficientes e as auditorias deveriam ter um intervalo menor, ou então haver auditorias intermédias com vista a verificar se o plano esta a surtir efeitos.
È natural que chegará a uma altura, tal como diz o Dr. Mário Matos, que as empresas chegarão a um ponto que serão quase 100% eficientes, no entanto isso ainda levará muito tempo a alcançar, pelo memos em Portugal, e para além disso estará sempre a surgir novas tecnologias cada vez mais eficientes, o que fará com que a meta de 100% de eficiência energética seja quase impossível de alcançar, e as empresas tenham que constantemente se actualizar.

Anônimo disse...

É sem dúvida essencial a revisão do RGCE. As realidades energéticas de 1982 nada se equiparam às actuais, hoje é necessário atingir metas que na altura nem eram tidas em conta. A conjuntura alterou-se profundamente e sendo este regulamento aplicado a grandes consumidores é urgente impor medidas e mais importante ainda será fazê-las cumprir. Quanto à obrigatoriedade das auditorias é um assunto que certamente dará que falar pois as empresas vão tentar a todo o custo evitar esta fiscalização energética. Parece-me a mim que esta revisão é mais um passo no caminho certo que impõe algumas regras que ao inicio não são fáceis mas que acabam por ser saudáveis.

Anônimo disse...

Penso que a revisão do RGCE é importante, pois o contexto tecnológico e ambiental em que nos encontramos não é com certeza o de há 25 anos, sendo que esta é quase que uma obrigação, não se entendendo apenas o porquê do tardar de tal decisão que, no entanto, revela que é cada vez maior a preocupação em redor da problemática energética e ambiental que se faz sentir actualmente. Tal revisão dará aso a alguma discussão, sendo necessário alcançar um consenso, para que ambas as partes saiam a ganhar; Quanto às alterações, algumas que poderiam ser adoptadas seria a de incluir as empresas médias em termos de consumo energético, ao invés de serem afectadas apenas as grandes potências empresariais, e que a obrigatoriedade das auditorias poderia apenas abranger o período em que se verificassem necessidades/capacidades de poupança, evitando-se assim o problema referido no final da notícia.

Anônimo disse...

É certo que em 25 anos muito evoluiu e é urgente reformular o regulamento. Houve evolução em relação ao problema da diminuição do consumo de energia e emissões de CO2, logo é necessário a implementação, em curto prazo, de um regulamento onde se abrange estes novos pontos.
A existência de auditorias energéticas e depois a realização do Plano de Racionalização dos Consumos Energéticos, periódicos de 5 em 5 anos, é necessário para a evolução da empresa em relação há eficiência energética desta. Será claro que, após estas auditorias e planos decorrerem durante um tempo considerável, a empresa se torne eficiente e assim isto passará de uma obrigação a uma mera confirmação se tudo o que foi implementado continua correcto.

Unknown disse...

Devido as alterações e ha todo desenvolvimrnto tecnologico corrido nestes 25 anos é de suma importancia a que se ralize um ajuste as condições atuais.A realização de auditorias periodicas fortalecem o comprometimento dos grandes consumidores a continuarem a reduzir o consumo energetico e a mante-los quando chegarem a sua total eficiencia.

Anônimo disse...

Apesar da revisão tardia do RGCE, é um passo positivo e demonstra preocupação relativamente ao consumo excessivo, e que se tem que combater, de energia. Realmente já deveria ter sido feita uma actualização deste regulamento, pois em 25 anos é de esperar que muita coisa tenha mudado relativamente às tecnologias utilizadas na produção.

Quanto à obrigatoriedade da realização da auditoria energética a cada 5 anos, não considero que seja algo que não faz sentido porque há sempre por onde poupar e, para além disso, é uma forma de nunca menosprezar os cuidados relativos à poupança energética e de tentar fazer sempre mais e melhor neste campo.

Anônimo disse...

A revisão do Regulamento de Gestão do Consumo de Energia é uma medida importante e inevitável no sentido de combater o desperdício de energia nacional.Economicamente criará novos postos de trabalho uma vez que será necessário mais técnicos qualificados que realizem as auditorias energéticas.

Anônimo disse...

É importante salientar este regulamento na medida em que estabelece metas para as empresas reduzirem os seus consumos através de planos de racionalização.
Mas já era necessário uma revisão urgente, pois a realidade energética dos nossos dias nada têm a ver com à 25 anos atrás, nomeadamente a preocupação com as emissões de CO2.
É necessário proceder a esta mudança pois muita coisa se alterou nomeadamente a evolução da tecnologia cada vez mais eficiente.
Quanto há obrigatoriedade da existência de auditorias de 5 em 5 anos acho que são necessárias para as empresas se tornarem cada vez mais eficientes, e continuarem a reduzir o seu consumo energético, é também necessário proceder à fiscalização destas medidas para ver se a lei está a ser cumprida.

Anônimo disse...

A revisão do RGCE é, devido à sua antiguidade, uma necessidade tanto pelas metas estabelecidas nos acordos internacionais( relativos a emissões e melhoria da eficiência) feitos desde 1982, bem como pelo bem estar dos indivíduos. Esta revisão terá de levar em conta um maior número de empresas do que as previstas em 82 pois terá de ser necessário reduzir as Tep's de consumo. Com as várias inovações tecnológicas que foram sendo desenvolvidas, a redução do consumo será muito mais fácil de aplicar e também mais abrangente, relativamente às empresas.
Provavelmente nos nosso dias a maior parte das empresas encontra-se abaixo dos patamares energéticos estabelecidos, à altura, pela RGCE.

Anônimo disse...

Considero que um Regulamento de Gestão do Consumo de Energia com 25 anos é realmente muito antigo.

Dada a evolução tecnológica sofrida em 25 anos, é estritamente necessária uma revisão deste regulamento tendo em vista uma melhoria do consumo energético.

Em discordância com a afirmação do Dr. Mário Matos, penso que as auditorias energéticas são uma mais valia para um eficaz controlo de qualidade, pois devem acompanhar a constante evolução tecnológica.

Unknown disse...

O RGCE tem por base a actualização da legislação sobre o consumo energético nacional. Notou-se um enorme aumento no consumo desde 1982. Dadas as restrições de gases de efeito de estufa (GEE) em entrada na UE, torna-se necessária a optimização de recursos e auditorias energéticas tendo em vista o aumento da EE, beneficiando a economia da empresa e do país. De realçar o facto que há medida que a tecnologia aumenta, novas peças e produtos serão implantados na indústria reduzindo-se os custos. A solução passa por uma maior produção com menor consumo energético.
Não concordo porém com Mário Matos, uma vez que os países como Portugal, latinos, necessitam de normas restritas para que as mesmas sejam cumpridas. A minha posição deve-se à “diferença entre medir porque é importante ou medir porque é obrigatório” tendo este facto enormes implicações na economia.

Unknown disse...

Um dos grandes objectivos da R.G.C.E. é promover a redução de consumo de energia primária nacional através da diminuição dos valores de consumo específico, como tal vem atrasado dado que os valores de referência na eficiência de conversão calor-electricidade são desactualizados, urge repor os valores para realidade.É íncrivel pelos dados revelados,actualmente é considerado a conversão directa (1 MWh = 86 tep)em termos de utilizador final.
Hoje em dia,o consumo em termos de energia primária utilizado para a electricidade é a conversão de(1 MWh=290 tep) o que representa uma eficiência da conversão calor-electricidade de 30%, quando este valor de conversão deveria ter sido alterado.Apesar de todos esperarmos pela nova legislação, teremos todos de ter a sensibilidade que o documento deve ser utilizado dentro de um príncipio de boa prática, mas um regulamento para quem o tenha vindo a cumprir não tirou benefícios de tal actuação e sem contrapartidas efectivas na redução do consumo como das despesas.
Foi preciso de novo a população frequentar uma nova crise para voltarmos a redigir um novo regulamento passado que foi a crise petrolífera de 1973, enfim é de lamentar tal preocupação somente quando a crise nos bate á porta, nenhum regulamento deve ser posto em causa mas depois de ter lido um artigo pergunto qual a dialéctica com que se debate a R.G.C.E. com a R.S.E.C.E.Será que não é mais uma propaganda onde toda gente fala sobre a urgência de fazer mas depois só alguns fazem...
Acredito que seja possível mas tterá que haver uma fiscalização dura com sançoes para quem não cumpra e benefícios para quem cumpra.