quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Certificado energético valoriza novos edifícios


A partir de 1 de Julho todos os edifícios com mais de mil metros quadrados vão ser acompanhados, obrigatoriamente, por um certificado de eficiência energética para que possam ser licenciados. «Um bom edifício poderá ser uma mais-valia para os construtores, já que o poderão vender por um preço mais caro», ressalta João Farinha Mendes.

O director da Unidade de Energia Solar e Térmica de Edifícios, do Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI) refere que esta certificação poderá implicar que, numa primeira fase, os consumidores paguem mais, mas «a tendência será para nivelar os edifícios pelas classes energéticas mais altas». Mesmo que os utilizadores tenham que pagar mais, defende Aline Delgado, da associação ambientalista Quercus, o investimento será recuperado porque «um menor consumo de energia implica que se gaste menos dinheiro».

De acordo com Farinha Mendes, que recorda o boom na construção na década de 90, as emissões de dióxido de carbono teriam sido diferentes se já tivéssemos uma legislação destas a ser aplicada. A exigência decorre da calendarização do Sistema de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos edifícios, que transpõe uma directiva comunitária relativa ao desempenho energético.

«O que está em causa é dar informação aos consumidores para que possam saber o que estão a comprar. Por outro lado, esta é a maneira que se arranjou de transmitir aos construtores a preocupação com a eficiência energética dos edifícios, que terão várias categorias à semelhança do que acontece com os electrodomésticos», explica Aline Delgado.

A partir do momento em que há uma melhoria na construção, este é um desafio para as próprias empresas, já que as obriga a usar soluções de melhor qualidade. «Trata-se de puxar o sector da construção para um nível superior. É também um desafio à nossa classe de arquitectos, uma vez que a auto-suficiência energética começa por se aplicar correctamente os regulamentos, mas também por os edifícios serem concebidos o mais possível de acordo com a construção bioclimática», destaca o especialista do INETI. «Os colectores solares nos edifícios não terão um efeito tão significativo se os arquitectos não desenharem os edifícios já a prever a incorporação dessas tecnologias», especifica.

A partir de 2009, esta exigência vai ser alargada às casas antigas, construídas antes da nova legislação. Desta forma, quem comprar ou arrendar estes imóveis ficará a saber os seus valores de consumo de energia.

19 comentários:

Anônimo disse...

A notícia expõe mais uma tentativa de inserir na sociedade uma forma de sair da inércia do desperdício atual da energia. Esta opção é uma maneira de englobar a indústria da construção civil no plano de certificados de eficiência energética; já que este setor é um gigante consumidor de energia que apesar das novas tecnologias que utiliza para melhorar e modernizar seus bens finais, não tem dentro de suas metas a eficiência energética nem durante o período de construção, nem propicia seus futuros consumidores a terem esta opção.
O valor inicial alto do imóvel pode não ser atrativo aos consumidores, mas levando-se em conta que a economia efetiva que poderá ser alcançada com o passar dos anos de moradia será real; este passa a ser um ótimo argumento para propiciar as vendas e possibilitar uma mudança de atitudes dessa grande demanda que há com a necessidade de se ter a casa própria.
A mudança ocorrerá dos dois lados, tanto os consumidores, quanto os construtores terão de mudar hábitos e o desafio para a inserção da eficiência energética no cotidiano da sociedade estará lançada. Cabe a nós identificarmos com essa nova necessidade global.

Anônimo disse...

Esta noticia é muito interessante, pois é um virar de uma página em relação hábitos, costumes, é um importante esforço para a mudança de mentalidades. Colocar certificados de eficiência energetica nas casas, é uma maneira eficaz, a meu ver, de alertar as pessoas de que é importante aproveitar a energia de uma casa, para estas optarem por vários parametros que se regem pela qualidade e conforto, tendo um custo menos acentuado no dia a dia. Acho que é um aviso eficaz, pois as pessoas estão habituadas a estes certificados como por exemplo em electrodomesticos, onde se escolhe aquele que tem um custo menos elevado, que prejudica o ambiente, que compensa o investimento.

Pedro Nunes disse...

Um passo importante para uma certificação energética que na minha opinião tenderá a generalizar-se a todos os bens de consumo que dispendam energia. Penso que no futuro as classes energéticas vão abarcar os automóveis, electrodomésticos em geral (como os aquecedores eléctricos), aviões, barcos, etc. E deverá trabalhar-se no sentido de ser perfeitamente claro que o maior investimento inicial em bens mais eficientes será compensador a longo prazo.

Anônimo disse...

Uma alavanca para elevar o sector da construção para um nível superior. Estamos neste momento a tentar um virar de página ao nível do que se constrói e como se constrói em Portugal. Esta certificação energética de edifícios vai a meu ver, transmitir ao sector da construção preocupações ao nível da eficiência energética.
É verdade que poderemos inicialmente pagar mais pelo que queremos, mas o mais certo é que a factura mensal seja relativamente diferente.
E qual é a maneira mais fácil de transmitir ao cidadão que o problema da energia existe e que temos que o resolver? Simples, mostrar que podem beneficiar monetariamente com isso.

Cinnamon disse...

Finalmente que são incluídas medidas de eficiência energética num sector tão importante como é o da habitação.
Depois da grande vitória que foi a obrigatoriedade de energia solar térmica para aquecimento de águas sanitárias, e posteriormente o incentivo à microgeração de energia e a possibilidade de a vender à rede, chega-nos a certificação energética dos edifícios que os classifica, analogamente ao que acontece com os electrodomésticos, em A (muito ecológico) até G(nada ecológico), mediante os gastos energéticos de cada edifício.
A partir de 2009 esta legislação deixa de se limitar aos novos edifícios e passa a abranger todos, até os mais antigos, tornando assim o sector imobiliário mais amigo do ambiente. Devemos lembrar também que esta legislação não deve apenas condenar as casas velhas e pouco eficientes mas também promover a existência de projectos paralelos de modo a solucionar os factores que fazem a casa obter um cetificado "negativo" e financiar em parte essas alterações.

Anônimo disse...

Na minha opinião com a entrada em vigor desta legislação, a qual obriga à certificação energética dos edifícios, a construção civil em Portugal entrará no século XXI. Com esta obrigatoriedade, os construtores vão ter que ter mais cuidado com o tipo de construção que fazem, pois o grau de exigência por parte de quem compra será maior. Para além disso e como é do conhecimento geral, os edifícios consomem cerca de 40% da energia, com um uso mais adequado dos materiais e do tipo de arquitectura esta percentagem irá certamente baixar, o que se irá reflectir na carteira de quem compra, e no meio ambiente, com uma redução das emissões de gases com efeito de estufa.

Unknown disse...

A certificação de edificios concerteza ira iniciar uma nova fase da contrução civil com consumidores cada vez mais preocupados com as questoes ambienatais.Acredita-se que medidas como esta de facil identificação pelo comsumidor deva contrubuir para a sua aceitação e proporcinar uma maior valorização dos edificios certificados e consequentimente um menor custo para o consumidor final em sua fatura diaria.Seria importante salientar que é de suma importancia a adequação das instalações contruidas antes da entrada em vigor da lesgilação.

Anônimo disse...

É importante a colocação de certificados de eficiência energética em casas, mas seria rentável abrangerem todos os bens com grande consumo de energia, já existem em electrodomésticos porque não haver noutros sectores?
A construção destas casas, com equipamento especializado para evitar o conhecido “ desperdício de energia” é uma evolução não só mas também para as mentes da sociedade. Cada vez mais constatamos que temos de poupar!
A aplicação desta legislação a casas antigas será um assunto que ainda dará muitos frutos… Tudo dependerá dos proprietários. Será visto de bom grado a remodelação de casas antigas? Será que existirá rentabilidade? Espero que tal não aconteça e que as exigências da nova legislação sejam cumpridas.

Anônimo disse...

Na minha opinião esta notícia mostra a importância da certificação de edifícios em Portugal.Vai ter forte influência no sector da construção pois haverá uma maior preocupação com a eficiência energética dos edifícios.
Apesar do seu custo inicial ser elevado, existem vantagens pois apresenta um menor consumo de energia.
Uma das maneiras de alertar as pessoas para o problema actual de energia é através das vantagens que apresenta em termos monetários.
Uma medida importante é a aplicação desta legislação às casas antigas na medida em que é possível saber qual o seu consumo de energia.

Anônimo disse...

Nesta notícia encontra-se reflectido um dos mais recentes passos da nossa sociedade relativamente a eficiência energética. Como já foi diversas vezes referido, o sector dos edifícios é dos que tem associado mais gastos energéticos, seja aquando da sua construção seja ao longo da sua existência. Como é obvio, é impossível não concordar com o facto de esta ser uma medida que já deveria ter sido implementada hà mais tempo. Será um medida que para além de vantajosa relativamente ao ambiente, defende também quem quer comprar casa, fazendo com que haja uma maior exigência sobre o imóvel adquirido. O facto de representar maiores custos, tanto de construção como de posterior venda, é compreeensivel no entanto, poderá não ser totalmente vantajoso. Estamos a atravessar uma época de crise, na qual a procura por produtos mais económicos é crescente. Esperemos que a certificação energética não aumente significativamente o valor das casas pois poderá aumentar a compra de casas de "menor" qualidade.

Anônimo disse...

A meu ver, esta medida de regulamentação sobre os edificios é apropriada,pois para além de ser um sector muito procurado actualmente, é também neste que reside, a par do dos transportes, a grande fatia em termos de consumo energetico, e há muito a fazer ainda.
Tais medidas, na minha opinião, serão benéficas para ambas as partes (construtores e consumidores finais), e mais importante, em termos ambientais e energeticos; no entanto, para que tudo resulte, terá de haver informação explícita e acessível, e uma interacção mútua, pois o factor monetário não pode ser posto de parte, pois quer se queira, quer não, vivemos numa sociedade movida pelo dinheiro, o qual se sobrepoe muitas vezes a outros valores,fazendo com que ideias e medidas teoricamente excelentes, não passem de um fiasco na prática, sendo por isso necessario um grande esforço de modo a atingir um equilíbrio.

Anônimo disse...

Considero que este foi um passo de gigante na redução dos gastos energéticos nas habitações, sector que consome grande parta da energia. Parece que cada vez mais estamos alerta relativamente aos problemas ambientais e é preciso aplicar medidas concretas. É necessário utilizar o nosso conhecimento técnico na construção civil, não só para construir pontes que são verdadeiras obras de arte, mas também para trabalhar para uma sociedade menos gastadora no campo dos edifícios.

O entrave a esta lei será o preço demasiado alto que casas energeticamente eficientes vão ter, esforço financeiro que muitas famílias provavelmente não vão querer fazer se não se explicar bem qual a vantagem de comprar uma casa um pouco mais cara, mas que ao longo dos anos se tornará mais barata, não só nas facturas mas também para o ambiente.

No entanto, tenho um pouco de receio relativamente ao cumprimento desta lei, uma vez que ainda não vi nenhum anúncio de jornal, por exemplo, que para além de apresentar os confortos de que o novo apartamento dispõe (que vai desde a banheira de hidromassagem até ao tipo de espaços circundantes), apresentasse também a classificação da casa que se pretende vender.

Anônimo disse...

A implementação dos certificados energéticos no mercado português levará a que haja um aumento do interesse da população no sector energético, uma vez que terá necessidade de conhecer minimamente os parâmetros estabelecidos nesse certificado. Este,terá muito mais valor se as casas que apresentem uma maior eficiência energética, quando comparadas com casas semelhantes, tenham um valor de mercado mais baixo. De modo a que a eficiência dos edifícios seja mais elevada, as soluções que possibilitam essa mesma eficiência (ex. painéis solares) deverão ser implementadas na construção do edíficio para que estes apresentem um certificado mais favorável. Com o tempo os certificados energéticos deverão ser implementado em mais áreas além da habitação. Essencialmente todo o tipo de melhoria no sector energético passa pela consciencialização das pessoas pois só assim se poderá diminuir o número Tep emitidos.

Anônimo disse...

Concordo com esta medida e até devia ter sido tomada mais cedo.
Com esta medida iremos assistir a um aumento da eficiência energética a nível nacional e redução da emissão de CO2.
Falta saber se a legislação irá ser cumprida.Para isso terá de existir mecanismos de controlo.

Anônimo disse...

Esta é uma decisão que deveria ter sido tomada ha mais tempo, pois nos edificios é onde se gasta uma grande parte da energia que é consumida actualmente. Torná-los sustentáveis é imperativo. Mas para que esta medida seja positiva terá que haver uma fiscalização muito grande às construções para se certificar que a lei está a ser cumprida.

Anônimo disse...

O artigo faz referência à certificação energética dos edifícios que, desde o inicio de Julho, passou a ser feita devido à entrada em vigor de legislação adequada. Esta legislação faz com que os construtores tenham obrigatoriamente de se preocupar com a "performance" energética do edifício de modo a cumprir requisitos mínimos e essenciais para a redução do consumo de energia. Por outro lado permite a que qualquer individuo que se propõem a comprar um edifício ou parte dele tenha, através de uma escala, um modo de perceber quais os gastos que advém da sua utilização do ponto de vista energético. Caso a legislação se faça cumprir é um passo bastante importante no combate ao desperdício de energia pois o sector das edificações é critico, especialmente em Portugal onde o problema se agudiza.

Unknown disse...

Será esta medida suficiente para que haja consciência política e empresarial do ramo imobiliário para que futuramente todas as construções sejam certificadas?
Qual o papel da entidade reguladora para que não sofra pressões externas ao seu papel?
Penso que é urgente em debater a eficiência energética para que não haja uma «desatenção» de todos nós, porque acabamos por falar e ver o produto final e não como o obtivemos, uma espécie de lobo vestido com pele de cordeiro.
Qual será a inflação de um edifício certificado?Haverá garantia por parte do construtor nos materiais utilizados?
Que estimativa é feita para dizer que no final o consumidor irá pagar menos?
Será o método hedónico aplicado aos casos,será esta avaliação sentida pelo consumidor.
Que análise custo-benefício e custo eficácia?
Penso que serão perguntas pertinentes quando estamos perante tais certificados, que haja marketing para que todos saibamos utilizar melhor energia estamos de acordo,que é para melhorar as condições ambientais também estamos de acordo, resta saber a que custoa essa melhoria é feita...

Anônimo disse...

Esta notícia, foca uma das medidas mais importantes de eficiência energética, a construção e certificação de edifícios energeticamente eficientes. Claro está que,a aquisição de um edifício deste tipo,implica inicialmente um maior investimento. Contudo, a longo prazo este investimento é recuperado, sendo um incentivo aliciante para a sociedade. Além disso, a meu ver, estes edifícios apresentam um maior conforto térmico que os existentes actualmente.

Unknown disse...

Num futuro próximo, todos os edifícios terão uma certificação energética (1ª fase) tendo um acréscimo significativo no preço das casas. Contudo, é necessário investir na formação de peritos qualificados de modo a colocar a prática as ideias sustentáveis (2ª fase).
Numa 3ª fase, uma campanha publicitária bem concebida, de modo a colocar em prática o SGE e da Qualidade do Ar Interior em Edifícios (projecto já elaborado). Ou seja, o objectivo da campanha será a transmissão do conceito que através da exploração da palete de cores da escala de EE, um dia, todas as casas serão “verdes”, energeticamente eficientes e amigas do ambiente.
Acho contudo, que ou se aplicam multas muito pesadas para esta legislação ou muito dificilmente esta será implantada na vasta “rede” de construtores civis e arrendatários.