quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Eficiência energética mata gravatas


Diário de Notícias
Segunda, 11 de Agosto de 2008

JOÃO PEDRO HENRIQUES e SUSETE FRANCISCO

Ambiente. É a nova vítima das políticas de eficiência energética: em nome de um menor uso do ar condicionado, as Nações Unidas declararam guerra à gravata. Em Portugal, é a Presidência a dar o exemplo de boas práticas. Sem tirar a gravata

Nações Unidas apelaram ao uso de traje informal

A gravata encontra-se novamente debaixo de forte ataque no mundo ocidental. Primeiro foram estudos indicando que os nós muito apertados poderiam aumentar os riscos de glaucoma, uma das principais causas da cegueira irreversível. Agora surgiu uma nova frente: a ambiental/económica.

O "general" que lidera o ataque antigravata chama-se Ban Ki-moon e é coreano. Ocupa o importante posto de secretário-geral das Nações Unidas. No início deste mês lançou a Cool UN ("ONU fresca"). Que, no essencial, consiste no seguinte: uma directiva às pessoas que frequentam a sede da instituição em Nova Iorque neste mês para que adoptem trajes informais. Objectivo: desacelerar o funcionamento do ar condicionado, aumentando a temperatura dos edifícios em 2 graus. Dizem as Nações Unidas que essa pequena medida, tirar a gravata (e o inevitável casaco) irá fazer poupar cem mil dólares num mês; e a emissão de 300 toneladas de dióxido de carbono, o gás que provoca o famoso buraco no ozono.

Por cá, o Governo também tem um Plano de Eficiência Energética. Mas não incluiu, pelo menos por enquanto, tirar gravatas. São em particular pouco conhecidos os seus efeitos nos edifícios governamentais - aqueles de onde será suposto vir o exemplo.

O DN questionou todos os ministérios sobre práticas de eficiência energética nos edifícios do Estado - no final de duas semanas responderam seis. Respostas que deixam uma certeza: o tipo de práticas adoptada, da temperatura nos edifícios ao tipo de lâmpadas utilizada fica mais ao critério do bom senso do que a qualquer guia de boas práticas - que não existe em concreto para os serviços estatais.

No início deste ano, o Ministério da Economia lançou o plano Portugal Eficiência 2015, que inclui um programa dedicado em específico ao Estado. Uma das medidas passa pela certificação energética dos edifícios - que até agora abrangeu dois, a Economia e o Ambiente. A sede do ministério de Manuel Pinho, na rua da Horta Seca, em Lisboa, ficou na classe C (a classificação vai e A a G).

No que se refere às lâmpadas, a maioria dos ministérios (Economia, Ambiente, Obras Públicas, Defesa, Saúde e Administração interna) refere já usar as florescentes, mais amigas do ambiente. Mas o processo de substituição não está terminado - ainda há lâmpadas incandescentes a iluminar as sedes ministeriais.

Uma prática que parece estar consolidada é a da reciclagem do papel: todos dizem praticá-la. As Obras Públicas reciclam, mensalmente, cerca de 500 kg de papel. A Defesa aponta dados do Estado-Maior-General das Forças Armadas: "cerca de 750 kg de papel triturados por mês".

Mas a "medalha" de eficiência energética nos edifícios do Estado vai para a Presidência. Cavaco Silva quis dar o exemplo, chamou um grupo de auditores e eis a conclusão - até agora o Palácio de Belém emitia anualmente 771 toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera. Factura anual de energia: 157 mil euros. Este ano, já com novas medidas de eficiência energética, a emissão de CO2 deverá cair para as 553 toneladas.

24 comentários:

rita silvestre disse...

Achei esta noticia curiosa,visto que não tinha conhecimento que o facto de não se usar gravatas poderia fazer um bem tão grande ao ambiente. É uma pequena medida que pode ser tomada que não só contribui para poupar dinheiro e emissões de dióxido de carbono,como referido pela ONU,mas pode tambem aumentar o bem estar dos trabalhadores fazendo aumentar o rendimento,e assim com uma só medida a eficiência da companhia aumenta em dois sentidos.
Porém penso que outras medidas como as de trocar lampâdas incandescentes por lampadas florescentes e a reciclagem são medidas que deveriam ser tomadas em todas as empresas/ instituições/ ministérios.São medidas muito importantes para a redução de gastos e de melhoria de eficiência energética.
E achei interessante também o facto de o Palácio de Belém ter sido sujeito a auditorias e ter reduzido tão eficazmente as reduções de dióxido de Carbono. É um bom exemplo para dar ao país.

Anônimo disse...

A notícia refere-se a uma medida inserida num plano de eficiência energética que está a ser posto em prática na sede das Nações Unidas. Esta iniciativa prevê aumentar a temperatura do ar condicionado na sede da secretaria das Nações Unidas dos 22,2 para os 25 graus centígrados e de 21,1 a 23,9 graus no espaço das salas de conferência. Penso que é uma medida que pode ser aplicada em todos os edifícios de serviços, dado que depende apenas dos próprios trabalhadores.
Quanto à segunda parte da notícia, tal como ouvimos na conferência de segunda-feira passada, o plano Portugal Eficiência 2015 é um projecto muito ambicioso. As principais medidas e objectivos a cumprir por parte do Estado passam, entre outras, pela certificação energética de todos os edifícios do Estado, 20% dos edifícios do estado com classe igual ou superior a B-, 20% da frota de veículos do Estado com emissões de CO2 inferiores a 110 g/km. Ou seja, os nossos políticos estão empenhados em dar o exemplo à população. É uma atitude importante dado que os políticos terão um papel fundamental na mobilização das pessoas para as grandes metas que se pretendem atingir com este plano. No entanto, há muito por fazer ainda, seja na classe política ou em qualquer outra classe. Acredito que a ambição do Portugal Eficiência 2015 vai trazer grandes progressos para a sociedade e para o país em termos de eficiência energética. Acredito que vai mudar mentalidades…

Unknown disse...

O senhor Ban Ki-moon além da queda da gravata e respectivo casaco no verão, deveria promover o cachecol e camisola de lã (grossa) no inverno, a bem da redução dos custos de energia.
Julgo importante que o estado que impõe regulamentos para a certificação de edifícios se esforce para que os que tem sob a sua alçada adquiram a melhor classificação possível. Em particular os edifícios que mais representam o estado: Assembleia da Republica, Palácio de Belém, residência oficial do 1º Minitro, deveriam ser exemplares. O esforço demonstrado pela presidência de modo a requalificar o palácio de Belém é de louvar. As medidas propostas pelo grupo de auditores e que estão disponíveis na página da presidência “www.presidencia.pt/?idc=74”; são, sobretudo, medidas de conservação de energia (melhor isolamento térmico, desligar equipamentos não usados) e eficiencia energética (caldeiras, climatização), mas também se propõe a produção de energia (solar térmico e fotovoltaico nas coberturas) e o estimulo à mudança de comportamento dos utilizadores do palácio. O que me surpreendeu no estudo foi que uma das medidas com impacto mais relevante na factura eléctrico (8%) não se enquadrava em nenhuma das categorias referenciadas: a mudança de tarifário.

Hugo Campaniço disse...

Achei interessante a noticia da gravata, no entanto não pode deixar de a interpretar com algum criticismo. É verdade que na maíoria dos casos a gravata pode provocar algum desconforto, mas no que respeita a esta ter uma influência directa e significativa sobe os consumos energéticos associados a um edifício... tenho as minhas dúvidas... Também podemos especular um pouco acerca do uso dos sapatos... Certamente não são o tipo de calçado mais confortável; seguramente que muitos dos seus utilizadores sofre de problemas associados ao seu uso, como calosidades etc... a energia dispendida na produção de pomadas para tratar as calosidades etc etc os produtos tóxicos emitidos na produção das pomadas etc etc os desperdícios tóxicos provenientes das embalagens usadas e a sua influência no ecossistema etc etc se deixarmos de usar sapatos já vamos poupar não sei quantos milhares de toneladas de pomada e consequentemente não sei quantas toneladas de dióxido de carbono emitido para a atmosfera, devido á energia dispendida na produção das pomadas etc etc Note-se que até pode bem ser verdade... como em relação a mais uma infinidade de exemplos sobe os quais queiramos depositar algum tempo e imaginação... mas para poder tirar conclusões objectivas acerca disto, é necessário dispender bastante tempo e meios... Penso que existem outras medidas mais significativas e com maior influência que devem ser tomadas primeiro e outras coisas em que dispender o tempo investido que têm mais chances de vir a ser bem sucedidas. No entanto a intenção é óptima e ainda que até não venha a reduzir os consumos na quantia prevista, será certamente uma medida potenciadora do bem estar e satisfação dos utentes dos edifícios. No que respeita á medida tomada pelo Presidente, esta é concerteza louvável e revela consciência ambiental.

Ana Forte disse...

Achei uma boa prática tomada pelas Nações Unidas, além do traje informal ser mais confortável ajuda a desacelarar o funcionamento do ar condicionado o que aplicado com outras práticas de eficiência energética pode baixar ainda mais a factura energética e consequentemente a emissão de dióxido de carbono.
É importante os organismos governamentais terem uma consciência ambiental e fazer com que ela passe para o cidadão comum. Achei uma boa medida tomada pelo presidente da república portuguesa, na sua residência, em fazer uma auditoria e tomar uma decisão de forma a reduzir as emissões de dióxido de carbono mas tambem devia ser aliada a outras formas de energia, como por exemplo a energia solar térmica e fotovoltaíca, na minha opinião essa medida devia ser aplicada aos ministérios, à assembleia da república e tambem à residência do primeiro ministro.

Unknown disse...

Não deixo de achar esta noticia bastante curiosa. Nunca pensei que uma simples troca de roupa pudesse fazer tamanha diferença nas emissões de CO2. Concordo com a medida e iniciativa de usar roupa mais formal e acredito q possa em algumas situações evitar-se de ligar o ar condicionado mas não acredito que seja sempre possivel. Ora no verão se tiver um calor insuportavel no escritorio, os funcionarios vão poder andar de calçoes de banho para não ter calor?ou em pleno inverno irão trabalhar no escritorio de casaco de peles vestido?o ar condicionado seria sempre necessario ligar em muitas situações.O mudar de roupa não iria substituir o ar condicionado. Acho que poderia fazer a diferença em algumas situações mas tal como o Hugo, acho q ha medidas mais importantes e eficazes que podem ser providenciadas hoje em dia de forma a diminuir as emissoes de CO2 para a atmosfera.

Anônimo disse...

A redução ou abolição do uso das gravatas não é eficiencia energetica..é sim a adopção de uma prática que promove uma melhor "racionalização" de energia.
Por outro lado tenho dificuldade em acreditar que ao retirar as gravatas se possa aumentar a temperatura dos edificios em dois graus mantendo o mesmo nivel de conforto.Onde estão os dados cientificos a apoiar isso?è preciso referi-los...
E ainda um plano de utilizacao de aparelhos e praticas que promovam uma reducao na emissao de niveis de CO2 por parte dos edificios, diminuicao da utilizacao dos ar-condicionados e outras medidas é algo de grande utilidade e concerteza muito importante mas novamente nao é eficiencia energetica.

Portanto, o que tenho a apontar à noticia é a dúvida que fica nos dados apresentados relativamente ao aumento de 2graus e à repetida má utilizacão do termo eficiência energética ao longo do texto.

Anônimo disse...

Olá a todos. O Ban Ki-moon é um amigo da malta, uma medida no mínimo inovadora, sem dúvida! Bem que podia ser implementada no nosso parlamento. Seria interessante saber até que ponto esta medida é realmente aplicada e se há ou não aderência à mesma! Pela minha parte já há muito tempo que troquei as calças de ganga no verão pelos calções e não é preciso ser grande génio para se perceber o que é mais fresco. Em Portugal continua a mandar a etiqueta sobre o conforto...
Esta notícia vem bem a propósito da apresentação de 2a-feira, no seminário de Edificios Bioclimáticos. Por exemplo uma excelente medida deste plano PT Eficiência 2015 é o cheque que espero vir a receber, no valor de 100 EURO na compra de uma nova máquina de lavar loica, trocando a velha que aqui tenho em casa, que foi dada pela minha avó, por uma de classe A++ :) E vocês já receberam o vale pra trocar as vossas lampadas? Cumprimentos

Anônimo disse...

João, desculpa lá mas eficiência energética ou não, o que me parece interessar aqui é a medida em si, e não é preciso ter dados científicos para saber que um fato e gravata são mais quentes no verão que por exemplo uma t-shirt ou uma camisa de manga curta...Faço-te um desafio, no próximo dia em que a temperatura ambiente ultrapasse os 25 graus, vem para a aula de fato e gravata e depois logo vês se precisas ou não de mais ar condicionado...

João Barrigó disse...

Achei curiosa a noticia pois desconhecia que o uso de gravatas poderia influenciar em tão grande quantidade a factura energética de um edifício. Vê-se assim a importância das nossas atitudes e comportamentos no que toca à eficiência energética, realçando assim as melhorias que seria possivel obter com uma simples mudança de atitude e de maneira de estar. Relativamente à segunda parte, como é óbvio seria desejável que todos nós e em especial as instituições públicas comecem a adoptar medidas eficientes que permitem uma redução do consumo da energia dos edificios, estando também implicito uma utilização dos materiais que sejam viradas para a
reutilização e reciclagem.

Hugo Campaniço disse...

Em relação ao comentário que fiz esta manhã, devo também acrescentar, pois é de importância rlevante, que: Não nos podemos esquecer que só os homens (pelo menos em grande maioria) usam gravata! Quer dizer, se até for verdade que a gravata possibilita que não se arrefeça tanto os edifícios no verão, e considerando que até agora tanto mulheres como homens tiham á sua disposiçao uma temperatura agradável, quer dizer que só há duas hipooteses: 1- Ou as mulheres passam a sentir demasiado calor e por isso desconforto; 2- Ou as mulheres passam a usar roupas mais diminutas. Isto claro está, se realmente a gravata fizer diferença.
Sendo assim, vamos então esperar que faça diferença e que nesse caso optem pela 2ª opção.
Desde que essa não venha a ter influência directa na produtividade dentro dos edifícios; venha a originar desconforto ao nível psicológico nas mulheres; tenha que se aumentar o nr de horas extras dos trabalhadores do sexo masculino em horário pos-laboral para colmatar as lacunas diárias devido ao redireccionamento dos seus interesses, aumentando assim o consumo energético.
O que me parece complicado... Mas isto é apenas especulação... no entanto e até prova em contrário é tão válida como a medida da abolição das gravatas para redução do consumo energético.

Càtia disse...

Devo dizer que achei a primeira parte da noticia bastante curiosa visto que, não tinha a noção de quanto se poderia poupar com uma simples mudança de vestuário, no entanto, faz sentido que se poupe CO2 ao não se usar a gravata que a bem ver é pouco confortável. Estas medidas deviam de ser implementadas em todas as empresas porque, as pessoas deveriam de se sentir confortáveis no local onde passam grande parte do seu dia e acredito mesmo, que os níveis de produtividade iriam aumentar bastante, já para não falar na redução do uso do belo ar condicionado que nos faz tanto mal á saúde e que leva muitas pessoas a apanharem boas gripes. No entanto, acredito que medidas deste género fazem muito sucesso na área do bem-estar e não tanto no ambiente. Porém existem outro tipo de medidas podem nos ajudar a tornar este edifícios bem mais eficientes.
Em relação á segunda parte da notícia sinto pena que estes edifícios estatais não possam dar o exemplo em termos de eficiência, e espero que todos eles sejam alvo de avaliações ambientais que os obriguem a mudar porque, se todos nós temos de fazer um esforço então os mais altos dirigentes do estado deveriam não só aplicar estas medidas como demonstrar a todos que tem uma mentalidade avançada e que se preocupam com o meio ambiente. Infelizmente não é isto que acontece e sinto pena que pessoas tão bem formadas a nível académico não possam por outro lado dar melhores exemplos a nossa sociedade.

Anônimo disse...

“Não à gravata!” Uma medida caricata mas com alguma lógica. O que se pouparia por uma simples mudança de hábito. Ainda por cima uma mudança que faria não só bem à saúde como poderia aumentar a qualidade do trabalho. Isto, se pensarmos que uma pessoa confortável trabalha melhor do que alguém desconfortável. E muitos são aqueles que se sentem desconfortáveis quando sob o uso de fato e gravata. Eu sou apologista do traje informal. E se isso ajuda o ambiente, melhor ainda. No entanto, penso que o autor na notícia cometeu um erro ao dizer que o dióxido de carbono é o gás responsável pelo “famoso buraco no ozono”, pois não o é.
Quanto às medidas adoptadas energética nos edifícios do Estado, em prole de uma maior eficiência, concordo que é um dever dos responsáveis pelo país dar um exemplo de mudança à população. No entanto, acho impressionante a quantidade de papel que se gasta nos edifícios do estado. Fico na dúvida se muito desse papel, ainda que reciclado, não está subaproveitado. E quanto à factura energética do palácio de Belém, apesar da sua futura redução, continua, na minha opinião, a ser um exagero.

Nuno Mateus disse...

Esta noticia é de facto curiosa,se bem que me custa um pouco a acreditar nos reais resultados desta medida proposta pelo "general" Ban Ki-moon,penso que pode ser relevante mas para o conforto dos trabalhadores, melhorando assim a sua eficiência,acho que quanto aos edificios,medidas mais eficiêntes podem e devem ser tomadas.
Quanto ao nosso governo, tal como todos os governos devem ser os primeiros a dar o exemplo,e a terem melhores práticas ambientais e mais eficiêntes a nível energético,certamente o plano Portugal Eficiência 2015 é uma grande medida nesse aspecto,não apenas pelo melhoramento dos nossos edificos mas também pela consciencialização das pessoas de que é necessário fazer mais neste campo,o que nos vai ajudar a atingir as metas de Quioto.

Anônimo disse...

Em relação ao "ataque à gravata" achei curioso, pois com o país comservador que temos, não sei se será apelativo ficar-se assim tão liberal!

Também dúvido do facto de ao reduzirmos o uso da gravata, iremos reduzir a emissão de CO2 para a atmosfera. Como é que uma medida aparentemente facil, pode reduzir tanto a emissão de CO2?!
Mas também por não ter conhecimento de tal coisa, me faz crer que seja uma medida de eficiência enegética assim tão válida.

Em relação ao nosso governo tomar iniciativas para a redução da emissão de CO2, é importante para consciencializar o cidadão comum, a tomas essas propias iniciativas em nossa casa, bem como nos orgão sociais(por ex: empresas, escolas, instituições...), bem como fazer a reciclagem, a substituição de laâmpadas, etc.

Anônimo disse...

No que diz respeito às gravatas, apesar de o meu conhecimento em relação às medidas que foram tomadas pelas Nações Unidas em termos ambientais/energéticos ser escasso, penso que inicialmente deveriam ser tomadas práticas/medidas em relação ao edificio de modo a torná-lo mais eficiente e incutir aos trabalhadores igualmente boas práticas, além da substituição do seu traje.
Não quero com isto dizer, que não concorde com o que o foi dito pelos meus colegas, antes pelo contrário. Penso que se com a não utilização de gravatas se verificar realmente a redução de funcionamento do ar condicionado e consequentemente a redução de emissões e de custos energéticos, então será com certeza uma boa medida. Será caso para dizer: “morte” das gravatas, por um mundo melhor.
Em relação ao que se faz por cá a nível ambiental/energético, é de louvar que edificios governamentais (donde deve vir o exemplo, tal como é dito na noticia) tenham adoptado tais práticas ambientais, e de louvar mais ainda o facto de ser a presidência o que mostra mais empenho nessa matéria. Espero, contudo, que não se fiquem por aqui.

Rui Parente disse...

Acho bastante curiosa a noticia em relação à "abolição" de gravatas no edificio-sede da ONU. Parece-me que é uma medida sensata pelo simples facto de que as pessoas começarão a ir mais confortáveis e "frescas" para os seus locais de trabalho o que fará com que haja uma dimnuição do uso do ar condicionado, reduzindo com algum significado, a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera.

Em relação à noticia que revela os esforços do Estado para melhorar a eficiencia energética dos seus edificios, penso que é de extrema importancia que o façam, dado que estas medidas farão com que os portugueses tomem o Estado como um exemplo a seguir, dado que sou da opinião que o exemplo deve vir de cima. Penso que é importantissimo que o plano projectado pelo governo seja bem executado e que sirva, tambem, como objecto de consciencialização e informação à população portuguesa, de modo a que esta tenha em conta que as medidas a tomar são urgentes e não custam a executar. Penso, tambem, que deva ser facilitada ou até mesmo obrigatórias a execução de auditorias de eficiencia energética a todos os edifcicios de serviços no nosso país, quer sejam eles publicos, quer sejam privados. Estas auditorias devem ser feitas primeiramente aos edificios do estado, e com o resultado destas o Estado deve tomar medidas necessárias a melhorar a eficiência energética dos seus edificios, sendo uma optima maneira de dar o exemplo ao resto do país. Cada vez mais é necessário ter em conta os consumos que são efectuados hoje em dia nos edifcios e tentar reduzi-los ao máximo de modo sem alterar a sua eficiencia.

Anônimo disse...

Em relação à eliminação da gravata e da adopção de trajes mais informais na sede das Nações Unidas, penso que se trata de uma medida simbólica no que diz respeito à eficiência energética. A introdução desta medida tem como principal virtude fomentar a discussão pública deste tema.
No que toca à aplicação de medidas para uma melhor eficiência energética dos edifícios estatais, não me parece lógico que apenas o Presidente, de forma isolada, tenha “chamado” consultores para melhorar o desempenho energético do Palácio de Belém. Considero que para maximizar a eficiência de todos os ministérios o ideal seria uma directiva comum e concertada, e não só o bom senso de cada um.

Anônimo disse...

Apesar de não ser completamente inovadora (http://www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=14024250)e já ter alguns (bons) resultados práticos no Japão, contrariando o cepticismo do Campaniço; é de louvar a decisão tomada pelo secretário-geral da ONU para a diminuição do consumo de energia e creio que é uma medida simples e eficaz que deve ser adoptada em todo o mundo.
Quanto à segunda parte da noticia, é de louvar também o plano Portugal Eficiência 2015 que refere - a adopção de novas tecnologias e processos organizativos bem como mudanças de comportamentos e valores, que conduzam a tipologias e hábitos de consumo mais sustentáveis - pois estas práticas não devem ficar ao critério do bom senso das pessoas pelo menos nos serviços estatais, e o estado e instituições públicas devem ser os primeiros a dar o bom exemplo e a por em prática esse plano como fez o Presidente da República.

Anônimo disse...

Este texto do Diário de Noticias vem no seguimento daquele que é um dos assuntos mais falados e discutidos actualmente: como diminuir a emissão de gases nocivos para a atmosfera e como conseguir melhorar a eficiência energética? Uma das medidas estipuladas pelas Nações Unidas passa pela exclusão do uso da gravata e do traje formal. Tendo esta medida o objectivo de diminuir o uso do ar condicionado no local de trabalho, que terá como consequência não só uma redução dos custos de energia mas tambem uma diminuição de emissões de CO2. Em Portugal parece não existir nenhuma legislação sobre o assunto, ficando a decisão de melhoramento da eficiência energética, neste caso dos edificios estatais, ao critério do bom senso de cada ministério. No entanto alguns ministérios já estão sensibilizados para a situação e tomaram algumas iniciativas tais como o uso das lampadas florescentes ou a reciclagem de papel. Com o plano Portugal Eficiente 2015 é de esperar que sejam várias as medidas que o gorverno tomará de forma a tornar a eficiencia energética dos edificios uma realidade.

Anônimo disse...

Já tinha ouvido falar desta medida e concordo em parte com ela.Penso que o conforto nos locais de trabalho pode ser associado a um melhor rendimento,sendo que do meu ponto de vista a boa apresentação de qualquer funcionário não deveria necessariamente estar aplicado ao uso de gravata.Deste modo podemos aplicar o conceito de eficiência energética para este caso,uma vez que,como verificada na sede da ONU esta medida tem como resultado uma diminuição do consumo de energia, aumentando o grau de satisfação das pessoas.Porem acho que é um pouco relativa,estando dependente do clima de cada pais,para alem do que deveria-mos preocuparmo-nos com medidas bem mais eficientes como o isolamento dos edifícios.Relativamente à segunda parte da noticia,acho que é de grande importancia o esforço do estado para também eles reduzirem no consumo de energia,tal como defendi na semana anterior.Além de todas as medidas de eficiência energética relatadas na noticia,lembro-me de ter lido um artigo à pouco tempo na qual informava que no palácio de Belém tinha sido instalado um mini-aerogerador de energia eólica-mais uma medida de louvar.Peço desculpas pelo atraso do comentário,mas não tive possibilidades anteriormente.

STrigo disse...

Da notícia em causa, considero que esta medida da ausência de gravata nas Nações Unidas tem valor pelo incentivo dado através do exemplo, que nestas matérias de poupança e boas práticas é fundamental. Em termos práticos evidencia que gestos simples têm significado no que respeita à utiliação racional de energia.
É claro que, se partirmos do princípio que na União Europeia o consumo final total de energia é aproximadamente 20% superior ao justificável. Então, teremos que reflectir sobre um dos princípios em que assenta a sustentabilidade, a economia.
Neste contexto, só políticas de incentivos para a utilização racional da energia serão eficazes a curto/ médio prazo, para o objectivo de alcançar cada vez menores emissões de gazes poluentes.
Se, as áreas de maior utilização energética, são: a indústria, os serviços e a utilização doméstica, então políticas como, Portugal Eficiência 2015, que prevê intervenções do tipo:
Auditorias e acções de diagnóstico parar uma utilização eficiente da energia.
Ou incluir incentivos financeiros como promoção da aposta da utilização da energia de uma forma eficiente.
Serão políticas planeadas e seguidas com rigor, o passar à acção, neste objectivo de conseguir uma gestão eficiente da energia.
Na segunda parte da notícia concluí, que no palácio de Belém a presidência efectivamente partiu para a acção e implementou medidas de eficiência energética. Será certamente a primeira de muitas intervenções deste género em edifícios estatais.

Anônimo disse...

Será que a eficiência energética passa por se tirar a gravata? De facto parece existir um certo contra-senso no que respeita a um dia de elevadas temperaturas e não se deixar o casaco e a gravata em casa só porque é politicamente correcto. Se essa for uma das muitas medida, a politica em causa será então outra e deixar estas habituais e tão ilustres peças de vestuário em casa, não parece má ideia. No entanto, pode-se fazer muito mais do que isso, tal como demonstra o documento: desde a simples utilização de lâmpadas economizadoras à certificação energética dos edifícios. Esta última medida parece trazer só por si uma série de procedimentos que poderão ser adoptados para a obtenção de uma boa eficiência energética em prol do ambiente.

Ângela Mendes

João Arsénio disse...

A medida do não uso de gravatas num local como as nações unidas, tem como ponto forte a mensagem que quer passar como sitio exemplar e modelo a seguir. A imagem poderosa das Nações Unidas é usada como um meio para chegar a um objectivo: A adopção de novas medidas de conservação e eficiência energética (tal como o fazem nas Nações Unidas).
Porém, a falta de base de sustenção da medida poderá causar algum cepticismo, já que se baseia no simples senso comum e não em estudos de carácter cientifico. Cada um de nós tem uma temperatura corporal e bem -estar diferentes pelo que será subjectivo implementar uma medida como esta sem fundamentos concretos que a apoiem.
Fundamental será dizer que esta medida não é relativa a eficiência mas sim à conservação de energia, já que os equipamentos de climatização vão continuar a funcionar sem qualquer tipo de alteração tecnológica, apenas poderiam eventualmente, consumir menos.
A realidade nacional retratada na noticia, demonstra em si uma falta de moralidade na grande maioria dos nossos ministérios (11 no total) quando inquiridos acerca destes assuntos, sendo que em vez de darem o exemplo, escusam-se a sequer a dar uma resposta (apenas 6 responderam). Se o cidadão sentir uma vaga de mudança, ele próprio se sentirá mais atraido a adoptar essas medidas de racionalização e eficiencia de consumo energético. A mudança passa por todos nós, mas quando exemplo existe de entidades respeitadas, torna-se obviamente mais persuasor adopta-las.
Assim como a Presidência da República tomou medidas energéticas exemplares, tambem toda a administação publica o deveriam fazer. Tal como tantas vezes se diz "o exemplo vem de cima", neste caso o exemplo DEVERIA vir de cima!