quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Energia: Portugal baixou pela primeira vez em 2007 a intensidade energética no consumo de electricidade
Lisboa, 15 Jan (Lusa) - Portugal reduziu o ano passado, pela primeira vez em cinco anos, a intensidade energética no consumo de electricidade, que cresceu menos que o Produto Interno Bruto (PIB), afirma hoje a Quercus em comunicado.
O consumo de electricidade subiu 2,6 por cento, entre 2005 e 2006, enquanto que entre 2006 e 2007 o aumento foi apenas de 1,8 por cento, refere a associação ambientalista com base nos dados da REN-Redes Enegéticas Nacionais.
A Quercus afirma que pela primeira vez nos últimos cinco anos, o consumo de electricidade em 2007 cresceu menos que o PIB, que subiu 1,9 por cento, tendo-se verificado uma redução do valor de intensidade energética, ou seja, a electricidade que é necessária para produzir uma unidade de riqueza.
Em Portugal, o valor da intensidade energética é ainda um dos mais elevados a nível europeu, sendo um indicador de desperdício de energia.
Segundo a Quercus, a redução deste valor é bastante positiva, mas parece estar mais relacionada com questões conjunturais, como o clima ameno, do que com questões estruturais, como a melhoria da eficiência energética.
O facto do consumo continuar a crescer, mas a um ritmo muito mais lento em 2007 que em 2006, deve-se, segundo a Quercus, a um conjunto de factores como o clima ameno, poupança de energia motivada por questões económicas e uma maior sensibilidade ambiental e a maior eficiência energética dos novos equipamentos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
22 comentários:
É animador ver que o aumento da intensidade energética no consumo de electricidade desceu, quer dizer que a tendência de consumo eléctrico per capita diminui, o que é um indicador de uma preocupação crescente pelas preocupações a nível ambiental pela parte de cada cidadão. O que embora ainda possa não ser suficiente, visto Portugal ser ainda, como é referido no Blogue, um dos países a nível Europeu com um dos mais elevados valores de intensidade energética. Quer dizer que a eficiência do consumo ou que o desperdício a nível eléctrico é ainda muito elevado, mas pelo menos já começam a existir reacções positivas, o que é fundamental...
Em primeiro lugar penso que esta diminuição de intensidade energética se deveu principalmente ao Inverno ameno que se verificou no nosso País.
Em segundo lugar quero referir que a intensidade energética é medida pela relação entre consumo de energia no País e valor acrescentado no País. Ou seja, Portugal com o nível de energia consumida está a produzir um baixo valor acrescentado, principalmente devido ao modelo de desenvolvimento em vigor no nosso País. Assim, sem um modelo que permita racionalizar os consumos energéticos e com este consumo se crie mais valor acrescentado, Portugal não vai conseguir diminuir a intensidade a energética.
Por último, é importante ter em conta que o sector dos transportes é hoje em dia um dos sectores onde existe um consumo mais disproporcionado de energia, pelo que é necessário intervir nesta àrea.
Acho que é positivo ver um inicio na descida de consumos de electricidade.
Embora, como é referido na noticia, Portugal seja um dos países europeus com um maior valor de intensidade energético, e apesar de o clima estar mais ameno -o que leva quase consequentemente a um menor consumo de electricidade - penso que começa a existir também uma maior consciencialização da população para os problemas ambientais e económicos relacionados com o consumo de energia. O facto de a população sentir no próprio bolso o desperdício de energia é também um factor motivante para essa redução de consumo.
Espero que esta tendência de decréscimo de consumo energético seja para continuar nos anos próximos.
Parece-me que a notícia da descida da intensidade energética tem que ser analisada no contexto do aumento do PIB, uma vez que os dois estão ligados entre si. Acho que devem ser analisados outros indicadores, já que só com a integração destes indicadores podemos fazer uma comparação e análise mais correctas acerca do assunto. Gostava de chamar a atenção que a noticia apenas faz referência ao consumo de electricidade, o que representa uma pequena parte do nosso consumo de energia. Só na indústria e nos transportes consumimos cerca de 50 a 60 % da energia total...
Esta noticia pode estar de facto relacionada com algumas mudanças a nivel de legislação aplicada em portugal no ano de 2006, já que foi nesse ano que foi implementado dois novos regulamentos que visam a melhoria de comportamentos termicos em edificios sem o uso de ar condicionado e com uso, isto a nivel do sector residencial. Por outro lado todos nós sabemos por experiencia ou simplesmente por observação, que estas medidas pouca ou nada estão a ser aplicadas, o que nos leva a admitir factores de natureza conjuntural,como citado na noticia ,o inverno ameno.
Tambem não nos devemos esquecer do forte abrandamento do sector industrial, derivado ao abrandamento do crescimento economico, que se traduz numa quebra de produção e consequentemente uma diminuição do uso de energia. Sendo este ainda o maior sector de requerimento de energia logo seguido dos transportes, que tem vindo a aumentar. Talvez se novas politicas de eficiencia se focassem mais nos transportes e na industria, poderiamos assistir a uma diminuição mais acentuada e sem qualquer tipo de factor externo a "levantar" duvidas em ralação ás medidas realmente implementadas!
Apesar de ao que parece a diminuição do valor da intensidade energética ter ocorrido quase meramente por razões conjunturais, é de salutar esta diminuição, esperando agora que ela se comece a fazer cada vez mais, mas também por questões de consciência e preocupação ambiental, contribuindo assim para que atinjamos cada vez mais valores mais aceitáveis, dentro das médias europeias.
É uma notícia haver uma diminuição da intensidade energética depois de muitos anos de aumentos, realmente pode ser por razões climáticas mas eu prefiro acreditar que as pessoas tomaram uma consciência ambiental e estão a por em prática.
A noticia é sem duvida animadora, uma diminuição do consumo de energia ainda que pouco é um passo para a mudança. Menos animador é o principal motivo desta diminuição, o facto de o clima ter sido mais ameno levou a um menor consumo de energia. Ou seja nada nos garante que para o ano se o clima for menos ameno não teremos de novo um aumento no consumo de energia. É importante por isso uma maior consciencialização do cidadão em relação á poupança de energia não só por razões metereológicas ms principalmente por questões ambientais.
É uma boa notícia haver uma diminuição da intensidade energética depois de muitos anos de aumentos, realmente pode ser por razões climáticas mas eu prefiro acreditar que as pessoas tomaram uma consciência ambiental e estão a pôr em prática.É pena que o valor da intensidade energética é ainda um dos mais elevados da europa. Mas se trabalharmos de forma a diminuirmos as perdas de energia e se os cidadãos tiverem uma preocupação ambiental acho que vamos no bom caminho para atingir uma maior eficiência energética.
A redução da intensidade energética no consumo de electricidade é um indicador positivo para a melhoria da eficiência energética em 2007. Mas para perceber se houve, de facto, melhoria na eficiência energética há que analisar outros indicadores (por exemplo vendas de aquecedores/ar condicionado) e como evoluíram ao longo do tempo, pois como a Quercus realçou, um clima mais ameno em 2007 poderia só por si justificar essa redução.
Realmente é boa notícia dada pela Quercus, no entanto, tal como já foi referido nos outros comentários, podemos ver a utilização de alguns indicadores para nos anunciar a descida do consumo de energia a nível eléctrico. Relativamente á intensidade energética, mais propriamente ao consumo de eléctrico parece que este indicador esteja relacionado com o PIB. Porem parece-me também adequado comprar o consumo eléctrico com outro tipo de indicadores para que se perceba as verdadeiras origens desta descida. Infelizmente esta notícia só nos reporta o abaixamento a nível eléctrico quando sabemos muito bem que a nossa dependência energética é muita mais forte noutros sectores como por exemplo, o dos transportes. Espero que um dia saia uma notícia destas mas sobre o sector dos transportes e não só porque as pessoas não conseguem suportar os preços dos combustíveis mas também por consciencialização ambiental.
Esta noticia refere um indicador energético que relaciona o consumo de electricidade com o PIB.
Houve um decrescimo da intensidade energética o que é positivo,no entanto para avaliar uma prestação do pais e necessáio a avaliação de vários indicadores para poder ter uma visão global, verificando assim se estão a existir ou não progressas efectivos. Esta melhoria deve-se a vários factores, principalmente na area dos edificios nos quais a eficiência energética é hoje tida em conta. Claro está que a mudança de mentalidades e a consciencialização são fundamentais para uma utilização correcta de infra-estruturas e equipamentos.
Nesta noticia utiliza-se como indicador energético a variação da intensidade energética com o PIB.
É positivo haver uma diminuição da intensidade energetica, embora seja necessário avaliar mais indicadores energéticos que possam avaliar com mais certeza a prestação energética do país.
E mais uma vez é necessário haver uma grande cosciencialização de modo a reduzir ainda mais a intensidade energética do país.
O conjunto de factores apontados pela Quercus para explicar esta diminuição da intensidade energética(IE) são os principais factores que definem a intensidade energética; Clima, Questões económicas, sensibilidade ambiental e eficiência energética.
Na minha opinião uma vez que o valor da IE cresceu menos que o PIB, a sua diminuição não se deveu principalmente ao abrandamento do crescimento económico. Deveu-se a todos os factores referidos acima, e só comparando com os próximos anos é que se poderão aferir as causas principais desta alteração de tendência na variação da IE. Espero que o contributo do aumento da sensibilidade ambiental e a melhor eficiência energética dos novos equipamentos tenha uma responsabilidade maior nesta diminuição que o clima.
Joao Luis
A redução da intensidade energética no consumo de electricidade verificada em Portugal durante o ano de 2007 é obviamente uma notícia positiva e animadora, contudo há que reflectir sobre esta redução. A intensidade energética indica a electricidade que dispensamos para produzir uma unidade de riqueza e assim sendo a redução deste indicador demonstra eficiência. Contudo, apesar da redução verificada em 2007, Portugal continua a ser um dos países da UE com valores de intensidade energética mais elevados revelando que ainda temos um longo percurso a percorrer para nos tornarmos mais eficientes.
LILIANA MADEIRA
É uma boa notícia verificar que durante o ultimo ano ocorreu uma diminuição do consumo de electricidade, que porventura levou a uma redução da intensidade energética. Estes dados mostram-nos que as medidas aplicadas começam ter efeitos, bem como se verifica uma maior consciencialização da sociedade para a necessidade de regular o consumo de energia. Porem como é relatado na notícia esta melhoria ainda não é suficiente, pois continuamos no top dos países da UE com maior valor de intensidade energética, para além de que, as condições climatéricas anormais ocorridas durante esse período, e a crise económica a que temos estado sujeitos também tiveram um grande contributo na obtenção destes resultados.
Ass. Tiago Correia
Fico contente por saber que o consumo de electricidade em Portugal diminui. Sendo um dos países da união europeia com maior valor de intensidade energética é de facto muito importante que o consumo de electricidade esteja a baixar. Espero que nos anos futuros tal diminuição continue a verificar-se e que se deva não só ao clima ameno, mas também ao melhoramento da eficiência energética dos diversos equipamentos assim como a sensibilidade ambiental de cada um de nós. E apesar de a notícia referir-se apenas à diminuição do consumo de electricidade espero que a diminuição se verifique também noutros sectores que não só o da electricidade.
Carolina Florindo
De facto, o Inverno de 2005-2006, foi mais frio que o Inverno de 2006-2007. Em 2005-2006 a anomalia das temperaturas médias, em relação às normais climáticas 1961-1990, foi, no período do Inverno, de -1ºC, ao passo que em 2006-2007 a anomalia para o mesmo período, foi de +0.3ºC.
Ainda é uma amplitude significativa, entre um ano e o outro.
E talvez seja a principal causa para que a intensidade energética em Portugal tenha baixado.
Ainda em relação ao clima, o Inverno de 2007-2008 foi um inverno com temperaturas médias bem a cima da média. Veremos se no próximo comunicado isso fará diferença ou não.
Apesar do clima ameno, penso que aos poucos a mentalidade e o comportamento das pessoas começa a mudar.
Ainda hoje recebi na caixa do correio, um vale de 5 lâmpadas económicas. Os electrodomésticos de alta eficiência estão cada vez mais comercializados.
No entanto, e em contra partida, caminhamos para aquilo que chamamos de casas inteligentes, onde tudo, apesar de bastante eficiente, recorre cada vez mais à electricidade.
Ou seja, apesar de mais eficientes, recorremos cada vez mais à energia eléctrica. Talvez esse seja também um parâmetro a ter em conta.
André Silva
Quando li esta notícia, pensei numa coisa imediatamente, no custo de vida.
Será que o menor consumo não terá a ver com o preço da energia eléctrica?
Resolvi assim procurar informações relativamente ao ano de 2007, e apesar de não ser fácil (ou eu não tenho muito jeito para procurar dados na net), encontrei dados espalhados por vários sites, que resumindo diziam isto:
- "Segundo o Eurostat, entre 1995 e 2006, o preço da electricidade, sem incluir os impostos, aumentou em Portugal +6,6."
http://www.infoalternativa.org/autores/eugrosa/eugrosa102.htm
- "Electricidade sobe acima da inflação em 2008. Proposta do regulador deverá ser inferior ao aumento de 6% em 2007"
http://dn.sapo.pt/2007/10/15/economia/electricidade_sobe_acima_inflacao_20.html
- "Tarifas da electricidade sobem até 7% em 2009.
Os preços deverão crescer cerca do dobro dos 2,9% verificados em 2008."
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=1002146&div_id=1730
Depois disto pensei, talvez houvesse alguma lógica associar ao aumento de preço da energia, o menor aumento relativamente ao PIB.
E se em 2009 o aumento for de 7% arrisco a dizer que a "conscencialização para os problemas energéticos" dos portugueses vai aumentar.
Telmo
O decréscimo registado pela REN relativamente à intensidade energética no consumo de electricidade poderá ser uma constatação da cada vez maior consciência ambiental. Mesmo que esse decréscimo não seja muito elevado, demonstra que para além de ser possível, a sociedade poderá estar a racionalizar o consumo energético. Este facto comprova que é possível produzir, pelo menos, o mesmo, mas com menor quantidade de energia. No entanto é importante analisar cuidadosamente esta questão, uma vez que pode ser apenas uma mera coincidência com o factor clima ameno verificado ou com o crescente preço da electricidade.
Ângela Mendes
A notícia identifica unicamente os valores da diminuição do consumo de energia no nosso país, é um sinal animador. Esta diminuição é certamente o resultado de equipamentos, edifícios e processos industriais, mais eficientes em termos energéticos, será também o resultado de hábitos de consumo/utilização de energia, mais racionais. Isto fez-me questionar sobre que sectores é que teriam sido responsáveis, sobre esta diminuição no consumo ( com receio que para este valor, não tenha contribuído a diminuição do parque industrial produtivo de português).
E não é que encontrei estes valores na página da DGEG:
“A Energia Final, em 2007, atingiu o valor de 18695 ktep, tendo-se verificado uma redução de 2,1% face a 2006.
Registou-se uma diminuição do consumo de 7,1% de petróleo e um aumento de 5,9% de gás natural e de 3,3% em electricidade.
No sector doméstico, assiste-se a um aumento do consumo de energia eléctrica por unidade de alojamento (2611 kWh/alojamento em 2007 contra 2544 kWh/alojamento em 2006).
Em 2007 o consumo de energia nos serviços, aumentou 0,8% face a 2006.”
Com estes dados, e sabendo que o consumo cresceu no sector Doméstico e nos Serviços, só fica mesmo por esclarecer se a diminuição foi no sector da Indústria ou dos Transportes.
Salomé Trigo
Portugal começa agora a investir claramente na eficiência energética e prova disso são o Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia (SGCIE) e o Plano Nacional para a Eficiência Energética.
Através da aplicação das medidas do plano, prevêem-se economias substanciais. O plano tem também como ponto positivo os incentivos/simplificações para as empresas que estabeleçam compromissos de redução de emissões de CO2. Aliado a estes factos, a obrigação de auditorias periódicas e de execução de planos de racionalização dos consumos de energia por parte das empresas, levará a que a eficiência energética deixe de ser apenas um tema actual, para passar efectivamente a ser aplicada.
Liliana Madeira
Postar um comentário