quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Consumo de petróleo com maior queda dos últimos 27 anos
TVI 11-06-2009
O consumo mundial de petróleo caiu 420 mil barris por dia (bpd) em 2008, a maior queda anual desde 1982, revelou quarta-feira a petrolífera BP no seu relatório anual sobre energia mundial.
A queda ficou a dever-se sobretudo aos países desenvolvidos, cuja diminuição na procura mais que compensou o crescimento registado nas economias emergentes, particularmente a China, que consumiu mais 260 mil bpd.
No conjunto dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o consumo caiu um milhão e meio de barris diários, sendo que só os EUA foram responsáveis por uma descida de 1,3 milhões de barris. Os Estados Unidos são o maior consumidor mundial de crude.
A queda da procura nos países desenvolvidos coincidiu com o pico dos preços, que atingiram um recorde perto dos 150 dólares em Julho do ano passado, antes de voltarem a cair para cerca de 30 dólares no final do ano, devido à crise financeira e à queda da procura.
Reservas existentes chegam para cobrir procura nas próximas décadas
«Em 2008, o mundo já não enfrentava uma insuficiência de abastecimento porque o crescimento da produção superava o do consumo para todos os combustíveis fósseis», afirmou o presidente executivo da petrolífera britânica, Tony Hayward, numa nota introdutória. De resto, os dados da BP mostram que a produção aumentou 380 mil bpd em 2008 para um total de 81,8 milhões de barris diários.
«Os nossos dados confirmam que o mundo tem reservas provadas de petróleo, gás natural e carvão suficientes para satisfazer as necessidades mundiais durante décadas. Os desafios que o mundo enfrenta no que respeita ao aumento da produção para fazer face à futura procura não estão debaixo da terra, estão à superfície», acrescentou o líder da BP.
As reservas mundiais provadas de petróleo recuaram três milhões de barris para 1.258 mil milhões no final de 2008.
Produção da OPEP subiu 990 mil barris por dia
Apesar de a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter cortado a produção no final do ano passado, ela registava ainda um aumento de 990 mil bpd.
A Arábia Saudita, o maior membro da OPEP, extraiu 400 mil bpd a mais e a Rússia, que não pertence ao cartel, produziu menos 90 mil barris, naquela que foi a primeira queda desde 1998.
O México foi quem registou a maior queda de produção de petróleo: 310 mil bpd.
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33 comentários:
O panorama económico mundial (a tão discutida crise financeira de vários países) paralelamente com os preços praticados para o barril de petróleo a atingir valores recorde, implicou naturalmente, sem grande surpresa, uma queda na procura do mercado petrolífero.
Afirmações sobre a satisfação de necessidades mundiais futuras referidas no texto deveriam ser mais cuidadas já que são assentes no conceito de reserva. A ideia de reserva (provada ou provável) pode ser relativa já que depende dos benefícios financeiros que advêm da exploração do recurso, os quais podem variar consoante a situação geopolítica e financeira mundial.
Clarisse Magarreiro, 34590
It's true that the decrease in oil consumption in 2008 is no surprise in the face of the global economic crisis. For example, in Germany many producing facilities were forces to lower their production a lot for months, even to zero, due to missing orders.
But as the crisis already seems to be considered as finished and the behaviour of most people switches back to "normal", it is likely that the demand for oil and other fossil fuels will rise again. Especially the emerging nations like China, which still grew despite the crisis, will contribute severely to this.
It's furthermore interesting that BP (officially) doesn't see big problems for a sufficient oil production in the future. As this branch is their main business area and very profitable in addition, it is only natural that they don't want a fast change of energy resources. Instead, they need time to adjust to the changes in economic and energetic framework.
Jan L.
Ao ler a noticia da TVI temos um ponto de vista sobre o consumo de petróleo em 2008. A queda do consumo é o resultado de uma série de eventos vividos neste período que podem ou não influenciar os próximos anos, no entanto, com esta redução de consumo podemos abrir portas a novas fontes e tecnologias para sustentar o nosso modo de vida.
Ao compreender as limitações do nosso estilo de vida podemos desenvolver a tecnologia e utilizar de forma mais eficiente o valioso recurso petrolífico por explorar.
Ricardo E.Santo
O titulo da noticia e o seu conteudo não esclareçe o factor mais importante para o decréscimo do consumo/dependência do crude, porque apesar da enorme e grave crise financeira mumdial o consumo de energia não foi alterado.
A redução no consumo de crude não é por diminuição do consumo, mas sim pela utilização e aproveitamento de todas as energias renovaveis, como exemplo a eólica, biomassa entre outras.
Na minha opinião o conteudo da noticia deveria ser diferente, analisar sim a diminuição do consumo de crude mas também evidenciar a enorme aposta principalmente dos paises nórdicos nas energias renovaveis.
Hugo Alves
Vou só comentar uma pequena parte do texto que volto a frisar pela sua importância (já que falei dela no comentário que fiz ao post anterior). "«Em 2008, o mundo já não enfrentava uma insuficiência de abastecimento porque o crescimento da produção superava o do consumo para todos os combustíveis fósseis», afirmou o presidente executivo da petrolífera britânica, Tony Hayward" e "«Os nossos dados confirmam que o mundo tem reservas provadas de petróleo, gás natural e carvão suficientes para satisfazer as necessidades mundiais durante décadas. Os desafios que o mundo enfrenta no que respeita ao aumento da produção para fazer face à futura procura não estão debaixo da terra, estão à superfície», acrescentou o líder da BP". Continuamos com o mesmo problema na produção de energia que supera em larga escala o consumo e a necessidade desta. Se este problema fosse resolvido, as necessidades mundiais da utilização de combustíveis fósseis não teria a intensa gravidade do caso actual.
Lúcia Silva, nº34604
A weak dollar, better perspectives for the economy and the related increase in demand are the best preequities for an increase of the oilprice. In the middle of october the oilprice reached its highest mark of the year with ca. 76$/br.
The fast increase of the oilprice in the year 2008 (140$/br.) was not due to a shortage in supply - it was driven by speculative factors.
Therefore the worldwide oil reserves are not directly related to the spotmarkt prices.
This is differnt in the long term view:
A low oilprice in the middle- and longterm is making it not profitabel to explore new oilfields or to produce crude oil out of the big oilsand reserves e.g in canada - this is only rentable at an oil price of >90$/br.
The worldwide available oil reserves have therefore a strong dependency on the longterm price of oil.
The high volatility of prices leads to strong risks in investments for the exploration of new resources. According to the International Energy Agency the output of the 800 biggest oilfields is decreasing by 7% each year. In Mexico (7th biggest producer of the world) the situation is very critical:
until 2017 they will turn to a net-importer of crude oil if they don´t explore new fields.
Oil was getting an financial instrument:
To profit from the strong volatiliy of the oilprice supertankers are filled with crude oil when the oilprice is low and the oil is sold when prices are high. The so called "Arbitrage" which is more or less the price difference is the profit.
Independent from the oil market it self and forcasts of the big producers like BP, Shell, Enron... about the static worldreserves - one thing is for sure:
The world will run out of reserves - depending on the price - sooner or later.
Lukas Fritz
Tal como foi referido por alguns colegas meus, o facto de o pico de preço do crude coincidir com a baixa de consumo é um facto que nos permite concluir que esta diminuição é apenas temporária, e que haverá um crescimento de consumo novamente à medida que a economia volta a ganhar ânimo.
O facto de o declínio de consumo ter sido mais acentuado nos EUA leva-me a pensar que apesar dos esforços, não se verificam melhorias de eficiência neste país pois quando o preço aumenta, o primeiro sítio onde se vai poupar é no desperdício, dai ter havido neste país um maior declínio. Com a mentalidade a retornar ao normal, esta melhoria de eficiência irá certamente desaparecer, como aconteceu em crises passadas.
João Lourenço
Após a leitura do artigo não posso deixar de atribuir a redução da produção de petróleo à diminuição dos consumos a nível mundial. Mas na minha opinião acho que o grande factor para a diminuição da produção de petróleo é o facto de a capacidade das reservas existentes ser cada vez menor e também porque nos últimos anos não se têm descoberto novas reservas economicamente exploráveis.
O facto de os consumos terem diminuído em países como os EUA só nos vêm indicar que começa a haver uma mudança de mentalidades de consumo e o recurso a novas fontes d energia.
A crise económica mundial também levou a que muitas pessoas começassem a repensar nos seus modos de vida e a mudar/reduzir os seus consumos energéticos.
Rafaela Lourenço
Esta noticia estabelece uma relação entre o consumo e produção de petroleo e a crise mundial, mas o que eu acho interessante é o facto se referir com grande tranquilidade que as reservas de combustiveis fosseis são suficientes para varias decadas e que essa não é de facto a grande questão.
É dificil estimar até quando os combustiveis fosseis vão satisfazer as nossas necessidades energeticas.
Por um lado temos factores como os países em desenvolvimento como a China e India e talvez Angola que têm um crescimento industrial muito forte e precisam de muita energia para o fazerem e o facto de a população estar a aumentar o que também leva a mais gastos energéticos. Por outro lado temos a possível ocorrência de recessões económicas como a que assistimos recentemente, temos um aumento da eficiência energética em particular nos países mais desenvolvidos e uma componente ainda que reduzida mas em crescimento das energias renováveis.
A queda no consumo de petróleo deve-se sobretudo ao aumento do preço deste, o que levou a uma diminuiçao da procura, é à crise financeira mundial.
Apesar de existirem provadas reservas de pretróleo, carvão e gás natural para satisfazer as nossas necessidades durante décadas, é necessário a promoção do uso de energias renovaveis, uma vez que sao energias mais "limpas" diminuindo assim as emissoes de CO2 provenientes da queima exaustiva de combustiveis fosseis, que contribuem bastante para o aumento do Efeito de Estufa.
Face a crise economica mundial que estamos a passar e aos problemas que poderemos vir a ter na segurança do abastecimento de energia, é normal que o consumo de petroleo baixe sgnificativamente, pois neste momento a tendência das pessoas é para poupar e tentar reduzir ao maximo os seus gastos e, optar por novas formas de produçao de energia tentando maximizar o tempo de vida das reservas de petroleo. É de referir, que neste momento ainda dependemos do petroleo para sobreviver, por isso há que poupar!
Joao Santos 34599
Nos últimos meses têm vindo a público declarações como a do Adm. da BP no sentido de que o problema da escassez de combustíveis fósseis está praticamente resolvido, já que as reservas são muito superiores àquelas que se acreditava existirem na década de 70 (lembrar o comunicado da Galp sobre as reservas brasileiras).
Parece-me muito perigoso que o discurso sobre combustíveis fósseis assente apenas na questão das reservas energéticas, já que, como sabemos, o uso de combustíveis fósseis tem consequências que colocam em risco a existência do planeta tal como o conhecemos. Miles Allen e R. Monastersky, investigadores de Oxford,estimam que já consumimos mais de metade do total de comb. fósseis que poderemos consumir para assegurar concentrações de CO2 abaixo do nível que torna o degelo da Antátida irreversível. Desta forma, deveríamos estar preocupados com a transição de uma economia fóssil para uma economia limpa, e não com a deplecção das reservas fósseis, já que não as poderemos consumir todas sem colocarmos a nossa sobrevivência em risco.
Nesse sentido, parece-me que esta crise pode ter surtido um efeito positivo no sentido de promover o recurso a energias renováveis (e limpas), como já foi dito por alguns colegas.
Penso ainda que o problema do preço do petróleo é ele ser ainda demasiado barato para o risco em que coloca a humanidade.
Ao ler esta notícia,e os comentários dos meus colegas, retiro a mesma conclusão do Lukas,em que o factor que fez variar tão abruptamente os preços do crude foram "jogadas de Wall Street".O mercado de seguida reagiu de forma natural a tão grande aumento de preço.
Penso que estas reduções de produção de crude tão grandes, na maioria dos casos e ao contrário do desejado ou seja, mudança de mentalidades e aposta em novas áreas de transformação de energia (ER's), apenas foram um dos passos para fazer o preço aumentar e assim rentabilizar da melhor forma a produção.
Quanto ao Sr. da Bp é natural que ele diga que o crude está longe do fim, mas como todos sabemos o fim do crude Rentável!!,está bem mais próximo do que o que ele tenta transparecer.
Todos sabemos o quão rápida terá de ser a mudança de opções a nível energético,caso contrário o planeta poderá sofrer grandes alterações, que implicarão o futuro de grande parte da "massa viva" do planeta.
Ricardo Henriques
A noticia só prova que realmente é o dinheiro que manda.
Só espero que o preço do barril suba, e não pare de subir, para apostarem em alternativas ao petróleo, ou seja, em:
-Novas tecnologias
-Eficiência energética
Carolina Fraga 34589
É preciso não esquecer que esta notícia, publicada pela TVI, tem apenas dados e comentários referentes a 2008.
Os preços, seja do que for, variam sempre numa relação entre a procura e a oferta e neste caso especifico a subida “galopante” do preço do barril fez diminuir a procura porque como é lógico quem não tem dinheiro não o pode comprar…
Também é dado algum ênfase à quantidade de reservas provadas e ao tempo que essas reservas podem durar de acordo com o nosso consumo, no caso do petróleo são algumas décadas, no que diz respeito ao carvão até acho que são muitas centenas de anos … mas, como já foi dito, o problema não é o tempo que ainda podemos explorar estes recursos mas sim o tempo que temos para nos livrarmos deles (ainda que só em algumas áreas isso seja possível) até porque se continuarmos a insistir em utilizar estes recursos ao mesmo ritmo e da mesma forma o colapso social será inevitável. Também é preciso não esquecer que a introdução de tecnologias que diversifiquem as fontes de energia utilizadas e aumentem a eficiência da utilização dessa mesma energia, também encarece a factura (pelo menos a curto prazo).
Ricardo Jónatas
Este artigo transmite uma sintese do panorama global do consumo de petróleo em 2008. Observou-se uma diminuição nos consumos dos países desenvolvidos, uma das causas para este acontecimento foi a subida do preço do petróleo que teve o seu valor máximo em 2008, outra causa para esta diminuição advém de políticas de melhor gestão na expectativa da escassez do petróleo.
Sabe-se que para já existem reservas de petróleo suficientes para cobrir os consumos mundiais em tempo indeterminado mas o problema está na exploração deste recurso que pode ser complexa e dispendiosa.
Na minha opinião é importante que a sociedade se mantenha sensível ás diminuições do consumo de petróleo dando lugar a outras alternativas como as energias verdes.
Ana Catarina Lima -32605
Este artigo transmite uma sintese do panorama global do consumo de petróleo em 2008. Observou-se uma diminuição nos consumos dos países desenvolvidos, uma das causas para este acontecimento foi a subida do preço do petróleo que teve o seu valor máximo em 2008, outra causa para esta diminuição advém de políticas de melhor gestão na expectativa da escassez do petróleo.
Sabe-se que para já existem reservas de petróleo suficientes para cobrir os consumos mundiais em tempo indeterminado mas o problema está na exploração deste recurso que pode ser complexa e dispendiosa.
Na minha opinião é importante que a sociedade se mantenha sensível ás diminuições do consumo de petróleo dando lugar a outras alternativas como as energias verdes.
Ana Catarina Lima -32605
Esta notícia ilustra bem o quanto a nossa sociedade está dependente do petróleo,e o quanto essa realidade é perigosa em termos sócio-económicos. Basta que a procura diminua, para que a OPEP altere preços, o que provoca um efeito "bola de neve", sendo que no final todos temos que alterar alguns hábitos "menos verdes".
Eu considero importante a existência destes choques petrolíferos pontuais, são uma maneira de nos lembrar o que vamos fazendo de incorrecto com a gestão dos nossos recursos, advindo daí uma redução da procura, como se percebe nesta notícia.
Em relação à quantidade de reservas de petróleo existente, está bem presente que as mesmas continuam a decrescer, uma vez que tendo em conta a subida de procura no final de 2008, houve países que não conseguiram aumentar a produção, como a Rússia e o México, apenas a Arábia Saudita.
André Reis 34585
O artigo reporta o decréscimo do consumo de petróleo, associado ao aumento dos preços praticados por bdp e à crise financeira, em 2008. A relação entre estes é inquestionável, mas penso que parte do decréscimo, tem uma fatia relacionada com a preocupação das grandes potências, em minimizar o consumo de petróleo e implementar as renováveis, bem como medidas de utilização racional de energia, com o fim de cumprir as metas de Quioto. Mantendo-se a produção superior à procura e as reservas abundantes, teremos a oportunidade, de fazer uma transição planeada e suave para as variadas alternativas de conversão de energia.
De uma maneira ou de outra, face ao aquecimento global e aos limites do recurso petrolífero, este século é “o ultimo barco para o petróleo”.
O pico de produção de petróleo (altura em que metade das reservas de petróleo na terra tenham sido exploradas) é uma realidade futura incontornável. Neste momento as grandes questões a colocar são as seguintes: quando é que o pico irá ocorrer e quais serão as consequências que daí advirão.
Se no momento do pico de produção de petróleo existir um crescimento da procura, irá ocorrer um desnivelamento entre a produção e a procura, o que fará disparar o preço do petróleo. Se a procura exceder o fornecimento, os preços sobem, como aconteceu em meados de 2008. No final desse ano os custos do petróleo desceram até cerca de 50% do valor máximo atingido nesse ano e esta instabilidade dos preços traduz-se em incertezas quanto ao fornecimento, o qual está condicionado por diversos factores económicos, políticos e sociais.
As consequências do pico da produção de petróleo são um desafio, que só poderá ser ultrapassado se houver conservação de petróleo e um planeamento que aponte na direcção da transição para o uso crescente de energias alternativas que possam “garantir” um futuro energético sustentável.
Em suma:
-A oferta e a procura ditam o preço do petróleo e este condiciona, em grande parte, a economia mundial. A previsão do pico de produção de petróleo é um “wake up call” para o desenvolvimento e uso de energias alternativas eficientes.
Rita Machado
Parece não haver dúvidas que a razão para o decréscimo do consumo de petróleo se deveu à crise económica. Os países Europeus e os Estados Unidos já têm vindo a implementar medidas para a substituição dos produtos petrolíferos por outras alternativas, mas a diminuição do consumo que daqui pode advém é suplantado pelo aumento do consumo nos países em crescimento económico, tais como a China e outros países asiáticos.
Quanto ao comentário do Presidente executivo da BP, este não é de estranhar, uma vez que se trata de um vendedor a elogiar as vantagens do seu produto.
O problema com as reservas referidas, é que estas serão cada vez mais difíceis de extrair e consequentemente mais caras para o consumidor.
Carlos Carolino
Penso que é unânime dizer que o facto do consumo de petróleo ter diminuido tão significativamente em 2008 se deve essencialmente ao pico do seu preço, no entanto é de notar que o consumo de energia não diminuiu comparativamente com os anos anteriores. Revela-se, assim, cada vez mais essencial o cuidado de apostar nas energias renováveis e na eficiência energética, pois são medidas como estas que nos permitem tornam mais independentes a oscilações económicas e de mercado e conseguir ao mesmo tempo acompanhar a linha de consumo energético mesmo tendo em conta a diminuição da procura do petróleo.
Vanessa Sasportes, nº33454
Eu penso que os elevados preços dos barris de petróleo são apenas uma manobra dos membros da OPEP de forma a reduzirem os riscos de perdas de dinheiro quando fazem um furo para extracção de petróleo. Isto é, ao efectuarem uma perfuração, as quantidades de petróleo disponíveis podem não rentabilizar o investimento financeiro efectuado para tal perfuração.
Sem dúvida que quanto mais altos estiverem estes preços maior é a probabilidade de se deixar de apostar no crude e utilizar outras fontes de energia, mas como isso também não interessa aos países da OPEP estes tentam não subir demasiado o valor por barril. Resumindo, gerem o mercado do petróleo da forma que mais lhes convém.
Acredito que as reservas de petróleo ainda cubram a procura por mais alguns anos, mas é inevitável que estas sejam cada vez mais escassas o que aumentará o seu preço. Daí resultará uma crescente rentabilização do uso das energias alternativas em relação àos combustíveis fósseis.
Rúben Teixeira
nº34556
Quanto ao texto da notícia, aquilo que considerei mais importante foi que, apesar da tendência do consumo ser negativa em termos globais, vivem-se realidades opostas, se compararmos os dados dos países desenvolvidos com os dos das economias emergentes.
Esta notícia é muito interessante na medida em que nos permite reflectir sobre uma realidade que nos envolve, da qual geralmente, ainda que julguemos poder interpretar os factos, estamos constantemente iludidos. Isto para começar por dizer que, na minha opinião, a justificação da subida dos preços está um pouco mal dada, pois, muito embora pareça (e seja) bastante natural que os preços respondam à crise e aos adventos políticos e que o consumo mundial de petróleo tenha baixado (por factores que, de resto, a notícia não aprofunda muito), podem existir aqui alguns factos muito importantes e totalmente desconhecidos. Por exemplo, no caso de Portugal, como vimos na aula passada, a tendência para a diminuição do consumo de petróleo fica a dever-se, principalmente, à crescente utilização do gás natural. Sendo que este rumo é decidido internamente, será indubitável que, por outro lado, o rumo das ditas especulações não possa deixar de responder às necessidades do frágil modelo económico dominante. Portanto, isto prova duas coisas: que haverá concerteza influências (de que origem?) para que se tome um rumo que (só por acaso) parece ser aquele que interessa a todos nós e que há também um jogo com o tempo, com as reservas e com as perspectivas criadas em todos aqueles que usufruem do petróleo, desde os governos até aos consumidores finais. Pessoalmente, vejo esta questão com algum cepticismo.
Finalmente, penso que a notícia pode criar uma sensação falsa de que as coisas estão a equilibrar-se de uma forma muito satisfatória, o que não corresponde à verdade, se tivermos em conta que já atingimos o pico do petróleo, que é necessário trabalhar muito pela eficiência dos processos e que a população continua a crescer. Décadas são muito pouco tempo.
O menor consumo de petróleo verificado em 2008 terá sido resultado da aposta dos países desenvolvidos em energias alternativas, mas talvez em grande parte pelo custo deste combustível ter aumentado muito, devido ao cenário de crise. Do ponto de vista ambiental, pode-se dizer que trouxe vantagens.
A meu ver, o conteúdo da notícia, de forma suspeita, não levanta as questões importantes da variação do consumo de petróleo, associado aos problemas inerentes do excesso do consumo dos combustíveis fósseis:
Mesmo que as reservas de combustíveis fosseis sejam suficientes para cobrir a procura nas próximas décadas, o consumo destes tem de diminuir por duas razões: É que sendo um recurso esgotável, por mais abundante que seja, a longo prazo, com o grande aumento do consumo de energia, a dependência humana desta fonte surge como um risco. Mas, a razão mais importante e urgente, é que este consumo é a principal causa da problemática ambiental, sendo uma ameaça actual preocupante á nossa existência. Então, a gestão do consumo desta fonte tem de ter em conta o objectivo de assegurar um desenvolvimento sustentável. É fundamental para isto, uma menor dependência deste recurso dos combustíveis fósseis. O caminho a seguir será o progresso de formas alternativas e “limpas” de energia, para que o consumo dos combustíveis fósseis, que é muito importante, pois tem grande potencial energético, seja doseado para não ferir o ambiente de forma descontrolada.
Rui Reis
Tal como referido anteriormente por vários colegas, a razão mais forte para a queda nos consumos de petróleo é sem dúvida o factor economico.
Será que a relação produção/consumo foi muito influenciada pela crise financeira?
Ou será que esta diminuição do consumo foi provocada pelo receio de não sabermos se as tais "reservas provadas" iram satisfazer as nossas necessidades futuras? Na verdade, é impossivel estimar os padrões de consumo nos próximos 50anos, uma vez que existem uma série de economias emergentes, e outras em decréscimo.
Como exemplo claro, a China, é o exemplo dado neste post como um aumento de produção, e sabido caso de economia em crescente. Mas que contribuição terá este crescente na relação produçao/consumo mundial? Ainda hoje o impacto da economia chinesa na economia mundial é um mistério, e assim será daqui a 50anos.
Criou-se um fantasma á volta deste assunto, onde se desconhece a real duração das nossas reservas fosseis, levando assim a especulações financeiras que tiveram forte impacto na vida quotidiana de toda a população.
Julgo, na minha opinião que o "terramoto" criado á volta dos consumo e preços de petroleo, foi originado por especulação e receio face ao que o futuro nos reserva.
Tal como referido pelo líder da BP:"Os desafios que o mundo enfrenta no que respeita ao aumento da produção para fazer face à futura procura não estão debaixo da terra, estão à superfície"
Está na altura de não depender de factores tão volateis como as energias fosseis, e apostar em algo que se encontre á superfície, energias limpas(Solar, Eólica; hidríca....)
Parar de recear o que o futuro nos reserva a nivel de energético, e largar esta dependência que a nossa economia criou aos combustiveis fosseis.
José Madeira nº32385
A BP foi a primeira das grandes companhias petrolíferas a divulgar seu balanço do segundo trimestre deste ano. Esta notícia não deixa de ser espelho da mensagem conveniente que a empresa quer enviar para o sector e para o exterior.
De acordo com o Diário Económico, um consórcio liderado pela BP e a Chinese National Petroleum Corporation, venceu recentemente um concurso para desenvolver o maior campo de petróleo no Iraque. (Outras companhias de petróleo foram afastadas deste concurso, devido à exigência do governo iraquiano, no corte da margem de lucro).
Muitas das economias mundiais entraram em recessão, mas já a meio deste ano se começou a falar de uma recuperação moderada.
A perspectiva futura para o petróleo parece ainda bastante positiva. Há uma boa reacção a dados económicos vindos dos EUA, o maior consumidor mundial de combustíveis, e que é considerado como um indicador no sector.
O preço do barril de petróleo continua a manter-se em valores elevados, mas o sector petrolífero começa a dar sinais de recuperação, dando a entender que a procura voltará a aumentar. A próxima pergunta que se coloca é: a procura aumenta mas por quando tempo mais? Independentemente das reservas estarem avaliadas como escassas, a movimentação dos mercados financeiros associados ao comércio de petróleo, é que vai ditar as regras.
Cátia Silva Albino
Dado o panorama económico mundial um decréscimo na procura de petróleo era espectável. Considerando a lei da oferta e da procura o decréscimo na procura devesse ao facto do preço de oferta ser mais elevado do que a procura estava disposta a pagar... o que nos leva a duas conclusões, por um lado não existiu uma redução no consumo de energia mundial, apenas se tornou economicamente mais vantajoso consumir outros recursos disponíveis, e por outro lado com a diminuição da procura existira uma redução do preço o que levara a um novo aumento da procura...
Um outro factor que na minha opinião merece algum destaque é a afirmação do “patrão” da BP, Tony Hayward, «Os nossos dados confirmam que o mundo tem reservas provadas de petróleo, gás natural e carvão suficientes para satisfazer as necessidades mundiais durante décadas...” não tenho qualquer duvida que existam de facto grande reservas de recursos naturais no mundo, mas existem algumas questões que devem ser colocadas antes de começarmos a festejar. Em primeiro lugar saber qual a viabilidade técnica e económica de exploração destas reservas. Como sabemos ao longo dos anos tem sido cada vez mais difícil extrair os recursos naturais disponíveis o que comporta custos económicos, se não queremos continuar a pagar cada vez mais pela energia que consumimos temos que considerar alternativas. Devemos também questionarmos sobre as consequências ambientais de continuarmos a utilizar este tipo de recursos indiscriminadamente. Finalmente devemos também considerar as implicações geo-politicas de continuarmos dependentes energeticamente de um fornecimento instável e finito que não se encontra disponível de igual forma por todo o planeta.
Rogério Pinheiro nr:32626
Quando este acontecimento se deu, estavamos perante uma crise financeira mundial, desencadeada pelos factos ocorridos no mercado imobiliário nos Estados Unidos. Propagou-se por todas as regiões do mundo com consequências desastrosas para o comércio, para o investimento e para o crescimento mundiais.
Essas consequências levaram à diminuição do consumo de combustíveis, ao fecho de fábricas e à retracção do consumo de electricidade.
Neste sentido assim que a economia mundial melhorar, tambem o consumo de petróleo vai melhorar (felizmente? Ou infelizmente?). Por um lado é bom porque significa que financeiramente o mundo está melhor, mas por outro lado é preciso contrabalançar com um aumento das energias alternativas mundiais.
Ana Rita Caeiro
Nº33642
Para mim muitas destas noticias "largadas" pela imprensa, é aquilo que chamo de programa à Artur Albarran as "Imagens Reais".
Tudo é uma tragedia, o drama, etc..
Quem comanda isto tudo sao os Governos e as empresas que lhes dao jeito que tenham muito lucro, tipo petroliferas.
Deixam-nas privatizar e fazem o que querem.
No caso apenas de Portugal, sim o Governo ja quer implementar energias limpas, mas tambem quer os lucros dos combustiveis, pois move milhares de milhoes em todo o mundo.
Muito pertinente a frase "Os desafios que o mundo enfrenta no que respeita ao aumento da produção para fazer face à futura procura não estão debaixo da terra, estão à superfície".
Pois bem, o desafio depende da mentalidade das pessoas e governos!
Lembro-me de um caso de um colega meu que tem um carro que usa oleo vegetal para fritar, que o unico receio dele é que a policia o multe. E porquê? Porque o Governo nao aprova essas alternativas, e como os "oleos de fritar" nao pagam imposto, é preciso multar que tenta mudar os habitos consumistas que rendem lucros aos outros.
Marta Santos, 35605
Acho que não podemos basear a nossa opinião apenas numa fonte e ainda menos basearmo-nos num relatório anual de uma petrolífera sobre o consumo mundial de energia pois isto no passado revelou-se ser um erro.
Actualmente temos uma economia do petróleo sendo que a passagem para uma economia limpa é muito complicado e difícil. Contudo este caminho começou a ser caminhado muito antes de 2008 embora que inicialmente timidamente. Isto deve-se a vários factores e tudo começou com a economia e só depois passou para valores ambientais. Se analisarmos a história do petróleo veremos que tudo começou por ser fácil de transportar, relativamente estável, barato e com uma elevada concentração de energia por litro sendo por isso largamente usado, contudo por ser explorado por poucas entidades e um bem relativamente escasso (não existem jazidas em todos os países) tornou-se um bem muito apetecível de lobbies e grupos de pressão política e económica assim, este bem encontra-se muito ligado aos crashs da economia global, sendo por isso necessário não estarmos dependentes dele. Por outro lado, inicialmente exploraram-se as reservas que eram mais rentáveis e assim obteve-se o maior lucro, sendo que as jazidas de explorações mais caras deixaram-se para outro plano, assim com a secagem dos poços mais rentáveis ficam os menos rentáveis, com custos de exploração mais caras), assim para se obterem os mesmos lucros, o preço do petróleo tem de subir. Ao subir o seu preço e este ser um bem de primeira necessidade para a economia, ela própria através dos vários intervenientes irá reagir podendo originar um crash mais ou menos acentuado. Por outro lado através da informação, investigação e da educação tem-se vindo a moldar e modificar a mentalidade das pessoas que têm vindo a tomar atitudes mais conscientes e aplicadas á realidade. Contudo penso que nos países em vias de desenvolvimento estes factos não se apliquem do mesmo modo já que muitos deles têm produção petrolífera e a educação e sensibilização para os problemas ambientais ainda não são uma prioridade sendo que o estilo de vida dos países industrializados é muito ambicionado assim acho que vamos assistir ao petróleo tornar-se mais barato para conseguir competir com outros tipos de energia limpa e este a ser usado em maior ou menor escala por esses países. Ou seja, independentemente de como começou a economia de energia limpa é um facto que será realidade mais tarde ou mais cedo, muito devido a condicionantes geopolíticas, a escassez a custos reduzidos do petróleo assim como uma maior consciencialização das várias sociedades para um grave problema ambiental para o qual esta economia do petróleo contribuiu.
Rodrigo Matos nº33451
Os números indicados no texto podem revelar uma alteração do pensamento mundial para as reduções de consumo a nível do petróleo, no entanto o que não é explicado no texto é qual ou quais as causas que levaram a esta redução. Tanto pode ser o aumento do preço do petróleo, a crise mundial, como uma maior preocupação para cumprir metas estabelecidas para reduzir o consumo de combustíveis fosseis, como um aumento da produção de electricidade com origem em fontes renováveis, todos estes factores podem estar mascarados e era de extrema importância que o artigo referisse qual ou quais deles são a causa para estas reduções!
Gostaria de acreditar que esta redução é fruto de uma reflexão cuidada para redução do consumo desmedido do petróleo e não apenas por necessidade de reduções de consumo como consequência da crise mundial e a da subida dos preços.
Na minha opinião a frase “Os nossos dados confirmam que o mundo tem reservas provadas de petróleo, gás natural e carvão suficientes para satisfazer as necessidades mundiais durante décadas” é, no mínimo, chocante pois este é o tipo de pensamento errado que as pessoas insistem em ter! Primeiro porque, muito provavelmente nestas reservas estão englobadas aquelas cuja exploração não é economicamente viável e segundo porque não devíamos considerar décadas como um número aceitável para uma reserva da qual estamos tão dependentes, o pensamento corrector deveria tomar consciência de que essas reservas, com uma exploração mais moderada, poderiam durar muito mais e em vez de muitas décadas suprirem necessidades mundiais durante algumas centenas de anos.
Sara Sequeira 39862
Primeiro, consegue-se ver que a sociedades ainda é muito dependente do petróleo. Mesmo assim, acho bastante importante e necessário haver estes picos de preço para que as pessoas se lembrem de poupar, e depois talvez continuem c a poupança mesmo no "final" do pico".
Também acho que estes dados nao podem dar conclusoes muitos concretas, pois, para além da economia ser muito instavel, seria necessario ver valores de 2009 para se conseguir perceber se realmente esta queda foi devida so à crise mundial, ou se de facto, tem alguma coisa a ver c o pequeno crescimento incial das energias renováveis,e da poupança que é feita pela minoria.
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