quinta-feira, 25 de outubro de 2007

AIE: Eficiência energética é medida que dá mais resultado a curto prazo


Paris, 15 Outubro 2007 - A Agência Internacional da Energia (AIE) pediu hoje aos Governos que adoptem medidas de eficiência energética, pois a curto prazo são as que oferecem maiores resultados para enfrentar a mudança climática e os problemas de abastecimento.

Em comunicado, o director executivo da AIE, Nobuo Tanaka, disse que "a eficiência apresenta uma oportunidade única: não só economiza energia, mas também reduz os custos e as emissões de CO2 (dióxido de carbono)".

"Uma proporção significativa do potencial das conquistas da eficiência energética é perdida por causa das barreiras no mercado da energia", alertou Tanaka durante a apresentação de um relatório que lista os principais problemas causados pela relação entre clientes e prestadores de serviços.

Os autores do relatório indicam que estas barreiras impedem os consumidores de assumirem a responsabilidade por certas consequências - em termos de consumo de energia - dos produtos ou serviços que utilizam. Como exemplo, lembram que, quando um inquilino aluga um imóvel mobiliado, paga as contas de luz, mas não pode influenciar na escolha dos electrodomésticos, comprados pelo proprietário, que não tem incentivos para escolher aqueles que consomem menos, já que não pagará pela energia utilizada.

Outro exemplo é o dos descodificadores de televisão, que representam 1,5% do consumo residencial total nos Estados Unidos, e sobre cujo consumo de energia os fabricantes também não têm incentivos, já que não serão eles que pagarão a conta de luz.

No relatório, a AIE - que reúne os grandes Estados consumidores da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) - reconhece que a eliminação dessas barreiras para a eficiência energética é "complexa" e que não basta apenas uma única política. Para discutir a questão, os Governos deveriam primeiro elaborar contratos nos quais os intervenientes fossem confrontados com os custos da energia gerados pela actividade.

Uma segunda medida proposta é regular o nível de eficiência energética em edifícios; e a terceira é melhorar o acesso à informação sobre as conquistas dessa eficiência energética. "Sabemos o que é preciso fazer, sabemos quais as políticas que funcionam, e agora os Governos têm que fazer três coisas: aplicar, aplicar e aplicar políticas de eficiência energética", disse Tanaka.

17 comentários:

Cinnamon disse...

Primeiro de tudo temos que esclarecer que os prazos são estabelecidos em relação a uma referência temporal, e essa referência costuma ser o nosso tempo médio de vida. Neste caso o curto prazo em que a EE vai fazer "efeito" será talvez de uma década. E se isto é um curto prazo então temos mesmo de começar a mudar a nossa atitude pois os resultados tardarão em aparecer e quanto mais tarde pior!

Na minha opinião, tudo o que não é eficiência é poluição, logo parece-me bastante trivial que a EE seja a primeira solução para os problemas energéticos que se aproximam.
Mas se é assim tão vantajosa porque é que não foi aplicada antes? O próprio texto mete o dedo na ferida: barreiras do mercado e desresponsabilização dos fornecedores. Os exemplos de desperdício energético dados não me espantam, não vivesse-mos nós num mundo em que só se visa os lucros e não os fins! É a atitude do total egoísmo: o fabricante ganha mais se vender descodificadores pouco ecológicos, o proprietário paga menos por uns electrodomésticos velhos, não são eles que vão pagar as contas, o que é que lhes interessa?

Porque é que o mercado chinês é um mau adversário em qualquer sector comercial? Porque os seus produtos são produzidos sem quaisquer normas ambientais, de trabalho, de direitos humanos, etc, a que outros países são obrigados. Daí necessidade inquestionável de se estabelecerem políticas de incentivos a quem produz de maneira ambientalmente correcta e dentro das normas estabelecidas, e políticas de sanções a quem não o faz e continua a contribuir, dessa maneira, para que as políticas de incentivo não funcionem.

Obviamente que a eliminação destas barreiras/mentalidades não pode ser feita com uma única política. Temos sim de mudar uma data de políticas capitalistas para que a EE consiga ser aplicada, senão esta não passar de uma mera utopia.
Temos que actuar localmente a pensar globalmente!

Pedro Nunes disse...

Fala-se aqui de legislação que poderá (e deverá) ser criada para incentivar o uso de tecnologias com alto índice de EE. O facto é que, na minha opinião, mesmo que essas medidas não sejam implementadas, à medida que o custo da energia for subindo o mercado autoregular-se-á nesse sentido. Pegando no exemplo fornecido no artigo, no futuro, o típico inquilino potencial da casa que é alugada vai informar-se de antemão sobre a EE dos electrodomésticos lá instalados e ponderar isso na sua escolha, pelo que também passará a ser vantajoso para um senhorio instalar electrodomésticos eficientes. Refiro também um outro exemplo de barreira à EE, que são os escalões de consumo de electricidade mais baratos para quem consome mais. E se fosse ao contrário, não seria preferível??

Anônimo disse...

É complicado transmitir a palavra, conseguir explicar os benificios de utilizar aparelhos com mais eficiência. Há que arranjar preços competitivos, algo que prenda o publico alvo. A eficiencia energetica é mais uma valia para aproveitarmos a energia de que dispomos,pois economiza energia,reduz os custos e reduz as emissões de CO2. É algo que está ao alcance de todos, sermos mais eficientes no uso da energia e arranjar estas condições, tanto a nivel de incentivos, como meios.

Anônimo disse...

A notícia fala da necessidade do governo dar a sua contribuição para a instalação da Eficiência Energética no dia-a-dia da população. Já que a situação atual é caracterizada pela forte presença de uma barreira que "protege" os consumidores para que não assumam a sua parcela de culpa nas conseqüências dos problemas climáticos e de abastecimentos energéticos atuais. Assim como os produtores também não se preocupam em produzir eletrônicos que sejam mais eficientes energeticamente visto que não têm nenhum incentivo para isso já que não são eles quem pagam as contas de energia no fim do mês.
Na minha opinião já "passou da hora" de tomarmos consciência de que todos nós precisamos das fontes de energia que utilizamos e que poupá-la é um bem comum a todos nós. E não é passando pra frente a possibilidade de consumir mais por não sermos nós a pagar a conta de energia que vamos resolver o problema. Longe disso, já que no final das contas, todos pagamos pelas conseqüências dos consumos desordenados e desperdícios. Temos que nos informar, no organizar, nos esforçar e forçar atitudes que visem a eficiência energética.

Anônimo disse...

Por em prática politicas que incentivem os fabricantes de máquinas eléctricas, ou construtores civis, ou pessoas que arrendem casas, a utilizar os melhores materiais ou máquinas de forma a aumentar a eficiência energética é o grande desafio dos próximos anos. O grupo atrás referido é fundamental, pois não sente no bolso o dinheiro perdido em desperdício energético pelos consumidores finais. Só criando incentivos ou leis que obriguem este conjunto de produtores a adoptar medidas, se conseguirá atingir as metas traçadas para a redução do consumo de energia, e desta forma conseguir uma verdadeira redução de emissão de gases com efeito de estufa.

Anônimo disse...

Este artigo está centrado nas barreiras no mercado de energia no que diz respeito a vendas de aparelhos mais eficientes.É reconhecido a dificuldade em encontrar uma solução.Na minha opinião, a solução passa por novas políticas que promovam os incentivos fiscais, económicos e consciencialização dos cidadãos.

Anônimo disse...

Este artigo foca os problemas associados ao mercado de energia, no que diz respeito à eficiência energética dos aparelhos.
Na minha opinião é necessário por em prática medidas que aumentem a eficiência energética, pois esta só traz vantagens, economiza energia e reduz os custos e emissões de CO2.
A solução passa por políticas de incentivo e de consciencialização da população, ou leis que obriguem a uma redução do consumo de energia.

Anônimo disse...

Este artigo faz referência às barreiras existentes no mercado da energia. A titulo de exemplo, o facto de os fundos de investimento imobiliário,promotores e propritários, não suportarem quaisquer despesas gerais de funcionamento de um imóvel,como a electricidade de um inquilino, nada os leva a investirem em equipamento mais eficiente,e na adopção de novas medidas, que apenas representam uma despesa, e sem retorno do investimento.
Assim, penso que não deverão ser apenas os utilizadores finais do imóvel a beneficiar das vantagens desta "eficência", também deverão ser criados incentivos para que os proprietários adoptem medidas de eficiência energética.

Anônimo disse...

A implementação da eficiência energética, nesta notícia, é vista através da utilização e aquisição de electrodomésticos mais eficientes. É necessária a implementação de “regras” aos fabricantes, para que através dos materiais que utilizam, ajudem no aumento da eficiência energética. Os consumidores tem também de ter consciência dos seus actos e tentar melhorá-los para que, com o tempo, haja aumento na eficiência energética, economizando assim mais energia, reduzindo os custos e as emissões de CO2.
Para que todos nós possamos usufruir destes electrodomésticos é necessário que os seus preços sejam “ para todos os bolsos”

Anônimo disse...

A noticia foca a importância da existência de medidas reguladoras para a melhoria de eficiência energética. A existência de incentivos às empresas que produzam artigos com melhor aproveitamento energético, e também a penalização das que não o fizerem, é uma medida que poderia começar a melhorar a eficiência energética a nível residencial ou industrial.
Este poderia ser um passo importante de conscencialização de produtores e consumidores, pois grande parte das pessoas ainda não compreendeu a urgente necessidade de reduzir o consumo, e aumentar a eficiência energética, a começar nas nossas casas.

Anônimo disse...

A notícia em questão refere a importância da implementação de medidas e estratégias convenientes, de modo a que o conceito de eficiência energetica se torne,cada vez mais, uma realidade e não um conceito teórico de que se ouve falar.
E dentro deste tópico, creio que é visado um ponto muito importante, e muuitas vezes esquecido, que é a eficiência energetica como responsabilidade e como tem de partir de todos, pois se se fala constantemente na necessidade de melhorar as atitudes e medidas quanto a isto, é tambem de lembrar que o consumidor final nem sempre tem hipótese de o fazer, visto que as empresas distribuidoras e responsáveis de grande parte da energia/tecnologia utilizada nem sempre adopta ou facilita tais medidas, reduzindo, ou mesmo impossibilitando, qualquer margem de manobra neste âmbito; a meu ver, o aumento de benifícios para as empresas que o fizessem, ou até mesmo penalizações (medida mais drástica, mas talvez mais eficiente), seria um grande incentivo, e ajudaria certamente a que a situação viesse a melhorar.

Anônimo disse...

A eficiência energética que actualmente deve ser aplicada é uma área que obrigatoriamente terá de passar pela população, aumentando o seu grau de conhecimento relativamente à energia que cada um utiliza. O que é difícil de acontecer quando já existem, por exemplo, aparelhos instalados dos quais não existe conhecimento dos seus gastos energéticos. Este tipo de situação acontece principalmente na área dos edifícios que possuem uma maior quantidade de serviços pré-instalados. A implementação recente, do bilhete de identidade dos Edifícios permitirá reduzir o desconhecimento dos gastos energéticos e da sua eficiência. Se a introdução de benefícios fiscais para menores gastos de CO2 for uma opção a ter em conta, as empresas tenderão a aumentar as medidas que diminuirão os gastos energéticos, colocando no mercado aparelhos que permitem o aumento da eficiência energética, além de outras opções conducentes à diminuição das emissões de CO2, uma vez que, segundo Nobuo Tanaka “a eficiência apresenta uma oportunidade única: não só economiza energia, mas também reduz os custos e as emissões de CO2 (dióxido de carbono)”, ou seja, são duas áreas que estão directamente ligadas.

Anônimo disse...

Na minha opinião, a grande medida que poderia começar a mexer na consciência, e, inevitavelmente, nas contas bancárias dos fabricantes, seria penalizar quem produzisse sem olhar à eficiência energética durante todo o processo de produção.

Desta forma, produtos feitos com o objectivo de terem um preço de venda mais barato, mas mais caro para o ambiente, teriam preços quase proibitivos, estabelecidos por leis, enquanto que, empresas que conseguissem produzir com o objectivo de lançar no mercado produtos “verdes”, deveriam receber incentivos do governo, não só para a implementação de sistemas mais eficientes, como também para a publicidade acerca da parte “verde” de todo o processo de produção.

Anônimo disse...

O artigo refere a importância de instituir politicas de eficiência energética, sendo desta vez a AIE que dá o mote pedindo aos governos que actuem no sentido não só de poupar energia mas também de diminuir as emissões de CO2. Além do pedido, a AIE identificou alguns dos problemas que fazem do mercado da energia um mercado com especificidades muito próprias mas que são passiveis de resolução com politicas de incentivo e de responsabilização nas quais é preciso apostar. Outro aspecto importante é a referência à informação que pode ser um factor relevante na consciencialização de todos para este problema cuja solução passa por uma maior "educação energética" de todos os agentes intervenientes.

Unknown disse...

Con(s)ciência(r)os governos e a população da U.E.para o grande problema que é as alterações climáticas e o abastecimento de energia a todos nós, é o primeiro passo que todos nós temos e devemos fazer, até aqui ninguém duvida do que se tem de fazer, agora como devemos nós fazer tal mudança, a nível da eficiência energética já são perguntas que todos nós questionamos.
Que haja incentivos, que haja penalizações são sempre medidas boas a ter em conta para que todos nós façamos qualquer coisa.
Ao termos acesso a dados estatísticos a informar que é nos edifícios que há maior desperdício energético, e que a nova legislação dá incentivos fiscais a todas as construtoras imobiliárias para que construam os edifícos com outro tipo de materiais de construção, vemos que isso não é feito.
A produção de energia(ex. França) e sua exportação para países que necessitam de energia(Portugal), quem paga é o consumidor final a preços finais bastante caro, não havendo por parte do governo qualquer sensibilização para tal consumo diminuir.
A preocupação que há não é o racionalizar energia mas sim criar vários tipos de energia consumíveis a preços mais baixos, julgo que o consumo de energia irá aumentar o que a longo prazo iremos saber e´que o consumo de combustíveis fosséis irá diminuir vamos ver é se este aumento de energias renováveis vai pemitir um acompanhamento de uma melhor eficência energética que todos nós desejamos.

Margarida disse...

Na minha opinião este artigo foca as barreiras do mercado de energia, na implementação de sistemas energeticamente mais eficientes.

Penso que o conceito de eficiência energética deveria começar na produção do consumível.
De forma a sedimentar o conceito de eficiência energética na população, deveriam existir incentivos, nomeadamente preços de mercado competitivos, que levassem as pessoas a optar pela compra de um equipamento mais eficiente. Penso ainda que, para promover a substituição de equipamentos menos eficientes por outros mais eficientes deveriam existir entidades de recolha dos mesmos. Locais onde se pudesse depositar o equipamento usado, tal como já existem centros de recolha e tratamento de veículos usados (VFV). O problema muitas vezes não está só na má gestão de energia durante o tempo de vida útil dos aparelhos, mas igualmente, no impacto ambiental que poderá vir a ter a sua não utilização, nomeadamente pela deposição em aterros a céu aberto, libertando-se não só POP's, gases poluentes e de efeito estufa para a atmosfera, como ocorrendo em paralelo fenómenos de lixiviação, levando à contaminação dos lençóis freáticos. Daí que, é importante haver centros, não só de recolha de equipamentos energeticamente menos eficientes, como também de tratamento dos mesmos.

Unknown disse...

Neste texto fica explícito que a EE é o caminho a ser seguido num futuro próximo. Porém, não concordo em a EE ser uma medida de curto prazo, uma vez que esta só é realmente efectiva se seguida a longo prazo.
Quanto aos inquilinos, cabe-lhes a eles estarem informados quer dos seus direitos quer do consumo dos seus electrodomésticos, mas sinceramente, não acho que no aluguer de uma casa, alguém se importe com essa factura energética. Importam-se sim, com o grosso da questão, o pagamento mensal.
Se Portugal, não adoptar políticas efectivas de EE rapidamente, colocar-se-á a economia portuguesa numa situação de enorme fragilidade e falta de competitividade face a outras economias europeias. Melhorar a eficiência energética é um imperativo económico, uma emergência ambiental e uma obrigação moral de todos nós.