A Agência para a Energia (Adene) vai fazer a gestão operacional do Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia (SGCIE), aplicável a todos os sectores de actividade. Esta acção tem conta com a supervisão e fiscalização da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
A responsabilidade da Adene passa por assegurar o funcionamento do sistema, organizar e manter o registo das instalações consumidoras intensivas de energia (CIE), receber os Planos de Racionalização dos Consumos de Energia (PRCE), e analisar os pedidos de credenciação de técnicos ou entidades, bem como acompanhar todas as actividades dos operadores e técnicos. A operacionalização do SGCIE, no âmbito do Decreto-Lei n.º 71/2008, é uma das medidas do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética que «permitirá obter economias de energia de cerca de 500 mil toneladas equivalentes de petróleo/ano», informa a Adene em comunicado.
O referido diploma define quais as instalações consideradas CIE e alarga o âmbito de aplicação do anterior regulamento a um maior número de empresas e instalações, com vista ao aumento da sua eficiência energética. Estabelece ainda um regime diversificado e administrativamente mais simplificado para as empresas vinculadas a compromissos de redução de emissões de CO2 no quadro do Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão, concretiza a Adene. (PNALE).
As instalações CIE estão ainda obrigadas à realização periódica de auditorias energéticas, com o objectivo último de promover o aumento da eficiência energética. O diploma prevê também que as empresas elaborem e executem os PRCE, mediante acordos com a DGEG. «Estes acordos contemplam objectivos mínimos de eficiência energética e associam o respectivo cumprimento à obtenção de incentivos ou aplicação de penalidades», completa a mesma fonte.
domingo, 16 de novembro de 2008
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Energia: Portugal baixou pela primeira vez em 2007 a intensidade energética no consumo de electricidade
Lisboa, 15 Jan (Lusa) - Portugal reduziu o ano passado, pela primeira vez em cinco anos, a intensidade energética no consumo de electricidade, que cresceu menos que o Produto Interno Bruto (PIB), afirma hoje a Quercus em comunicado.
O consumo de electricidade subiu 2,6 por cento, entre 2005 e 2006, enquanto que entre 2006 e 2007 o aumento foi apenas de 1,8 por cento, refere a associação ambientalista com base nos dados da REN-Redes Enegéticas Nacionais.
A Quercus afirma que pela primeira vez nos últimos cinco anos, o consumo de electricidade em 2007 cresceu menos que o PIB, que subiu 1,9 por cento, tendo-se verificado uma redução do valor de intensidade energética, ou seja, a electricidade que é necessária para produzir uma unidade de riqueza.
Em Portugal, o valor da intensidade energética é ainda um dos mais elevados a nível europeu, sendo um indicador de desperdício de energia.
Segundo a Quercus, a redução deste valor é bastante positiva, mas parece estar mais relacionada com questões conjunturais, como o clima ameno, do que com questões estruturais, como a melhoria da eficiência energética.
O facto do consumo continuar a crescer, mas a um ritmo muito mais lento em 2007 que em 2006, deve-se, segundo a Quercus, a um conjunto de factores como o clima ameno, poupança de energia motivada por questões económicas e uma maior sensibilidade ambiental e a maior eficiência energética dos novos equipamentos.
Assinar:
Postagens (Atom)